
A Federa��o Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou nessa segunda-feira (28/12) o levantamento de casos de COVID-19 na Pol�cia Federal. E, conforme a pesquisa, houve um aumento de 151,5% nos diagn�sticos confirmados na categoria de setembro para dezembro.
Em n�meros absolutos, o crescimento foi de 523 casos confirmados: de 345 para 868. J� a quantidade de �bitos causados pela virose subiu de nove para 15 no per�odo: diferen�a de 66,6%.
Para a Fenapef, o crescimento se deve � realiza��o de opera��es desnecess�rias, criadas somente para que os departamentos batam "metas de produtividade".
O aumento da demanda durante o per�odo eleitoral, sobretudo pela necessidade de cumprimento de mais mandados judiciais, tamb�m contribuiu para o acr�scimo de infec��es pelo coronav�rus na PF, segundo a federa��o.
Entre os estados, aquele com mais casos confirmados � o Rio de Janeiro: 153. Depois, aparecem Distrito Federal (96), Rio Grande do Sul (94), Paran� (73), S�o Paulo (63) e Santa Catarina (44).
Em Minas Gerais, a Fenapef contabiliza apenas um diagn�stico da COVID-19. N�o h� mortes entre servidores da categoria no estado.
Quanto �s vidas perdidas, o estado com mais �bitos � o Par� com tr�s. No Rio e em S�o Paulo, s�o dois. H� mortes computadas, ainda, no Amap�, Distrito Federal, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Paran�, Rio Grande do Norte, Piau� e Santa Catarina.
Os dados, por�m, podem estar subnotificados, j� que eles foram levantados junto aos sindicatos de cada estado. Isso porque nem todos os servidores doentes informam seus quadros cl�nicos �s entidades locais.
A pr�pria Fenapef admite que h� possibilidade de subnotifica��o. Segundo a federa��o, nem todos os sindicatos enviaram dados atualizados sobre o quadro de sa�de dos seus policiais federais.
Pedidos
Diante dos dados, a Fenapef solicitou � Pol�cia Federal a ado��o de medidas para proteger os agentes. Um dos pedidos da federa��o � que os servidores que fazem parte do grupo de risco possam trabalhar � dist�ncia.
A entidade tamb�m pediu que a PF s� realize opera��es “inadi�veis”. Ainda assim, esses trabalhos devem ser feitos com uso dos equipamentos de prote��o individual (EPIs), principalmente se houver contato com o p�blico externo.
H�, tamb�m, solicita��o de testagem em massa na Delegacia Especial do Aeroporto Internacional (Deain) do Gale�o, no Rio de Janeiro, depois que houve registro de um surto no local. Uma agente terceirizada morreu.
Outro lado
A reportagem procurou o Minist�rio da Justi�a e da Seguran�a P�blica do governo Jair Bolsonaro (sem partido), ao qual a Pol�cia Federal � subordinada. Por�m, a pasta informou que o posicionamento cabia somente � PF.
J� a PF, por meio de nota, esclareceu que “n�o comenta dados sobre a sa�de de seus servidores”.