Doria promete Rio Pinheiros com 'maior cinema ao ar livre da Am�rica Latina'

O governador Jo�o Doria (PSDB) anunciou nesta quinta-feira, 11, o contrato de concess�o � iniciativa privada da Usina S�o Paulo, antes chamada de Usina da Trai��o, no Rio Pinheiros. Com edital lan�ado no ano passado, o projeto prev� transformar a cobertura do edif�cio e �reas �s margens do rio em um complexo de lazer com caf�s, bares restaurantes e at� o "maior cinema ao ar livre da Am�rica Latina".

"O governo do Estado e o cons�rcio denominado Usina S�o Paulo assinaram ontem, aqui no Pal�cio dos Bandeirantes, o contrato que vai transformar um espa�o degradado em uma das mais modernas �reas de lazer, esporte, cultura e gastronomia da cidade de S�o Paulo em pleno Rio Pinheiros", afirmou Doria. "Nesse espa�o ser� constru�da uma instala��o moderna e impactante, com caf�s, bares, restaurantes, academia, museu e o maior cinema ao ar livre da Am�rica Latina."

Segundo o governador, o contrato estabelece outorga de R$ 280 milh�es, al�m de investimento de ao menos R$ 300 milh�es pelo cons�rcio.

A concess�o da Usina S�o Paulo faz parte do projeto de despoluir o Rio Pinheiros at� dezembro de 2022, uma das principais promessas de governo de Doria. De acordo com o Estado, o investimento na iniciativa � de cerca de R$ 4 bilh�es, incluindo contratos para saneamento b�sico e a��es como desassoreamento e limpeza das margens.

O Pinheiros se encontra polu�do h� d�cadas, sobretudo, por lixo dom�stico e esgoto n�o tratado. "Com esses investimentos e as obras em curso, o Rio Pinheiros ser� entregue limpo e despolu�do", disse Doria. "Neste mesmo per�odo, estaremos inaugurando a Usina S�o Paulo de acordo com as caracter�sticas do projeto."

V�deo apresentado durante o an�ncio mostra que a cobertura do edif�cio viraria um terra�o de quase 2 mil m� com mirante, caf� e restaurantes. A �rea prevista na concess�o soma cerca de 30,8 mil m�. A maior parte pertence � Empresa Metropolitana de �guas e Energia (Emae), respons�vel por operar a usina.

O complexo pretendido por Doria tamb�m prev� a constru��o de deck com lojas, anfiteatro, pr�dios comerciais, estacionamento e novas rampas de acesso. S�o tr�s os espa�os para explora��o da iniciativa privada -- a �rea da usina e um terreno em cada margem.

"A Usina S�o Paulo � o primeiro marco da requalifica��o e da reconstru��o desse rio para cidade de S�o Paulo e o nosso Estado", afirmou o secret�rio Marcos Penido, de Infraestrutura e Meio Ambiente. "Com trabalho de saneamento e base, podemos buscar tamb�m a melhoria da qualidade de vida."

Presidente do cons�rcio, Rodrigo Bonadia confirmou a assinatura do contrato. "Nosso projeto foi baseado na integra��o da arte, cultura, lazer, esportes e empreendedorismo", disse.

Inaugurada em 1940, a Usina S�o Paulo tem quatro unidades de bombeamento que s�o usadas para reverter o curso do Pinheiros. O edital previa que as bombas poderiam ser acionadas "a qualquer momento, sem pr�via comunica��o aos visitantes e usu�rios".

"Tal acionamento, dado em dias de grande volume de chuva, provoca relevante trepida��o em toda edifica��o e, portanto, dever� ser considerado no projeto", diz o edital.