
N�o h� nenhuma decis�o sobre a quantidade de doses, pois a ideia partiu de uma discuss�o no Centro de Conting�ncia do Coronav�rus que re�ne 20 especialistas do setor p�blico e privado. O Butantan n�o foi comunicado sobre nenhum acordo. Tudo depende da efic�cia da vacina entre as duas doses previstas, com prazo de 14 dias, para ter a certeza da imuniza��o completa contra o novo coronav�rus.
Caso a Coronavac responder de forma positiva a partir da primeira dose, � bem prov�vel que haja uma "c�pia" dos pa�ses europeus aumentando a base de pessoas a serem imunizadas, descartando a segunda vacina��o.
A hip�tese de aplicar somente uma dose foi pensada, tamb�m, por um problema que est� surgindo na Europa: a falta de vacinas. Por�m, nos Estados Unidos, a campanha de vacina��o tem seguido o protocolo de duas doses, priorizando os grupos mais necessitados.
O governo de S�o Paulo adiou duas vezes os dados do estudo da terceira fase da Coronavac que mostra a efic�cia da vacina, causando pol�mica a respeito da efetividade do imunizante. O governador Jo�o Doria (PSDB) tinha informado que os primeiros resultados da terceira fase seriam divulgados no dia 15 de dezembro, mas na v�spera adiou pelo fato do v�rus ter ganhado for�a no pa�s e pelo n�mero de volunt�rios infectados.
A nova data foi marcada para o dia 23 de dezembro, mas foi adiada novamente. O motivo seria diferen�as vistas pela Sinovac entre os resultados de efic�cia no Brasil. Com isso, a informa��o foi segurada pelo governo de S�o Paulo a pedido da pr�pria Sinovac.
Segundo informa��es, a efic�cia aqui no pa�s foi menor do que pa�ses na Europa. Como a China quer um “padr�o” nas vacinas com efic�cia acima de 90%, os resultados da terceira fase foram adiados.
O jornal Folha de S.Paulo chegou a mostrar o embate do plano Doria com o presidente Jair Bolsonaro com rela��o � pandemia e � vacina��o e isso permite que um pedido de registro seja feito aqui no Brasil e ao mesmo tempo na China.
Como a China garantiu que as vacinas seriam aprovadas em um prazo de tr�s dias, o objetivo era pressionar a Anvisa. Uma lei criada no in�cio da pandemia obriga o registro autom�tico de vacinas aprovadas por ag�ncias chinesas, EUA, Uni�o Europeia ou Jap�o. A partir da� as conversas entre estado, Anvisa e Minist�rio da Sa�de ficaram mais “saud�veis”.
Os n�meros que ser�o apresentados na quinta-feira ser�o, provavelmente, os dados brasileiros para que seja feito um pedido emergencial � Anvisa, que tem prazo de 10 dias para aprovar ou n�o. O plano de Doria pretende come�ar o plano de vacina��o no dia 25 de janeiro. A meta � imunizar cerca de 9 milh�es de pessoas entre profissionais de sa�de, grupos priorit�rios e idosos (acima de 60 anos).
Se for decidido a aplica��o de apenas uma dose da Coronavac, o plano ter� de ser totalmente alterado. Isso sem contar com uma poss�vel acelera��o da pandemia no pa�s e com os surgimentos de novas variantes do novo coronav�rus.
De acordo com o planejamento paulista, teria 46 milh�es de doses da Coronavac, entre doses prontas e formuladas no Butantan, neste m�s de Janeiro. Na virada do ano, eram 11 milh�es.
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Eduardo Oliveira