4 s�o presos por furto de c�dulas deixadas por bandidos ap�s assalto em Crici�ma

Quatro homens foram presos pelo furto de c�dulas de dinheiro deixadas por bandidos ap�s o assalto a uma ag�ncia banc�ria de Crici�ma (SC), na madrugada desta ter�a-feira, 1�. Logo ap�s o fim dos tiroteios, a Pol�cia Militar (PM) apreendeu R$ 810 mil em dinheiro em um apartamento da �rea central de Crici�ma. Nesta ocorr�ncia, quatro pessoas foram presas e conduzidas � Delegacia de Pol�cia.

Eles alegam n�o ter envolvimento com os criminosos que praticaram o assalto nesta madrugada. A Pol�cia Civil investigar� se os suspeitos presos teriam aproveitado a situa��o para pegar o dinheiro que ficou para tr�s durante a a��o, ap�s a fuga do grupo.

O comandante do 9� Batalh�o da Pol�cia Militar (BPM) de Crici�ma, tenente-coronel Christian Dimitri, recebeu informa��es de pessoas da comunidade que aproveitaram a situa��o para saquear notas de dinheiro da ag�ncia. "Essas c�dulas ser�o rastreadas e vamos chegar aos infratores". Nas redes sociais, v�deos mostram pessoas recolhendo o dinheiro nas ruas da cidade.

De acordo com a PM, criminosos armados com explosivos e muni��es de v�rios calibres assaltaram a ag�ncia banc�ria e efetuaram disparos na regi�o central da cidade. No in�cio da a��o, os criminosos chegaram a atirar contra o 9� Batalh�o da Pol�cia Militar (BPM) de Crici�ma. Um policial militar foi ferido no abd�men e precisou passar por uma cirurgia. No in�cio da manh� desta ter�a-feira, 1�, a Pol�cia Militar emitiu uma nota oficial, informando que o profissional apresenta quadro de sa�de que ainda inspira cuidados.

A Pol�cia Militar busca, ainda, um vigilante que teria sido ferido durante a a��o criminosa. Durante a madrugada, circularam informa��es de que al�m do policial, um profissional da �rea da seguran�a tamb�m teria sido atingido pelos disparos. Esta pessoa n�o foi encontrada at� o momento, e a PM ainda tenta confirmar a informa��o.

A Pol�cia Militar de Santa Catarina faz dilig�ncias em busca dos criminosos na manh� desta ter�a. A PM conta com o apoio do Batalh�o de Opera��es Policiais Especiais (Bope), Choque, Batalh�o de Avia��o, Canil e Poli�cia Militar Rodovia�ria Estadual. Equipes de Intelig�ncia das For�as de Seguran�a P�blica tamb�m atuam em conjunto. A Pol�cia Civil do Estado acionou pol�cias do Rio Grande do Sul e Paran� para refor�ar a a��o.

A PM refor�a que den�ncias podem ser encaminhadas por meio dos telefones 190, ou pelo 181 da Pol�cia Civil, aplicativo PMSC Cidad�o ou Rede de Vizinhos.

Cidade sitiada

Um grupo fortemente armado assaltou uma ag�ncia do Banco do Brasil em Crici�ma, no sudeste de Santa Catarina, no in�cio desta ter�a-feira, 1�. Os bandidos tamb�m efetuaram disparos em dire��o ao 9� Batalh�o de Pol�cia Militar e no centro da cidade. A pol�cia ainda n�o sabe quantos bandidos participaram da a��o, que durou cerca de tr�s horas, nem de onde eles s�o. As entradas da cidade foram bloqueadas pelos criminosos para evitar a chegada de refor�o policial.

De acordo com o soldado Marques, rela��es p�blicas da 6� regi�o de Pol�cia Militar do Estado, os bandidos portavam fuzis .556 e .762 e atiraram muitas vezes nas ruas da cidade. Os disparos atingiram vidra�as de casas e apartamentos. Houve ref�ns, mas a pol�cia n�o soube precisar quantos. Em v�deos compartilhados nas redes sociais, funcion�rios da prefeitura que estavam pintando faixas de tr�nsito na madrugada foram obrigados a sentar no meio da rua, formando uma esp�cie de "escudo humano" contra a a��o policial.

Os bandidos queimaram um ve�culo no t�nel que liga Crici�ma a Tubar�o, bloqueando o contato terrestre com a capital Florian�polis e dificultando a chegada de refor�o policial. Um caminh�o foi incendiado na entrada de um quartel da Pol�cia Militar.

Os criminosos quebraram vitrines de lojas do centro da cidade. As portas de vidro de uma ag�ncia da Caixa Econ�mica tamb�m foram quebradas, mas n�o houve assalto ao local.

A cidade pediu refor�o aos batalh�es de Opera��es Especiais (BOPE), de Choque e A�reo. Por enquanto, h� dois feridos. Um deles � policial e est� est�vel. O outro � um vigilante e n�o h� informa��es sobre seu estado de sa�de.

Carga de mais de 200 quilos de explosivos

Durante a a��o em Crici�ma, o grupo criminoso espalhou nas proximidades da ag�ncia banc�ria uma carga com mais de 200 quilos de explosivos. O esquadr�o antibombas do Batalh�o de Opera��es Especiais (Bope) da Pol�cia Militar de Santa Catarina chegou ao local no in�cio da manh� para iniciar a mobiliza��o e retirada dos artefatos do local.

Cerca de 20 policiais trabalharam na a��o. De acordo com o comandante do Bope, tenente-coronel Jos� Ivan Schelavi, esta quantidade de dinamite seria o suficiente para destruir o pr�dio da ag�ncia do Banco do Brasil de Crici�ma.

Em coletiva de imprensa no fim da manh� desta ter�a-feira, 1�, o comandante do 9� Batalh�o de Pol�cia Militar (BPM), tenente-coronel Christian Dimitri, explicou que todo o material recolhido foi levado para uma regi�o no Norte de Crici�ma. Uma retroescavadeira cavou um buraco para que a equipe do Bope realizasse uma explos�o dos artefatos apreendidos. "A explos�o acontecer� de forma controlada pela equipe do esquadr�o antibombas, para evitar riscos � sociedade", afirma. O local exato da a��o n�o foi divulgado.

Al�m da organiza��o do grupo criminoso durante toda a a��o, outra coisa que chamou a aten��o dos criciumenses e das for�as de seguran�a foi o armamento utilizado durante o assalto. As armas e muni��es utilizadas eram consideradas arsenais de uso restrito das For�as Armadas.

O prefeito Cl�sio Salvaro (PSDB) postou um v�deo no Facebook afirmando que estava acompanhando o assalto "com muita preocupa��o" e que a cidade chegou a ficar sitiada. "� um assalto de grandes propor��es com bandidos muito bem preparados", falou. Ele pediu que a popula��o n�o saia de casa. "Vamos deixar a pol�cia fazer o papel da pol�cia", disse.

Apesar dos apelos para que ningu�m saia na rua, v�deos compartilhados nas redes sociais mostram moradores recolhendo o dinheiro que os bandidos deixaram para tr�s.

Antes de deixar a cidade, os bandidos colocaram explosivos em uma pra�a. A a��o come�ou por volta da meia-noite e encerrou perto das 3h. Segundo as autoridades, o grupo saiu de Crici�ma em um comboio de carros de alto padr�o que seguiu para o sul.