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Estado de Minas CORONAV�RUS

Coronavac: v�deo explica efic�cia da vacina contra COVID-19

Entenda o que significa a taxa de 50,38% de efic�cia do imunizante do Instituto Butantan em parceria com o laborat�rio SinoVac.


16/01/2021 08:43 - atualizado 16/01/2021 15:59

(foto: Reprodução/vídeo)
(foto: Reprodu��o/v�deo)


O Instituto Butantan anunciou que a efic�cia global da vacina Coronavac � de 50,38%, imunizante produzido em parceria com o laborat�rio chin�s SinoVac. Muitas porcentagens foram informadas pelo governo do estado de S�o Paulo. Confira o v�deo abaixo #PraEntender o que significa essa taxa de efic�cia e os impactos no combate � COVID-19 a partir da vacina��o no Brasil.

O estudo da CoronaVac foi feito com 9.242 volunt�rios, todos profissionais da sa�de. Metade do grupo tomou a vacina. A outra, recebeu placebo. Desde julho, quando os ensaios come�aram, 252 volunt�rios foram infectados com o novo coronav�rus, sendo que 167 eram do grupo placebo e 85 dos vacinados. Para chegar � efic�cia global de 50,38%,o valor � calculado com as 252 pessoas infectadas e os pesquisadores puderam constatar que a vacina Coronavac reduziu pela metade a chance de pegar COVID-19.

Outra taxa foi apresentada, de 78%. Ela se refere a quadros leves de contamina��o pelo coronav�rus. A taxa de 100% de efic�cia foi atribu�da aos casos graves, quando h� necessidade de interna��o em leitos cl�nicos ou em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Por�m, essa total efici�ncia foi constatada num grupo de sete volunt�rios. Para especialistas em sa�de, o importante estatisticamente � a taxa de 50,38%.

“� uma boa vacina. Tem um n�vel de prote��o contra o cont�gio, e a� inclui aqueles que n�o t�m sintomas, mas que podem transmitir, bastante aceit�vel.Porque quando voc� vacina uma massa populacional e ela tem essa prote��o de pelo menos 50%, voc� tem uma chave para come�ar a diminuir a curva de cont�gio e a m�dio e longo prazo acabar com a pandemia”, destaca  Estev�o Urbano, m�dico infectologista e presidente da Sociedade Mineira de Infectologia.

Apesar de aparentar ser baixo, esse �ndice aponta um caminho para o pa�s tentar reduzir pela metade as buscas por atendimentos em hospitais p�blicos e particulares. Outras vacinas que fazem parte do Plano Nacional de Imuniza��o (PNI) tamb�m t�m efic�cia semelhante � CoronaVac, como a vacina do rotav�rus e a da gripe, que a depender do v�rus que circula fica por volta de 50%.

Outro ponto importante a esclarecer � que, mesmo apresentando efic�cia inicial menor que as de outras vacinas contra o coronav�rus, como as da Pfizer e da Moderna, o valor est� acima do m�nimo exigido pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) e pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), que � de 50% na prote��o geral.

A infectologista e especialista em sa�de p�blica Luana Araujo explica que a efic�cia da CoronaVac � suficiente para come�ar a reduzir o n�mero de casos. “� claro que quanto maior a efic�cia, ‘melhor’ a vacina no sentido de que ela � capaz de evitar mais casos. Mas em termos de popula��o, 50% j� � o suficiente para a gente reduzir muito a circula��o do v�rus naquela popula��o e, portanto, diminuir ainda mais o n�mero de casos”, explica Luana.

As pesquisas mundiais com as vacinas em uso, desenvolvimento ou teste ainda n�o s�o conclusivas sobre por quanto tempo as pessoas vacinadas ficar�o protegidas do v�rus Sars-CoV-2. Por isso, � bem poss�vel que a vacina contra o coronav�rus entre para o calend�rio de imuniza��o nos pr�ximos anos. Ou seja, mesmo as vacinas com alto �ndice de efic�cia ser�o, provavelmente, apenas as primeiras que a popula��o mundial tomar� nos pr�ximos anos para tentar controlar a COVID-19.

"Se a gente conseguir come�ar a vacinar agora no fim do m�s de janeiro, a expectativa � que a gente ainda tenha um primeiro trimestre muito forte em n�meros de interna��o e de mortes. A partir de abril, a gente vai come�ar a ver redu��o no n�mero de �bitos e interna��es.E redu��o na circula��o viral, a gente s� vai ver mais pra frente, provavelmente se a gente conseguir introduzir outras vacinas no calend�rio e vacinar um contingente maior da popula��o”, projeta Fernando Bellissimo,  m�dico infectologista e professor da Universidade de S�o Paulo (USP).

Boatos e mentiras nas redes

Muitas informa��es falsas inundaram as redes sociais ap�s a sequ�ncia de an�ncios de dados sobre a vacina Coronavac. Os sucessivos adiamentos da apresenta��o, inicialmente marcada para 15 de dezembro de 2020, mas adiada para o dia 23/12 e, depois, para 12 de janeiro, provocaram desconfian�a sobre a efic�cia da vacina. Depois dos n�meros preliminares apresentados na primeira coletiva do instituto, cientistas de todo o Brasil pressionaram o Butantan a apresentar as informa��es completas sobre os testes. 

A desconfian�a em rela��o � Coronavac e outras vacinas contra a COVID-19 ocorreu em grande parte por causa de discursos pol�ticos que desconsideravam fatos cient�ficos e brigas pol�ticas pelo protagonismo diante da pandemia. E s� contribu�ram para agravar a desinforma��o no Brasil, segundo pa�s do mundo em n�mero de mortos pelo novo coronav�rus.

“Desde o in�cio da pandemia, n�s temos notado uma condu��o politizada, em todos os n�veis, da ci�ncia. Isso tamb�m inclui a vacina. Ainda tivemos uma divulga��o desastrada dos resultados da coronavac, que inclusive, gera uma ideia ao contr�rio do que os estudos v�m corroborando, que n�o � t�o boa quanto esperava ser”, comenta o infectologista Estev�o Urbano. Segundo ele, o momento � de as pessoas confiarem na ci�ncia. E ela diz que a vacina produzida no Brasil � segura e confi�vel.


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