A Associa��o Brasileira de Sa�de Coletiva (Abrasco) enviou nesta ter�a-feira, 15, uma carta a Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), qualificando o plano de vacina��o contra a COVID-19 apresentado pelo Minist�rio da Sa�de como "equivocado".
"Enquanto representante da comunidade acad�mica e de profissionais de sa�de p�blica do Brasil, em primeiro lugar, do ponto de vista t�cnico-cient�fico, a Abrasco n�o considera o que foi anunciado pelo MS como um verdadeiro e efetivo plano para conten��o da pandemia mediante vacina��o de abrang�ncia nacional. Entende que esse an�ncio apenas enumera medidas parciais, e em alguns casos equivocadas, em resposta � crescente demanda da sociedade", disse.
O documento afirma que o conte�do do plano � de "exclusiva responsabilidade do Governo Federal" e defende os professores e pesquisadores que tiveram seus nomes inclu�dos sem consentimento no Plano Nacional de Operacionaliza��o da Vacina��o Conta a COVID-19.
"Estes profissionais foram recomendados ao MS, atendendo a expressa demanda institucional, para contribuir � constru��o do assim chamado 'plano' de vacina��o contra a COVID-19, por�m o acolhimento de suas recomenda��es t�cnico-cient�ficas ocorreu em graus variados e sempre ancilares. Pelo exposto, a presen�a de seus nomes, na condi��o amb�gua de elaboradores ou colaboradores, pode permitir a incorreta interpreta��o do seu envolvimento e, portanto, responsabilidade pela autoria do trabalho apresentado."
Gulnar Azevedo e Silva, presidenta da Abrasco, assina a carta que explica que � muito comum na hist�ria do Programa Nacional de Imuniza��es haver esse di�logo entre especialistas e poder p�blico, mas que no caso em quest�o isso n�o ocorreu. "O ambiente proporcionado pelo MS nas reuni�es foi pouco afeito ao di�logo e com orienta��es de sigilo, incompat�veis com uma pr�tica de efetiva colabora��o. Portanto, a presente manifesta��o tem o objetivo de desagrav�-los perante essa Corte e � sociedade", disse.
Ao final, a Abrasco pediu que seja feito um "verdadeiro, completo e detalhado plano orientador para uma Campanha Nacional de Imuniza��o contra a COVID-19" e pediu que "todos os recursos humanos, materiais e financeiros devem ser postos � disposi��o".