Um exemplo de risco repetido por ele na mensagem � o caso do m�dico carioca de 28 anos que participava dos testes do imunizante de Oxford/AstraZeneca e morreu de COVID-19.
O profissional, no entanto, integrava o grupo de controle do teste e havia recebido placebo e n�o a vacina verdadeira. A autenticidade do �udio foi confirmado pelo jornal Folha de S.Paulo com o pr�prio m�dico.
Macedo diz na mensagem que os trabalhos t�m de ser feito com mais seriedade, "com menos oba-oba", "de modo que n�o se admita que um m�dico de 28 anos morra testando uma vacina". "Vacina n�o � para se testar, vacina � para se aprovar se os dados da vacina fornecerem seguran�a. Quem autoriza n�o s�o leigos, governadores ou prefeitos", aponta o m�dico, que n�o leva em considera��o que tais dados de seguran�a ser�o obtidos mediante testes pr�vios e controlados.
Em diferentes momentos, ele destaca a import�ncia do monitoramento da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). O �rg�o acompanha as vacinas em desenvolvimento no Brasil e disse na oportunidade que o caso do m�dico n�o representava um risco para os volunt�rios, a partir da conclus�o do Comit� Internacional de Avalia��o de Seguran�a do estudo.
Em seguida, o m�dico defende que a vacina��o n�o seja obrigat�ria. "O que quero deixar claro � o seguinte: quem n�o quiser tomar vacina n�o vai tomar. Pede para o seu m�dico: n�o autorize a vacina porque n�o tem Anvisa, � s� falar isso", disse. A mensagem n�o leva em considera��o que a aplica��o em massa de um imunizante s� poder� ocorrer mediante libera��o da Anvisa, que simplificou o procedimento de acompanhamento de desenvolvimento das vacinas para tentar agilizar uma eventual aprova��o da prote��o.
Macedo diz ainda que, "se for bem tratada", a doen�a n�o mata ningu�m. "Ela mata se for mal tratada, mal diagnosticada, ou se as pessoas se meterem em lugares que n�o devem. Grandes shows t�m que ser tudo cortado, n�o pode ter muita gente convivendo junto sem que haja m�scara, cuidados, boa alimenta��o", acrescentou. At� o s�bado, 159.902 brasileiros foram mortos em decorr�ncia da doen�a.
Atualmente, milhares de brasileiros participam de testes de seguran�a e efic�cia de vacinas em desenvolvimento contra a COVID-19.
Duas das mais importantes iniciativas s�o a do laborat�rio AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, e a da coronavac, produzida pelo laborat�rio chin�s Sinovac.
O Minist�rio da Sa�de j� possui um acordo com a AstraZeneca para produ��o de vacinas em caso de aprova��o do imunizante e o governo de S�o Paulo possui acordo com a Sinovac.
A reportagem tentou contato com o Hospital Vila Nova Star na tarde deste domingo para coment�rios sobre a posi��o do m�dico que integra o quadro de profissionais, mas n�o conseguiu. A reportagem tamb�m n�o conseguiu contatar o pr�prio m�dico para falar sobre a situa��o.