
O Minist�rio da Sa�de deu detalhes sobre o surgimento da variante do coronav�rus que surgiu em Manaus e assustou o mundo. Uma mulher de 29 anos, que j� havia testado positivo para COVID-19 em mar�o, voltou a ser infectada em dezembro, dessa vez pela variante brasileira. Segundo o �rg�o de sa�de nacional, as muta��es encontradas s�o compat�veis com uma outra variante, essa encontrada no Jap�o. A descoberta da nova variante j� fez, inclusive, que pa�ses proibissem a entrada de voos brasileiros, como foi o caso do Reino Unido, a fim de conter a dissemina��o da nova cepa e evitar mais casos pelo mundo, conforme alerta Estev�o Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), coordenador do servi�o de infectologia do Hospital Madre Teresa e membro do Comit� de Enfrentamento � COVID-19.
Segundo um estudo conduzido por pesquisadores da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), essa nova variante, de linhagem B.1.1.28, evoluiu de uma linhagem viral presente no Brasil, que, conforme visto, circula no estado do Amazonas, no Norte do pa�s. Essa cepa cont�m pelo menos tr�s muta��es (K417N, E484K e N501Y), que provocaram mudan�as nos genes que codificam a esp�cula, a conhecida prote�na Spike, estrutura que fica na superf�cie do v�rus e permite que ele invada as c�lulas do corpo.
Ainda, de acordo com a investiga��o feita pelo laborat�rio, h� dois clados principais – agrupamentos que incluem um ancestral comum e todos os descendentes –, que evolu�ram localmente sem apresentar muta��es incomuns na prote�na Spike, recentemente, mais precisamente, segundo dados da pesquisa, entre abril e novembro de 2020.
Mas qual a real gravidade da “variante brasileira”? De acordo com Estev�o Urbano, diferentemente das demais cepas j� encontradas no Brasil, no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, por exemplo, que s�o pouco diferentes da “cepa-m�e” – a primeira que chegou no Brasil ainda em mar�o –, a encontrada em Manaus tem diferentes cepas gen�ticas. Por�m, segundo o presidente da SMI, isso n�o � suficiente para alegar que essa variante seja mais transmiss�vel ou grave que as demais.
“N�o sabemos ainda se a variante de Manaus � mais transmiss�vel e agressiva ou se o caos que se encontra l� hoje � por causa, apenas, exclusivamente, da falta de distanciamento e medidas de regramento. Sobre isso ent�o, ainda h� muitas d�vidas, mas existe o potencial para ser, como outras que foram descobertas, por exemplo, no Reino Unido, potencialmente mais transmiss�veis e eventualmente mais letais. Mas ainda s�o s� hip�teses, n�o h� nenhuma constata��o”, justifica.
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Paulo Nogueira
Oxig�nio garantido e conscientiza��o
O caos da falta de oxig�nio em Manaus acendeu o alerta em outros estados. Em Minas e em BH, entretanto, a situa��o � normal. A Secretaria de Estado de Sa�de informou que a aquisi��o de gases medicinais � de gest�o de cada unidade hospitalar. "Os hospitais sob a gest�o da SES-MG, por meio da Funda��o Hospitalar de Minas Gerais, n�o apresentam escassez ou desabastecimento de gases medicinais. O servi�o est� sendo prestado normalmente e atendendo � demanda da Rede Fhemig", disse a pasta em nota. A Prefeitura de BH explicou, por meio da Secretaria Municipal de Sa�de, que o abastecimento das Unidades de Pronto-Atendimento do Hospital Metropolitano Dr C�lio de Castro, no Barreiro, e do Hospital Odilon Behrens, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, se encontra normalizado. Minas registrou 154 mortes em 24 horas e 9.120 casos. J� em BH foram 36 mortes e 1.414 casos. Ontem, a PBH promoveu campanha de conscientiza��o da popula��o em esta��es do metr�