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Estado de Minas GERAL

PM � condenado a 52 anos de pris�o por chacina de 5 jovens em Costa Barros no Rio


13/11/2020 15:48

O Conselho de Senten�a do 2� Tribunal do J�ri do Rio condenou, na madrugada desta sexta-feira, 13, o policial militar Thiago Rezende Viana Barbosa a 52 anos e seis meses de reclus�o pelo envolvimento no assassinato de cinco jovens, em Costa Barros, Zona Norte do Rio, em novembro de 2015. O julgamento durou pouco mais de dez horas e tamb�m determinou que Thiago perdesse o cargo p�blico.

O crime que ficou conhecido como Chacina Costa Barros ocorreu no dia 28 de novembro e 2015, quando Wesley Castro Rodrigues, 25 anos, Roberto de Souza Penha, 16 anos, Wilton Esteves Domingos J�nior, 20 anos, e Cleiton Corr�a de Souza, 18 anos, e Carlos Eduardo Silva de Souza, de 16 anos, voltavam do Parque Madureira, na zona norte do Rio.

Os cinco amigos que estavam reunidos para comemorar o emprego novo de Roberto, que havia recebido seu primeiro sal�rio como ajudante em um supermercado, foram mortos na regi�o do complexo de favelas da Pedreira. O Palio branco em que eles estavam foi atingido por mais de 100 tiros.

Thiago foi o �ltimo dos quatro policiais envolvidos na chacina Costa Barros a ser julgado. Antonio Carlos Filho e Marcio Alves dos Santos foram sentenciados em novembro de 2019. O primeiro ainda foi condenado por fraude processual. J� o PM F�bio Pizza foi absolvido dos crimes.

Na ocasi�o, os policiais alegaram que receberam den�ncias de que o grupo estaria envolvido em um roubo de carga e que foram atacados e houve troca de tiros, o que foi descartado nas investiga��es da chacina.

Depoimentos

Durante o julgamento de Thiago, cinco testemunhas foram ouvidas. O Tribunal de Justi�a do Rio detalhou os depoimentos, entre eles o de um dos jovens que sobreviveram � chacina, Lourival Fernandes. Ele dep�s como v�tima e contou que acompanhava, com seu amigo Wilkerson de Oliveira em uma moto, o carro onde estavam os cinco jovens assassinados. Ele disse ter visto o ve�culo ser alvejado pelos policiais.

Logo depois de Lourival, quem dep�s foi Paloma de Oliveira, irm� de Wilkerson e de um dos jovens assassinados. Ela contou que ela e sua m�e foram ao local do crime assim que souberam do ocorrido, mas foram impedidas pelos policiais de chegar perto do carro onde estavam os corpos. A testemunha disse ainda que sua m�e viu um dos policiais colocando uma arma de brinquedo perto de uma das rodas dianteiras do ve�culo.

O objeto tamb�m foi mencionado por Jorge Lima da Penha, pai de Roberto de Souza Penha, outra v�tima da chacina. Ele disse ter chegado ao local logo ap�s os disparos e visto tanto a arma de brinquedo quanto uma luva com sangue jogada na parte traseira do ve�culo.

O julgamento tamb�m contou com o depoimento do major da PM Daniel de Moura que, � �poca dos fatos, era o comandante da corpora��o. Ele relatou ter ouvido a vers�o de que um motorista de um caminh�o de cervejas estava sendo feito ref�m e que, ao chegarem ao local, os policiais teriam sido recebidos a tiros pelos ocupantes do carro, tendo, ent�o, revidado.

Um perito contratado pela defesa de Thiago tamb�m participou da audi�ncia e sustentou que os disparos que atingiram o carro e mataram os cinco rapazes teriam partido de cima de um viaduto que fica perto do local e n�o das armas dos policiais.

COM A PALAVRA, O PM CONDENADO

At� a publica��o desta mat�ria, a reportagem buscou contato com Thiago Rezende Viana Barbosa, mas sem sucesso. O espa�o permanece aberto para manifesta��es.


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