A gest�o Jo�o Doria (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, 12, que n�o h� aumento de interna��es por covid- 19 em hospitais p�blicos ou privados de S�o Paulo. O governo, no entanto, demonstrou preocupa��o sobre uma poss�vel nova onda de coronav�rus.
O Estad�o publicou que hospitais de elite na capital paulista voltaram a alta em atendimentos e interna��es pela doen�a no �ltimo m�s. No Hospital S�rio-Liban�s, por exemplo, o n�mero havia recuado para 80 em outubro e agora voltou a registrar 120 casos, 50 deles na UTI, o que representa mesmo patamar de abril, fase mais aguda da pandemia. Outras unidades, como S�o Camilo, tamb�m relatam "ligeiro aumento". Os dados foram informados pelos pr�prios hospitais.
O coordenador executivo do Centro de Conting�ncia, Jo�o Gabbardo, entretanto, disse que os dados gerais da rede p�blica e privada n�o mostrariam essa tend�ncia de aumento. O governo tem acesso aos boletins, uma vez que os hospitais notificam os casos a �rg�os reguladores.
"Essa informa��es de aumento de interna��es n�o se confirma nos indicadores que acompanhamos", disse Gabbardo. "Varia��es de um dia para o outro s�o comuns, acontecem. Agora, quando a gente faz an�lise de per�odos maiores, m�dia m�vel de sete dias, n�o confirma esses dados. � definitivo? N�o, continuaremos observando e monitorando."
Segundo dados compilados pelo governo, a �ltima semana epidemiol�gica apresentou m�dia di�ria de 932 interna��es. O �ndice est� acima das 859 constatadas na semana anterior, embora a gest�o Doria atribua o registro menor ao feriado de Finados, e abaixo do fim de outubro e in�cio de novembro.
Considerando s� a rede privada, a m�dia teria sido de 228 interna��es na �ltima semana -- n�mero acima de 214 registrado na semana anterior e abaixo de 233 no fim de outubro, segundo dados do Centro de Contig�ncia. J� em setembro, o �ndice oscilou entre 301 e 332 interna��es.
Para o secret�rio estadual da Sa�de, Jean Gorinchteyn, a curva mostraria "decr�scimo" do n�mero de interna��es. "Esta foi a segunda melhor semana na s�rie hist�rica", disse.
A secret�ria de Desenvolvimento Econ�mico, Patr�cia Ellen, afirmou que a taxa de interna��o, hoje, estaria em 28,8 para cada 100 mil habitantes. J� a ocupa��o de UTIs � de 41,2% no Estado e de 45% na Grande S�o Paulo.
"Nas �ltimas quatro semanas, a gente tem uma taxa de interna��o baixa com rela��o ao que n�s t�nhamos e queremos sempre continuar diminuindo", disse Patr�cia. "J� chegamos a patamares acima de 40 interna��es por 100 mil habitantes, que � sempre o limite para endurecer as medidas restritivas do Plano S�o Paulo."
Na capital paulista, o ocupa��o de leitos de UTI estaria em 32%. "Lembrando que, aqui, n�s j� tivemos leitos especiais e referenciados da rede privada. Ent�o, quando a gente falar em 32%, � sobre uma base bem menor comparado ao do in�cio da pandemia", afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB).
De acordo com o secretaria municipal da Sa�de de S�o Paulo, Edson Aparecido, 65% dos 976 leitos de UTI para covid na rede privada na cidade estariam ocupados hoje. Em junho,os hospitais chegaram a somar 1.745 leitos. "Hospitais de refer�ncia registram pessoas internadas que s�o de outras cidade e Estados. � importante salientar esse aspecto", afirmou.
SP se preocupa com novo pico
At� o momento, o Estado de S�o Paulo registra 1.156.652 casos e 40.202 mortes por covid. Embora diagn�stico e �bitos pela infec��o estejam em patamar inferior a de meses anteriores, o governo j� se preocupa com possibilidade de novos picos da doen�a
"N�s n�o podemos descuidar das medidas de cautela, sob risco de termos em S�o Paulo e no Brasil uma nova onda da covid-19. E � tudo que n�o queremos", afirmou o governador Jo�o Doria. "Temos, sim, uma preocupa��o neste final de ano para evitar aglomera��es, seja em praias, parques, cal�ad�es, centro de esportes, festividades e at� mesmo reuni�es de fam�lia."
Para Gabbardo, S�o Paulo n�o poderia falar em "segunda onda de covid" porque em nenhum momento a pandemia foi considerada controlada. "O que pode ocorrer �, dentro desse processo, alguns picos", disse. "Caso haja necessidade de recomenda��es, aumento das restri��es e distanciamento social v�o ser estabelecidos de acordo com o Plano S�o Paulo. N�o vamos inventar nada diferente."
O coordenador executivo do Centro de Conting�ncia tamb�m demonstrou preocupa��o com poss�veis aglomera��es no pr�ximo domingo, por conta da elei��o municipal. O governo recomendou que o eleitor use m�scara e leve �lcool em gel e a pr�pria caneta para o local. "80% da popula��o vai participar, ent�o estamos falando de uma mobiliza��o de pessoas extremamente relevante."
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