Investigadores do 14� Distrito Policial (Pinheiros) localizaram nesta ter�a-feira, 10, o Hyundai Tucson envolvido na atropelamento da soci�loga Marina Kohler Harkot, de 28 anos, morta no �ltimo fim de semana. O carro havia sido abandonado no centro da capital paulista. Identificado pela Pol�cia Civil, o autor do crime fugiu sem prestar socorro e ainda n�o foi localizado.
Cicloativista e pesquisadora da Universidade de S�o Paulo (USP), Marina foi atingida enquanto trafegava de bicicleta pela Avenida Paulo VI, em Pinheiros, na zona oeste, �s 0h17 de domingo, 8. A jovem morreu no local.
Segundo a Secretaria da Seguran�a P�blica (SSP), o ve�culo usado pelo autor do atropelamento j� passou por per�cia. Os investigadores tamb�m analisam imagens de c�meras de seguran�a. "O autor do atropelamento foi identificado e dilig�ncias prosseguem para localiz�-lo", diz a pasta, em nota.
Ainda no dia do crime, os policiais conseguiram entrar em contato com a pessoa que consta como propriet�ria do carro, mas ela alegou que vendeu o autom�vel em 2017. A identifica��o do carro foi poss�vel gra�as a uma policial militar de folga que passava pelo local e presenciou o atropelamento. O PM anotou a placa e solicitou socorro.
A avenida do atropelamento tem quatro faixas e Marina estaria pedalando na �ltima, perto do parapeito, de acordo com a investiga��o. Na via, a velocidade m�xima permitida � de 50 km/h.
Descrita como uma pesquisadora brilhante e sorridente, Marina concluiu a gradua��o e o mestrado na USP, onde tamb�m era pesquisadora colaboradora, pelo LabCidade, e cursava o doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAUUSP). Na academia, se tornou refer�ncia por reunir dados sobre g�nero e mobilidade por bicicleta.
Entidades prestam homenagem e cobram Justi�a
No funeral, na noite de domingo, a m�e da jovem, Maria Claudia Kohler, falou a ativistas que faziam homenagem � v�tima. "Ela estava construindo uma casa, com um marido, um amor, uma vida futura, estudando, fazendo doutorado, viajada. Da� acontece essas coisas que a gente fica demolida."
Diversas institui��es tamb�m lamentaram a morte da jovem. Em nota, a FAUUSP destacou ter "certeza de que ela sempre ser� um exemplo para toda nossa comunidade uspiana e que suas lutas permanecem compartilhadas por todos n�s, mantendo viva sua presen�a".
J� o LabCidade disse que se trata de uma "perda inestim�vel" e que "n�o pode ser v�o". "Marina foi morta enquanto lutava. Pois sua luta n�o se separava da sua vida, do seu corpo em movimento de bicicleta pela cidade. E perdemos, junto com a ativista, uma companheira de vida, da vida que ela nos ajudava a enfrentar com novos olhos."
O Instituto Clima e Sociedade escreveu que a "melhor forma de homenage�-la � reafirmar o compromisso com a luta por uma cidade que respeite seus ciclistas e pedestres, causa defendida com tanto amor por ela".
A Uni�o de Ciclistas do Brasil destacou que o ativismo da jovem "nos ofereceu uma presen�a e legados incr�veis". "Sua contribui��o � hist�rica e importante, sua triste partida n�o ser� em v�o ou esquecida", diz. J� o Observat�rio do Clima manifestou um "desejo profundo de que sua morte n�o fique impune".
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