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Estado de Minas GERAL

Pol�cia indicia seis pela morte de Jo�o Alberto em Carrefour de Porto Alegre


11/12/2020 11:05

A Pol�cia Civil do Rio Grande do Sul indiciou seis pessoas pelo espancamento e a morte de Jo�o Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, em uma loja do Carrefour de Porto Alegre. O caso ocorreu na noite da v�spera do �ltimo Dia da Consci�ncia Negra, gerando uma s�rie de protestos contra o racismo por cidades brasileiras.

De acordo com a Pol�cia Civil, o espancamento ocorreu por motivo torpe, motivado pelo racismo estrutural, embora o agravante de inj�ria racial n�o tenha sido inclu�do no inqu�rito. Os indiciados responder�o por homic�dio triplamente qualificado. Entre eles, est�o o ex-policial militar tempor�rio Giovane Gaspar da Silva e o vigilante Magno Braz Borges, que trabalhavam no supermercado e agrediram a v�tima, e a agente de fiscaliza��o Adriana Alves Dutra, que aparece nos v�deos do espancamento tentando impedir que o ato fosse gravado.

Os demais s�o o tamb�m vigilante Paulo Francisco da Silva, do Grupo Vector, e os funcion�rios do local Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende, em grau menor de participa��o no crime. Para a pol�cia, Adriana e o outro vigilante poderiam ter impedido as agress�es.

A partir de necropsia feita por legistas do Departamento M�dico Legal, o inqu�rito tamb�m concluiu que Jo�o Alberto morreu por asfixia. Segundo testemunhas, um dos agressores colocou o joelho sobre o corpo da v�tima, imobilizando-a e dificultando que respirasse.

Segundo informa��es divulgadas em coletiva de imprensa, mais de 40 pessoas foram ouvidas durante a investiga��o. Dos seis incriminados, est�o presos Gaspar da Silva, Borges e Adriana. Nesta semana, a Justi�a negou pedido de liberdade provis�ria de Silva.

Respons�vel pela investiga��o, a delegada Roberta Bertoldo disse que n�o houve crime de inj�ria racial, por�m a atitude dos agressores ocorreu em decorr�ncia do racismo estrutural vivido no Pa�s, somado ao fato da v�tima ter uma condi��o socioecon�mica inferior, uma vez que "nenhuma testemunha foi capaz de detalhar o que motivou aquela rea��o violenta".

Para a chefe da Pol�cia Civil, delegada Nadine Anflor, ficou claro e comprovado o excesso dos seguran�as no crime. "A conclus�o do inqu�rito trouxe uma resposta r�pida dentro da lei e uma sensa��o de Justi�a. A pol�cia embasou em 60 p�ginas este relat�rio, com detalhes importantes sobre o caso. Foi p�blico e not�rio que ocorreu uma atitude desumana e degradante, que feriu os direitos humanos", disse Nadine ao Estad�o.

V�deos compartilhados nas redes sociais mostram parte das agress�es e o momento em que Jo�o Alberto foi atendido por socorristas, quando j� estava desacordado. Em uma das grava��es, o homem � derrubado e atingido por ao menos 12 socos. Ao fundo, uma pessoa grita "vamos chamar a Brigada (Militar)".

A reportagem aguarda posicionamento de representantes dos acusados. O espa�o est� aberto para manifesta��es.


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