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Estado de Minas GERAL

Brasil pode importar vacinas de Oxford produzidas na �ndia, afirma Itamaraty


05/01/2021 13:01

O Minist�rio das Rela��es Exteriores (MRE) afirmou nesta ter�a-feira, 5, que n�o h� proibi��o do governo da �ndia para que a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) importe 2 milh�es de doses prontas da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmac�utica AstraZeneca. As d�vidas sobre a vinda do produto ao Brasil surgiram ap�s o CEO do Instituto Serum da �ndia, onde as doses foram fabricadas, Adar Poonawalla, afirmar que o governo local impediria exporta��es de vacinas contra a covid-19.

"O Governo brasileiro, por meio dos Minist�rios da Sa�de e das Rela��es Exteriores, esclarece que n�o h� qualquer tipo de proibi��o oficial do Governo da �ndia para exporta��o de doses de vacina contra o novo coronav�rus produzidas por farmac�uticas indianas", afirma o MRE em nota. O minist�rio diz ainda que a negocia��o para importa��o est� em "est�gio avan�ado, com prov�vel data de entrega em meados de janeiro".

A importa��o de 2 milh�es de doses prontas da AstraZeneca foi autorizada no dia 31 de dezembro pela Anvisa. Trata-se da principal aposta do governo federal para vacinar j� em 20 de janeiro, data apontada como "cen�rio mais otimista" para come�o da campanha contra a covid-19. Antes, a Fiocruz pretendia apenas receber o insumo farmac�utico neste m�s e completar a fabrica��o das doses no Brasil, que s� seriam liberadas em fevereiro, num primeiro lote de 30 milh�es de unidades. No total, a Fiocruz espera produzir e distribuir 210,4 milh�es de doses desta vacina em 2021.

O MRE afirma que o secret�rio-executivo do Minist�rio da Sa�de, Elcio Franco, teve reuni�o na segunda-feira, 4, com a Embaixada da �ndia em Bras�lia para tratar da importa��o. Como se trata de importa��o excepcional, a Anvisa exige que as vacinas fiquem sob a guarda da Fiocruz at� que seja dado o registro ou aval de uso emergencial. O mesmo processo foi autorizado ao Instituto Butantan, que afirma ter 10,8 milh�es de doses de unidades da Coronavac estocadas, � espera da autoriza��o para o uso.

As vacinas vindas da �ndia devem ser aplicadas ap�s aval para uso emergencial do produto. A Fiocruz teve nova reuni�o com a Anvisa nesta ter�a-feira, 5, mas o laborat�rio ainda n�o pediu esta permiss�o. A ideia � apresentar a solicita��o at� o fim desta semana. A Anvisa estima que levar� at� 10 dias para concluir a an�lise.

O governo investiu cerca de R$ 2 bilh�es para a compra de ingredientes para as doses e transfer�ncia de tecnologia para a Fiocruz. No plano nacional de imuniza��o, o governo prev� aplicar doses desta vacina em cerca de 50 milh�es de brasileiros de grupos priorit�rios ainda no primeiro semestre.

A falta de transpar�ncia sobre os dados da vacina de Oxford e AstraZeneca gerou cr�ticas na comunidade cient�fica. Um erro de dosagem levou a dois resultados de efic�cia do produto: 62% quando aplicada em um regime de duas doses completas e 90% com meia dose seguida de outra completa. H� ainda d�vidas sobre os resultados para pessoas acima de 55 anos.

Respons�vel por coordenar o estudo cl�nico da vacina no Brasil, a m�dica Lily Yin Weckx disse ao Estad�o que a primeira dose da vacina j� mostra efic�cia de cerca de 70% contra a doen�a, mas em intervalo curto. "A gente ainda pode ficar com a m�dia de efic�cia de 70%. O estudo continua; teremos um ano de segmento para ver a persist�ncia da prote��o, dos anticorpos, de seguran�a, etc".

Segundo Lily, "o que � importante � que temos uma vacina segura, eficaz e que pode fazer a diferen�a na pandemia. Esses n�mero de 60%, 70%, 80% � de prote��o contra a doen�a covid. Mas se considerarmos doen�as graves e hospitaliza��o, a vacina foi capaz de evitar quase 100%". Ela diz que entre as pessoas que foram vacinadas, nenhuma teve uma doen�a grave ou ficou hospitalizada por covid. Todas as hospitaliza��es ocorreram no grupo controle.


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