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Estado de Minas GERAL

Brasil � o 11� em total de estudos sobre covid


23/11/2020 07:12

O Brasil integra o restrito grupo de pa�ses que mais publicaram estudos sobre a covid-19 desde o in�cio da pandemia do novo coronav�rus. At� 17 de outubro, foram 168.546 publica��es cient�ficas relacionadas � doen�a em todo o mundo. Dessas, 4.029 s�o assinadas por pesquisadores que trabalham no Pa�s. O n�mero deixa a produ��o brasileira na 11.� posi��o no ranking mundial. Fica � frente do produzido por pa�ses como Holanda, Su��a e Jap�o.

As informa��es constam em levantamento feito pela Ag�ncia USP de Gest�o da Informa��o Acad�mica, a pedido da pr�-reitoria de pesquisa. Utiliza a plataforma Dimensions, uma base de dados internacional com atualiza��o di�ria. Segundo o pr�-reitor de Pesquisa da USP, Sylvio Canuto, os n�meros confirmam a tend�ncia de bom desempenho da produ��o cient�fica brasileira.

"A ci�ncia brasileira se desenvolveu muito. Estamos em um est�gio de desenvolvimento muito bom. Nos �ltimos cinco anos, o Brasil vem aparecendo como o 13.� pa�s que mais publicou artigos cient�ficos e revis�es de pesquisa", afirmou Canuto. "Neste ano, em um per�odo de oito meses, os pesquisadores brasileiros conseguiram melhorar sua performance no caso espec�fico da covid-19."

Os n�meros do Brasil mostram que entre as publica��es sobre covid-19, a maior parte foi de artigos cient�ficos (3.542) e preprints, vers�es pr�vias dos trabalhos (468). A maioria � de ci�ncias m�dicas e da sa�de (2.204). Mas h� tamb�m produ��o de outras �reas. S�o artigos sobre ci�ncias biol�gicas (207) e sociologia (183).

Entre os pesquisadores residentes no Brasil, os dois que mais publicaram artigos trabalham na Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz). S�o a virologista Marta Giovanetti (26 publica��es) e o infectologista J�lio Henrique Rosa Croda (20). Os dois tamb�m lideram em n�mero de cita��es. Tiveram 633 e 475 men��es, respectivamente.

"Trabalhamos sem parar, no Brasil e na It�lia, foi muito cansativo", conta Marta Giovanetti. Ela � italiana e trabalha no Laborat�rio de Flaviv�rus do Instituto Oswaldo Cruz. "Caracterizamos os primeiros genomas, buscamos a hist�ria da progress�o do pat�geno, quer�amos entender a din�mica de dispers�o da It�lia para o Brasil; comparamos a situa��o em Minas, S�o Paulo e Rio, os principais 'hot spots' do Pa�s, para entender a dispers�o do pat�geno."

O grupo de Marta, coordenado por Luiz Carlos J�nior Alc�ntara, tamb�m estuda pacientes assintom�ticos e casos de reinfec��o. "Estamos tentando entender por que essa doen�a gera casos muito graves, casos leves e os assintom�ticos", explicou a virologista. "Embora esses casos possam indicar uma poss�vel adapta��o do homem ao v�rus, o que seria positivo, eles podem tamb�m provocar um aumento da transmiss�o."

Para a pesquisadora italiana, a boa posi��o do Brasil n�o foi surpresa no ranking mundial de produ��o cient�fica. "Como europeia, fico � vontade para dizer que o Brasil � uma pot�ncia emergente, com um potencial gigantesco, excelentes profissionais", afirmou. "Al�m disso, a epidemia de zika permitiu que nos capacit�ssemos nas mais novas t�cnicas de monitoramento e vigil�ncia gen�mica. E como o v�rus demorou um pouco mais para chegar aqui, j� est�vamos esperando. N�o entrou de forma silenciosa como na Europa."

Croda, que tamb�m trabalha na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, tamb�m lembra que o Brasil j� se destacara na produ��o cient�fica durante a epidemia de zika. "No caso da zika, foi declarada uma emerg�ncia global, mas o epicentro da epidemia era no Brasil, natural que tiv�ssemos esse protagonismo", ponderou o infectologista, autor do primeiro estudo nacional confirmando a toxicidade da cloroquina. "Na covid-19, temos uma pandemia de impacto global. Podermos produzir ci�ncia de forma competitiva, nas condi��es em que o Pa�s se encontra, � uma grande vit�ria da academia."

Para Croda, o fato de o Pa�s ter um Sistema �nico de Sa�de (SUS) estruturado em todo o territ�rio facilita produ��o de conhecimento no Brasil. "Apesar de o governo federal n�o ter dado apoio a Estados e munic�pios, temos um SUS forte", disse. "Poder utilizar toda essa estrutura para fazer pesquisa � um atrativo muito grande, que torna nosso trabalho competitivo." � a exist�ncia do SUS, segundo Croda, que torna o Brasil atraente tamb�m para tantos ensaios cl�nicos de vacinas.

USP � a que mais produz

O levantamento mostrou tamb�m que a USP teve a maior produ��o cient�fica entre as institui��es brasileiras. Foram 729 publica��es, o que representa 18,5% do total nacional. Na sequ�ncia, est�o a Fiocruz, com 261, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 237.

O pr�-reitor Sylvio Canuto destaca que, apesar do predom�nio de estudos nas �reas de ci�ncias biol�gicas e da sa�de, pesquisadores de outras �reas do conhecimento tiveram participa��o importante na produ��o da USP.

"Al�m de pesquisas sobre vacinas e reposicionamento de f�rmacos, houve participa��o importante de pesquisadores de matem�tica e ci�ncias da computa��o, desenvolvendo modelos para entender a dissemina��o da doen�a, de engenharia, com a produ��o de respiradores, psicologia e ci�ncias cognitivas", ressalta Canuto. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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