(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GERAL

China lan�a miss�o ambiciosa para trazer rochas lunares � Terra


24/11/2020 12:34

A China lan�ou uma miss�o ambiciosa para trazer material da superf�cie da lua pela primeira vez em mais de 40 anos - um empreendimento que poderia aumentar a compreens�o humana sobre as origens da Lua e do sistema solar em geral. Uma sonda espacial, a Chang'e 5, decolou na madrugada de ter�a-feira, 24, na China (tarde de segunda-feira, 23, no Brasil) para coletar rochas e outras amostras da Lua e transport�-las � Terra.

O lan�amento da espa�onave ocorreu na base espacial de Wenchang, na ilha tropical chinesa de Hainan, �s 4h30 de ter�a (hor�rio chin�s), quando o foguete Longa Marcha-5 que transporta a sonda saiu da plataforma.

Nome em homenagem � antiga deusa chinesa da Lua, a Chang'e 5 pesa oito toneladas e � composta de quatro m�dulos, que se encarregar�o respectivamente da �rbita em torno ao sat�lite, da alunissagem, da decolagem lunar e do retorno � Terra.

A viagem � outro marco na ascens�o lenta, mas constante da pot�ncia asi�tica at� as estrelas. A China se tornou o terceiro pa�s a colocar uma pessoa em �rbita h� 17 anos e o primeiro a pousar no outro lado do Lua em 2019. As ambi��es futuras incluem uma esta��o espacial permanente e colocar novamente pessoas na Lua mais de 50 anos depois que o feito foi realizado pelos Estados Unidos.

"A China estabelecer� suas metas de desenvolvimento na ind�stria espacial com base em suas pr�prias considera��es de ci�ncia e tecnologia de engenharia", disse Pei Zhaoyu, vice-diretor do Centro de Explora��o Lunar e Engenharia Espacial da Administra��o Espacial Nacional da China, pouco antes do lan�amento.

Miss�o

"N�o colocamos rivais ao definir essas metas", disse Pei. A China tem um plano nacional com o objetivo de se juntar aos Estados Unidos, � Europa e ao Jap�o nas primeiras posi��es dos produtores de tecnologia, e o programa espacial tem sido um componente importante disso. Tamb�m � uma fonte de orgulho nacional para levantar a reputa��o do Partido Comunista no poder.

O que est� claro � que a abordagem cautelosa e progressiva da China tem obtido sucesso ap�s sucesso desde que colocou uma pessoa no espa�o pela primeira vez em 2003, juntando-se � ex-Uni�o Sovi�tica e aos Estados Unidos. Isso foi seguido por mais miss�es tripuladas, o lan�amento de um laborat�rio espacial, a coloca��o de um rover no lado distante relativamente inexplorado da Lua e, este ano, uma opera��o para pousar em Marte.

Se a miss�o for conclu�da conforme planejada, a China ser� o terceiro pa�s a obter amostras lunares, juntando-se aos Estados Unidos e � Uni�o Sovi�tica em miss�es realizadas nas d�cadas de 1960 e 1970.

A principal tarefa da miss�o � perfurar 2 metros na superf�cie da Lua e recolher cerca de 2 quilos de rochas e outros detritos. "Esta � a primeira miss�o n�o tripulada de coleta de amostras e retorno da Lua", afirmou Zhaoyu, em declara��es feitas � televis�o estatal chinesa. "Este trabalho � mais complicado do que pegar � m�o amostras do solo lunar."

Conforme o jornal espanhol El Pa�s, se a miss�o for bem-sucedida, o m�dulo de alunissagem chegar� a um ponto at� agora inexplorado do lado mais pr�ximo da Lua, nas proximidades do monte R�mker, uma �rea vulc�nica a 1.300 metros de altitude na regi�o conhecida como Oceanus Procellarum (Oceano das Tempestades), uma vasta plan�cie de lava escura vis�vel da Terra. A opera��o durar� um dia lunar, equivalente a duas semanas terrestres; n�o pode se prolongar j� que o frio da noite no sat�lite, com temperaturas que chegam a 170�C abaixo de zero, pode afetar o funcionamento dos delicados mecanismos do artefato espacial. O m�dulo de regresso armazenar� as amostras. A sonda est� programada para aterrissar na Terra no come�o de dezembro em um ponto da prov�ncia chinesa da Mong�lia Interior.

"Bem-sucedida, a miss�o seria um feito impressionante para qualquer na��o", disse o especialista da Fl�rida Stephen Clark, na publica��o Spaceflight Now. No twitter, foi publicado v�deo do momento da decolagem da miss�o.

A China se orgulha de chegar a este ponto em grande parte por meio de seus pr�prios esfor�os, embora a R�ssia tenha ajudado desde o in�cio com o treinamento de astronautas e a c�psula espacial Shenzhou da China seja baseada na russa Soyuz. Embora tenha havido colabora��o com algumas outras na��es, notadamente aquelas pertencentes � Ag�ncia Espacial Europeia, que forneceram suporte de rastreamento para miss�es chinesas, os Estados Unidos n�o s�o um deles.

A lei dos EUA exige a aprova��o do Congresso para coopera��o entre a Ag�ncia Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) e o programa militar da China. Disputas pol�ticas e econ�micas em andamento, notadamente acusa��es de que a China rouba ou for�a a transfer�ncia de segredos comerciais confidenciais, parecem diminuir as perspectivas de la�os mais estreitos. O programa espacial da China �s vezes foi visto como uma recria��o de conquistas anteriores alcan�adas principalmente por EUA e ex-Uni�o Sovi�tica.

A miss�o, que estava prevista para 2017, precisou ser adiada por uma falha no foguete Longa Marcha. Desta vez, os especialistas acreditam que o material obtido ajudar� a esclarecer como a Lua evoluiu.

Ainda segundo o El Pa�s, at� agora se acreditava que a atividade vulc�nica do sat�lite acabou h� 3,5 bilh�es de anos, ainda que algumas observa��es mais recentes da superf�cie lunar indiquem que talvez o n�cleo do sat�lite tenha se mantido ativo at� somente um ou dois bilh�es de anos. A China investiu bilh�es de euros no desenvolvimento de seu programa espacial, que considera um dos pilares de seu plano para se transformar em uma grande pot�ncia econ�mica e diplom�tica nas pr�ximas d�cadas. Desde que enviou em 2003 seu primeiro astronauta ao espa�o, se prop�s a levar uma miss�o tripulada � Lua na pr�xima d�cada e espera montar uma esta��o espacial at� 2022. O sucesso da Chang'e 5 tamb�m pode abrir o caminho a futuras explora��es semelhantes de ida e volta a planetas como Marte.

Questionado sobre quando a China planeja colocar astronautas na Lua, Pei disse que qualquer decis�o seria baseada nas necessidades cient�ficas, bem como nas condi��es t�cnicas e econ�micas. "Eu acho que as futuras atividades de explora��o lunar devem ser realizadas por uma combina��o de homem e m�quina", afirmou. Segundo ele, uma meta no futuro � construir uma esta��o lunar internacional de pesquisa que possa fornecer suporte de longo prazo para atividades de explora��o cient�fica na superf�cie lunar.

Passagem do foguete pelo c�u � registrada no Pa�s

Internautas relataram ainda na segunda-feira nas redes sociais a passagem da Chang'e 5 pelo c�u no Brasil. O registro foi feito principalmente por moradores de cidades da Bahia, Cear� e Piau�, que se surpreenderam com a 'nuvem brilhante' como alguns chamaram o foguete. (COM AG�NCIAS INTERNACIONAIS)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)