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Estado de Minas GERAL

Expans�o da mil�cia inclui at� C�maras do Rio, diz estudo


27/10/2020 07:01

As mil�cias do Rio de Janeiro mant�m parcerias com as pol�cias, com fac��es criminosas e com igrejas evang�licas pentecostais, e agora tentam se infiltrar em prefeituras e C�maras Municipais, segundo estudo da Rede Fluminense de Pesquisas sobre Viol�ncia, Seguran�a P�blica e Direitos Humanos - uma organiza��o composta por pesquisadores de sete universidades do Rio, entidades civis, centros de pesquisa jur�dicos e jornalistas.

O 1� semin�rio da Rede teve como tema "Mil�cias, grupos armados e disputas territoriais no Rio de Janeiro" e foi ao ar pelo YouTube ontem � tarde. O evento incluiu a nota t�cnica "Controle Territorial Armado no Rio de Janeiro", primeiro trabalho da Rede, criada em 2019. A nota alerta para os riscos que as mil�cias representam ao Rio - e, consequentemente, para o Brasil.

O estudo tra�a as origens do fen�meno. Ressalta que as mil�cias surgiram oferecendo seguran�a a moradores de �reas dominadas por traficantes. E assim "constru�ram sua identidade como antagonistas do tr�fico, valendo-se, para tanto, do fato de que a guerra entre pol�cia e traficantes era uma fonte permanente de inseguran�a para os moradores das favelas".

Mas as atividades se expandiram e os milicianos passaram a controlar a venda de produtos b�sicos valorizados nas comunidades. Os exemplos s�o numerosos. "H� registro dessa atua��o em servi�os de transporte coletivo, g�s, eletricidade, internet, agiotagem, cestas b�sicas, grilagem, loteamento de terrenos, constru��o e revenda irregular de habita��o, assassinatos contratados, tr�fico de drogas e armas, contrabando, roubo de cargas, recepta��o de mercadorias".

Diversamente de outros grupos, as mil�cias "t�m como caracter�stica sua n�o especializa��o" e essa diversifica��o seria "um dos grandes propulsores econ�micos das mil�cias e uma vantagem em rela��o aos concorrentes em cada mercado espec�fico". O maior n�mero de fontes de renda permite maior capacidade de imposi��o frente aos outros grupos armados, adverte o estudo.

Simbiose

O estudo constata ainda que, embora inicialmente advers�rios, mil�cias e fac��es criminosas se uniram em algumas �reas. "Mais recentemente j� se observa um processo de simbiose entre tr�fico e mil�cia." E tal simbiose modificou o comportamento dos traficantes, "que passam a impor em suas �reas pr�ticas caras � mil�cia", quanto o da mil�cia, "incorporando a seus neg�cios o mercado do varejo de drogas".

A atua��o da mil�cia no mercado de seguran�a, como ocorreu inicialmente, decorre da complac�ncia das autoridades p�blicas respons�veis pela regula��o e fiscaliza��o desses mercados, adverte a nota. Al�m disso, enfatizam os pesquisadores, os milicianos parecem se infiltrar em nichos dos poderes executivos (sobretudo prefeituras) e, cada vez mais, em casas legislativas" - e assim "submetendo os poderes p�blicos a seus interesses privados e extralegais".

Respostas

Consultada pela reportagem sobre suposta alian�a entre milicianos e policiais, a Secretaria de Pol�cia Civil afirmou, em nota, que n�o comenta estudos que n�o conhece ou que n�o sejam oficiais.

Mas destacou que "a atual gest�o criou uma for�a-tarefa para coibir este tipo de crime" e que "em menos de um m�s j� foram realizados diversos servi�os de intelig�ncia, investiga��o e a��o, resultando em opera��es complexas contra as mil�cias".

Tamb�m consultada, a Secretaria de Pol�cia Militar do Estado do Rio n�o havia se manifestado at� a publica��o desta reportagem.


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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