
Seguindo o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em suas transmiss�es semanais, o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, recomendou o tratamento precoce para diminuir os efeitos do coronav�rus no Amazonas, em pronunciamento na sergunda-feira (11/01). O estado vive colapso no sistema de sa�de, com hospitais lotados e sem oxig�nio, o que deixa a situa��o mais terr�vel.
Ainda que a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) n�o recomende o tratamento precoce, Pazuello diz que o tema precisa ser mais divulgado pela imprensa para minimizar os casos e mortes pela doen�a.
“Senhores, senhoras, n�o existe outra sa�da: n�s n�o estamos mais discutindo se esse profissional ou aquele concorda. Os conselhos federais e regionais j� se posicionaram, os conselhos s�o a favor do tratamento precoce, do diagn�stico cl�nico”, disse o ministro, durante entrevista em Manaus.
O tratamento precoce consiste no uso de medicamentos ainda no est�gio inicial da COVID-19, como cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, oz�nio por via retal e di�xido de cloro.
Eduardo Pazuello considera que tais medicamentos n�o matam ningu�m e deveriam ser prescristos pelos m�dicos: “Os diretores dos hospitais devem cobrar na ponta da linha da UBS como o m�dico est� se portando. O cara tem que sair com um diagn�stico, at� porque a medica��o pode e deve come�ar antes dos exames complementares. Caso o teste depois der negativo por alguma raz�o, reduz a medica��o e t� �timo, n�o vai matar ningu�m, agora salvar� no caso da COVID-19”, disse o ministro.
“O tratamento tem que ser imediato e os medicamentos t�m que ser disponibilizados imediatamente. O paciente precisa se medicar e ser acompanhado pelo m�dico, essa d�vida n�o existe”, completou Pazuello.
Sem recomenda��o
No m�s passado, a Sociedade Brasileira de Infectologia divulgou comunicado condenando a orienta��o dada pelo Minist�rio da Sa�de. “Os estudos cl�nicos randomizados com grupos de controle existentes at� o momento n�o mostraram benef�cio e, al�m disso, alguns desses medicamentos podem causar efeitos colaterais. Ou seja, n�o existe comprova��o cient�fica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a Covid-19”, diz o comunicado.
Segundo a SBI, na fase inicial, da doen�a, “medicamentos sintom�ticos, como analg�sicos e antit�rmicos, podem ser usados em pacientes que apresentem dor ou febre”.