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Estado de Minas GERAL

Brasil teve 177 mil mortes al�m do esperado este ano


28/11/2020 12:00

O Brasil teve 177,18 mil mortes al�m do esperado em 2020, excesso de 24%, quando comparado a dados de anos anteriores. Os n�meros s�o de painel atualizado pelo Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass).

O Amazonas apresenta o maior porcentual (58%). No come�o da pandemia, teve colapso dos sistemas de sa�de e funer�rio. Na semana que se encerrou em 25 de abril, o crescimento de mortes alcan�ou o pico na regi�o. Naquele per�odo, o n�mero de �bitos por causas naturais foi 331% superior ao da m�dia de anos anteriores. Nas �ltimas semanas de outubro, caiu para cerca de 10%.

Na outra ponta da tabela est� o Rio Grande do Sul, com 3% no aumento de mortes. S�o Paulo, o Estado mais populoso, teve 17% de �bitos al�m do esperado (cerca de 28,4 mil mortes). O painel do Conass apresenta c�lculos com dados compilados at� 17 de outubro. A metodologia de coleta dos dados foi desenvolvida pela Vital Strategies. Naquela data, o minist�rio registrava 153 mil �bitos pela covid-19 no Brasil. Agora esse total j� passa de 171 mil.

O novo coronav�rus n�o �, necessariamente, a causa direta do excesso de mortalidade. "O n�mero de �bitos superior ao que era esperado para o per�odo pode tamb�m ser reflexo indireto da epidemia. Mortes provocadas, por exemplo, pela sobrecarga nos servi�os de sa�de, pela interrup��o de tratamento de doen�as cr�nicas ou pela resist�ncia de pacientes em buscar assist�ncia � sa�de, pelo medo de se infectar pelo novo coronav�rus", observou o Conass. Pessoas com diabete e c�ncer est�o entre os grupos de risco para a covid-19.

O dado do conselho tamb�m segrega os �bitos por sexo e faixa et�ria. O excesso de mortes entre homens foi de 28% no Pa�s, enquanto o das mulheres alcan�ou 20%. J� entre pessoas de at� 59 anos, o porcentual � de 31%. Mortes de quem tem mais de 60 anos subiram 22%. Idosos tamb�m fazem parte do grupo mais vulner�vel ao novo coronav�rus. Segundo dados desta quarta-feira, compilados pelo Minist�rio da Sa�de, o Brasil tem 81 mortes causadas pelo coronav�rus por 100 mil habitantes. O Distrito Federal apresenta a maior taxa (130) e Minas Gerais (47), a menor.

Coordenadora do Comit� de Dados (Gabinete de Crise) para o Enfrentamento da Covid-19 no Rio Grande do Sul, Leany Lemos atribui ao modelo de "distanciamento controlado" o fato de o Estado apresentar o menor "excesso de �bitos" do Pa�s. O termo � usado para comparar os dados de mortes de 2020 por causas naturais com a m�dia de anos anteriores.

Apresentado no fim de abril, este modelo separa o Estado em regi�es de sa�de e, semanalmente, define uma "bandeira" (amarela, vermelha, laranja ou preta) para cada local. As cores sinalizam que a regi�o deve adotar protocolos mais ou menos r�gidos. Esses se adaptaram, nos �ltimos meses, �s regi�es econ�micas, para tornar vi�veis servi�os de turismo na serra ga�cha, por exemplo. Nesta semana, o governo decidiu liberar aulas presenciais mesmo em regi�es sob bandeira vermelha. O governo do Rio Grande do Sul apresentou � reportagem um estudo que projeta quantas mortes seriam registradas no Estado, considerando as taxas de mortalidade de outros pa�ses e regi�es do Brasil. "Perguntam muito sobre quantas vidas foram salvas na pandemia. � uma conta dif�cil de fazer. Pode ter mil par�metros. A gente fez esse exerc�cio. Olhando taxa de �bito do Estado e comparando com outros locais", afirmou Leany.

Sob a taxa da B�lgica, por exemplo, as mortes ga�chas pela covid-19 subiriam de 6.639 para 15.938. J� comparando com a taxa brasileira, iriam para 9.245 mortos. As mortes no Rio Grande do Sul cairiam, se fossem considerados dados de Portugal (4.605), Alemanha (2.035), Uruguai (239), Cingapura (28), entre outros pa�ses.

O governo ga�cho considerou os dados do dia 25. O Estado ainda projetou que teria 8.809 mortes a mais, se aplicasse a taxa de mortalidade do Amazonas, mas menos 1.341 �bitos, sob n�meros de Minas. "Nosso objetivo � permitir uma vida mais pr�xima do normal. Mas as restri��es sempre v�o existir", disse Lemos em refer�ncia ao distanciamento controlado. Apesar de apresentar o menor excesso de �bitos, o aumento de casos da covid-19 nas �ltimas semanas fez com que bandeiras "vermelhas" retornassem ao mapa do distanciamento controlado, indicando "risco alto" para algumas regi�es do Rio Grande do Sul. No dia 5, a "Rede An�lise Covid-19", formada por diversos pesquisadores, escreveu uma carta aberta � prefeitura de Porto Alegre apontando "clara revers�o de tend�ncia nos n�meros de infec��o". As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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