A Coaliz�o Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento composto por 262 representantes ligados �s �reas do meio ambiente, agroneg�cio, setor financeiro e academia, enxerga no governo brasileiro um dos principais respons�veis pela criminalidade que domina o mercado de madeira no Pa�s, dada a fragilidade das fiscaliza��es que o poder p�blico realiza no setor.
O Estad�o teve acesso exclusivo a uma carta elaborada pela coaliz�o, a mesma que, em setembro, apresentou ao governo federal um conjunto de seis propostas para deter o desmate na Amaz�nia. O novo documento ser� encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro e ao vice-presidente Hamilton Mour�o, al�m dos minist�rios da Agricultura, Meio Ambiente, Economia e Ci�ncia e Tecnologia. As propostas chegar�o ainda �s m�os de l�deres e parlamentares da C�mara e do Senado, ao Parlamento Europeu e embaixadas de pa�ses europeus.
No documento, os representantes lembram que estudos recentes mostram que mais de 90% do desmate no Pa�s � ilegal e que a explora��o florestal tem �ndices parecidos. O maior obst�culo para mudar, afirmam, "� a inseguran�a jur�dica causada pela falta de fiscaliza��o e comando e controle pelo Estado".
"O Brasil s� vencer� o com�rcio ilegal de madeira se todos assumirem sua responsabilidade. � preciso destacar o papel crucial do poder publico, j� que empresas e investidores n�o t�m - e nem deveriam ter - poder de pol�cia para lidar com invas�es, roubo de madeira e outras ilicitudes que contaminam a cadeia de produ��o, atingindo os mercados nacional e internacional, e ainda refor�am outras atividades ilegais", dizem.
A Coaliz�o Brasil Clima, Florestas e Agricultura re�ne nomes da �rea ambiental como WWF Brasil, WRI Brasil, TNC, Imazon e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaz�nia (Ipam). Do lado empresarial do agroneg�cio e da ind�stria est�o companhias como JBS, Klabin, Marfrig, Amaggi, Basf, Danone, Natura e Unilever. Como define a pr�pria coaliz�o, o grupo � "um dos raros foros de di�logo entre o agroneg�cio e ambientalistas". Na carta, o grupo diz que, al�m do impacto ambiental e do preju�zo fiscal, a ilegalidade impune gera concorr�ncia desleal para quem opera na lei. Procurado, o governo n�o se manifestou.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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