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Estado de Minas GERAL

Interior de SP tem fila em hospital e cidades j� transferem doentes


17/12/2020 07:19

Com hospitais lotados e filas de pacientes para interna��o, prefeituras j� transferem doentes com a covid-19 para outras cidades no interior de S�o Paulo e o Minist�rio P�blico decidiu cobrar eitos. Nos �ltimos 15 dias, segundo a Secretaria de Estado da Sa�de, a ocupa��o de leitos exclusivos subiu de 52,7% para 60,2%, mas em muitas cidades a lota��o da rede hospitalar chega a 100%, atingindo picos iguais aos do auge da pandemia.

O Minist�rio P�blico de S�o Paulo mandou a prefeitura de Presidente Prudente, no oeste paulista, contratar leitos em hospitais da regi�o para garantir o atendimento a pacientes acometidos pela covid-19. Na manh� desta quarta-feira, 16, 12 pessoas com o coronav�rus aguardavam vagas para interna��o em hospitais da cidade, que estavam lotados. No dia anterior, a cidade havia registrado 55 novos casos de covid e um recorde no n�mero de pessoas internadas - 79 pacientes, dos quais 29 em UTI.

Conforme o promotor Marcelo Creste, as enfermarias do Hospital Regional e da Santa Casa de Presidente Prudente tinham atingido a ocupa��o m�xima. "� sabido que o munic�pio n�o tem hospital pr�prio e tampouco criou leitos cl�nicos para o enfrentamento da covid-19, ao contr�rio de outros munic�pios, como Dracena. Tamb�m n�o instalou hospital de campanha", disse. O promotor determinou que a prefeitura fa�a uso de verba federal j� liberada para enfrentamento da pandemia, ampliando a oferta de leitos � popula��o.

Anteontem, Sorocaba tinha 41 pacientes com covid internados, 28 deles em UTI. Pela manh�, 12 infectados eram mantidos em estabilidade na rede pr�-hospitalar municipal aguardando interna��o, dois deles com indica��o para UTI. � tarde, apenas um conseguiu vaga. O hospital Adib Jatene, mantido pelo Estado, tinha 100% de leitos de UTI ocupados, e a enfermaria da Santa Casa, vinculada � prefeitura, j� estava com capacidade m�xima.

A prefeitura de Indaiatuba contratou oito leitos para covid-19 no Hospital Samaritano de Campinas, mas todos estavam ocupados. O munic�pio foi obrigado a acionar a Central de Regula��o de Ofertas de Servi�os de Sa�de (Cross) do governo estadual na segunda-feira.

A Santa Casa de Birigui registrou, na ter�a, 100% de ocupa��o dos 22 leitos de UTI e enfermaria. A prefeitura deixou de prontid�o a Santa Casa de Ara�atuba e o Hospital de Campanha de Pen�polis para receber transfer�ncias de novos casos de interna��o. Tamb�m estavam com 100% dos leitos para covid-19 as Santas Casas de Ourinhos, Santa Cruz do Rio Pardo e Lins. No Hospital das Cl�nicas de Botucatu, que � p�blico e refer�ncia para covid-19 na regi�o, a ocupa��o de leitos voltou ao patamar de julho. Na segunda, a taxa chegou a 87%, com 42 pacientes internados.

Receio

Na manh� de ter�a-feira, o emergencista Leandro Fonseca, de 40 anos, foi acordado com uma not�cia triste. Sua colega de plant�es em um hospital de Itu tinha acabado de morrer. "Ela trabalhava bastante e se cuidava, como cuidava da fam�lia, mesmo assim se contaminou. � desanimador ver quantas pessoas a gente continua perdendo."

O profissional da sa�de disse que os hospitais j� est�o lotados e acha que a situa��o, que j� est� bem ruim, pode piorar. "Hoje trabalhei em dois hospitais, a Santa Casa de Piedade e o Evang�lico de Sorocaba. Est�o lotados. Atendi uns dez pacientes com covid e, se precisasse, n�o teria como internar."

Fonseca lamenta que as pessoas n�o estejam entendendo a gravidade da situa��o. "Ando pelas ruas de Sorocaba e vejo metade das pessoas sem m�scara. Moro pr�ximo da rodovia Raposo Tavares e pertinho de minha casa tem um pessoal que faz samba e pagode todo fim de semana."

A jornalista Ana Paula Freire, de 48 anos, teve a "sorte" de pegar a covid-19 no in�cio de novembro, quando o repique da doen�a ainda estava come�ando. Assim, ela conseguiu vaga no Hospital Evang�lico, em Sorocaba, onde mora, e teve alta ap�s cinco dias de interna��o. Nesta quarta-feira, o hospital particular completava tr�s dias sem vagas para a covid-19.

"Quando eu estava para receber alta, eu j� ouvia as enfermeiras falarem �Est� voltando, est� voltando, est� tudo cheio de novo�", diz Ana. "Por isso, agradeci a Deus porque tinha toda aquela estrutura ali. Eu sabia que estava recebendo a interven��o na hora certa e muita gente n�o teve oportunidade."

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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