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Estado de Minas GERAL

Lentid�o e cr�ticas s�o entraves para vacina da Pfizer


31/12/2020 06:46

A tentativa do presidente Jair Bolsonaro de responsabilizar laborat�rios pela falta de oferta de vacinas no Brasil esbarra na demora do pr�prio governo em fechar acordos com os fabricantes. No caso da Pfizer, respons�vel pelo imunizante que j� foi autorizado em mais de 40 pa�ses, o Minist�rio da Sa�de assinou um memorando para adquirir 70 milh�es de doses em 2021, mas o papel n�o garante o neg�cio. Al�m disso, tanto Bolsonaro quanto o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, t�m feito cr�ticas p�blicas a exig�ncias da farmac�utica.

Ao falar com apoiadores na segunda-feira, o presidente questionou a raz�o de nenhum fabricante ainda ter pedido o aval da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) para distribuir vacinas no Pa�s: "O Brasil tem 210 milh�es de habitantes, um mercado consumidor de qualquer coisa enorme. Os laborat�rios n�o tinham que estar interessados em vender para a gente? Por que eles n�o apresentam documenta��o na Anvisa?".

Ap�s a declara��o, a Pfizer reagiu e divulgou nota em que justifica a aus�ncia de um pedido de uso emergencial do seu imunizante justamente pela falta de acordo com o Brasil. O laborat�rio disse que s� poderia cumprir exig�ncias da Anvisa, como defini��o de quantidade de doses e cronograma, ap�s a "celebra��o do contrato definitivo", o que ainda n�o ocorreu.

A empresa chegou a afirmar que havia desistido do aval emergencial e que entraria apenas com o pedido de registro definitivo - sob a alega��o de que os dados de desenvolvimento do imunizante j� est�o sob an�lise da Anvisa, no processo chamado de "submiss�o cont�nua" -, mas ontem disse que voltaria a avaliar a estrat�gia (mais informa��es nesta p�g.).

Em audi�ncia p�blica na C�mara, o presidente da Pfizer, Carlos Murillo, citou que a demora em fechar contrato com o Pa�s criava "limita��es" sobre a disponibilidade de doses. Procurada anteontem, a Pfizer disse que "em momento algum perdeu interesse no Brasil".

O secret�rio executivo do Minist�rio da Sa�de, Elcio Franco, questionou a justificativa dada pela empresa. Segundo ele, a avalia��o para uso emergencial da Anvisa � semelhante � da FDA, ag�ncia federal dos EUA. "Me causa esp�cie o pronunciamento de que estava com dificuldade pelas solicita��es da Anvisa. Os aspectos s�o os mesmos da FDA para uso emergencial."

Reserva

Mesmo sem o contrato, o plano de imuniza��o do Minist�rio da Sa�de prev� que a Pfizer reserve 500 mil doses em janeiro. O documento ainda estima 2 milh�es de doses da farmac�utica no primeiro trimestre. A soma at� a metade do ano seria de 8,5 milh�es e no segundo semestre, mais 61 milh�es.

Antes de firmar um memorando de entendimento com a Pfizer, Pazuello chegou a comentar nos bastidores, de forma ir�nica, que a proposta da farmac�utica n�o servia nem para imunizar Bras�lia, que tem cerca de 3 milh�es de habitantes.

Bolsonaro tamb�m tem tratado a proposta da Pfizer com desd�m. "L� no contrato est� bem claro: 'N�o nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se voc� virar um jacar�, � problema de voc�'", disse no dia 17, em Porto Seguro.

A principal aposta do governo federal � a vacina desenvolvida pela farmac�utica AstraZeneca e pela Universidade do Oxford, que ser� produzido na Fiocruz. Al�m disso, o minist�rio tem acordo para receber doses para 10% da popula��o por meio do cons�rcio internacional Covax Facility, que ainda n�o definiu qual imunizante ofertar�. Em rela��o � Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butant�, o governo tamb�m possui apenas um memorando de entendimento, sem obriga��o de compra.

Laborat�rio volta a estudar pedido de uso emergencial

Ap�s reunir-se ontem com dirigentes e t�cnicos da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), a farmac�utica Pfizer mudou de posi��o e afirmou que voltou avaliar se pede autoriza��o para uso emergencial de sua vacina contra a covid-19 no Brasil.

A Anvisa estima que levar� at� dez dias para avaliar um pedido de uso emergencial. Ainda n�o h� solicita��o desse tipo em tramita��o na ag�ncia.

A farmac�utica tamb�m informou que, mesmo se optar pela avalia��o para o uso emergencial, manter� ainda as tratativas junto � Anvisa para obter registro definitivo.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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