(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GERAL

Brasil teve 375 m�dicos mortos por covid na pandemia, diz CFM


27/10/2020 21:48

Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) apontou que 375 m�dicos morreram v�timas de covid-19 desde o in�cio da pandemia no Pa�s. A entidade lan�ou ontem um memorial virtual para homenagear esses profissionais que morreram ap�s infec��o.

Os dados sobre as mortes dos m�dicos foram obtidos com base em informa��es repassadas por Conselhos Regionais de Medicina, sindicatos m�dicos, sociedades de especialidades, secretarias estaduais e municipais de Sa�de e casos divulgados pela imprensa. No Pa�s, h� 523.528 registros ativos de m�dicos, de acordo com a entidade. Segundo o CFM, S�o Paulo foi o Estado que mais perdeu agentes para a covid-19 - 58 profissionais. Na sequ�ncia est�o Par� (51) e Rio (50).

"Estar na linha de frente desde o in�cio de uma doen�a desconhecida e com um cont�gio altamente complexo. A nossa decis�o foi de fazer uma homenagem para aqueles que perdemos e para quem est� na linha de frente, para os que est�o conseguindo enfrentar essa situa��o", diz Helena Carneiro Le�o, vice-corregedora do CFM. Segundo ela, o trabalho para levantar os �bitos teve in�cio em maio e os dados foram relatados at� a semana passada.

A plataforma tem ainda uma galeria de fotos de m�dicos na linha de frente e um espa�o para que as pessoas mandem mensagens para os profissionais. O portal tamb�m tem uma �rea voltada para os m�dicos com documentos de refer�ncia, podcasts e reportagens sobre a covid-19.

No balan�o at� 17 de outubro do Minist�rio da Sa�de, foram registradas 69 mortes de m�dicos. A base do Minist�rio s�o casos notificados no Sivep-Gripe, que registra casos graves com interna��o e �bitos por S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG). "Para garantir a prote��o desses profissionais - que atuam na linha de frente no combate � doen�a -, mais de 300 milh�es de equipamentos de prote��o individual (EPIs) j� foram distribu�dos. S�o m�scaras, aventais, �culos e protetores faciais, toucas, sapatilhas, luvas e �lcool", informou a pasta.

Helena diz que tem ocorrido uma diminui��o de casos graves e de �bitos ao longo dos meses, acompanhando a tend�ncia nacional, e isso tamb�m est� ligado ao esfor�o dos m�dicos na luta contra a doen�a. "Temos de destacar a import�ncia do SUS e a condu��o da aten��o prim�ria. Os m�dicos de fam�lia e comunidade se fizeram presentes para evitar que a popula��o fosse para o hospital em um quadro mais grave."

Um dos primeiros m�dicos a morrer de covid-19 em Minas Gerais foi um cl�nico-geral da cidade de Jequitinhonha, no Vale do Jequitinhonha, a 418 quil�metros de Belo Horizonte. Ramon Pinto Lobo, de 69 anos, tinha uma cl�nica na cidade, era o m�dico de um dos postos de sa�de do munic�pio e fazia plant�o uma vez por semana no hospital local. O cl�nico morreu em Nova Lima, na regi�o metropolitana da capital mineira, em 6 de maio, depois de passar por duas transfer�ncias hospitalares.

O m�dico foi internado no in�cio de abril na unidade em que trabalhava. "Chegou para trabalhar muito fraco, desorientado, com diarreia e vomitando. Ajudei a carreg�-lo. Ficou internado aqui por cerca de uma semana. Depois foi para Te�filo Otoni (cidade distante cerca de 450 km da capital)", lembra um dos funcion�rios do hospital, Jackson Ribeiro Melo, de 32 anos.

O m�dico n�o foi diagnosticado com covid-19 no hospital em Jequitinhonha. "Parece que o cont�gio foi em Te�filo Otoni", ressalta o funcion�rio. Ramon tinha comorbidades.

Boletim divulgado ontem pela prefeitura de Belo Horizonte aponta que 57 m�dicos do sistema de sa�de da cidade contra�ram covid-19 desde o in�cio da pandemia. O relat�rio n�o aponta n�mero de mortes entre os profissionais. A categoria mais atingida no munic�pio, por�m, � a de t�cnicos em enfermagem, com 216 casos.

Subnotifica��o
O Sindicato dos M�dicos de S�o Paulo (Simesp) come�ou a compilar informa��es sobre mortes de m�dicos em abril e relatou 273 casos. "A gente fez um levantamento artesanal, porque estava vendo falta de dados sobre os profissionais de sa�de mortos, mas � subnotificado. H� falta de dados sobre isso. Pegamos not�cias em todas as cidades do Pa�s. Foi como contar gr�o a gr�o, m�dico a m�dico morto, para fazer uma homenagem", relata Victor Dourado, presidente do Simesp.

Ambos os levantamentos n�o t�m informa��es se os profissionais estavam atuando na linha de frente e se todos que morreram ainda estavam em atividade. "A maior parte est� atuando, porque os m�dicos acabam se aposentando tarde. Mas estamos tentando buscar parcerias para uma sistematiza��o maior desses dados para mostrar o impacto nos m�dicos com dados cient�ficos", afirma Dourado. (Colaborou Ludimila Honorato)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)