A Associa��o dos Magistrados Brasileiros divulgou nota de rep�dio nesta sexta, 25, contra o assassinato da ju�za Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, do Tribunal de Justi�a do Rio, que foi morta pelo ex-marido na frente das tr�s filhas na v�spera do Natal. O engenheiro Paulo Jos� Arronenzi, de 52 anos, foi preso em flagrante e o crime foi gravado por uma testemunha.
A manifesta��o da entidade, subscrita pela presidente Renata Gil, expressa indigna��o com o feminic�dio, tratando-o como uma "chaga".
"Como maior entidade representativa dos ju�zes e desembargadores do Pa�s, a AMB repudia com veem�ncia casos de feminic�dio e defende o uso de todos os instrumentos legais dispon�veis para o combate � viol�ncia dom�stica, al�m do aperfei�oamento da legisla��o", afirma. "A magistratura zela para que os crimes sejam elucidados com a maior rapidez, exige a pronta apura��o de delitos cujos ind�cios apontam para o crime de assassinato pela condi��o de mulher, e para que os culpados sejam punidos com o rigor da Lei".
Mais cedo, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, divulgou comunicado afirmando ser "urgente" o debate sobre viol�ncia dom�stica no Pa�s e que a Corte e o Conselho Nacional de Justi�a (CNJ) "se comprometem com o desenvolvimento de a��es que identifiquem a melhor forma de prevenir e de erradicar" este tipo de crime.
Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, foi morta a facadas pelo ex-marido na frente das tr�s filhas. O crime ocorreu por volta das 18h30, quando a ju�za levava as tr�s filhas (duas g�meas de 7 anos e uma de 9 anos) para passar o Natal com o pai. Ela se encontrou com Paulo Arronenzi na rua Raquel de Queiroz. No v�deo que chegou a circular nas redes sociais e est� sendo usado como prova pela pol�cia, o ex-marido ataca a ju�za na frente das filhas, a despeito dos pedidos das meninas para que parasse.
Testemunhas ainda pediram socorro aos guardas municipais do 2� SubGrupamento de Opera��es de Praia, que estavam na base ao lado do Bosque da Barra, pr�ximo ao local do crime. Os agentes encontraram a ju�za desacordada, ca�da ao ch�o. Apontado por testemunhas como autor do crime, Arronenzi foi preso pelos guardas municipais sem mostrar resist�ncia.
H� tr�s meses, Viviane denunciou Arronenzi por les�o corporal e amea�as. O pr�prio Tribunal de Justi�a do Rio providenciou uma escolta para a magistrada, mas ela abriu m�o da prote��o. Em 2007, uma ex-namorada de Arronenzi j� havia denunciado o engenheiro por agress�o.
O enterro est� marcado para a manh� deste s�bado, 26, no Cemit�rio do Caju.
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