Maia: no momento em que falamos em vacinas, governo isenta compra de armas

O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se disse perplexo com a decis�o do governo de isentar os impostos de importa��o sobre a compra de armas e pistolas. Ele disse que a sociedade est� em "p�nico" com o aumento de casos e mortes decorrentes do novo coronav�rus e que, at� agora, ningu�m sabe se haver� vacina e nem qual a posi��o do governo sobre esse assunto.

"No momento em que falamos em vacinas, o governo isenta a compra de armas", disse ele, em entrevista coletiva na C�mara. "Fico perplexo com a falta de sensibilidade do governo", acrescentou, ressaltando que a ocupa��o de leitos de hospitais cresce e j� se esgotou em v�rios locais do Pa�s.

Em decis�o publicada no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU), o Comit� Executivo de Gest�o da C�mara de Com�rcio Exterior (Gecex) reduziu de 20% para zero a al�quota do Imposto de Importa��o de rev�lveres e pistolas a partir do dia 1� de janeiro de 2021. Essa � uma medida na linha das promessas de campanha de Bolsonaro, que defende o armamento da popula��o.

Maia disse que o governo n�o tem uma estrat�gia clara de enfrentamento � covid-19 e que a prioridade para pol�ticas de armamento da popula��o mostra "distor��o ou falta de prioridade". "H� certo p�nico da sociedade, ningu�m sabe se ter� vacina nem posi��o do governo sobre assunto", disse.

O presidente da C�mara disse que a prioridade de Bolsonaro � a retomada da pauta de costumes, que ele fez quest�o de travar durante seu mandato. "Discordo e n�o pautei", afirmou, ressaltando que sua prioridade � a retomada econ�mica do Pa�s.

Segundo Maia, o deputado Arhur Lira (PP-AL), candidato � presid�ncia da Casa, que possui apoio de Bolsonaro e que lan�a sua candidatura � Presid�ncia da C�mara neste momento, j� se comprometeu com essa agenda. "O presidente quer interferir no processo de sucess�o da C�mara para defender pautas contra o meio ambiente, pelas armas e de ataque �s minorias", afirmou.