(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ALERTA

Falta de mat�ria-prima pode provocar revis�o de datas da vacina��o

Alerta foi feito pelo Butantan, produtor da CoronaVac; presidente do instituto alega que material chin�s est� preso por 'burocracia'


18/01/2021 16:57 - atualizado 18/01/2021 17:37

(foto: Divulgação/Instituto Butantan)
(foto: Divulga��o/Instituto Butantan)
A produ��o de vacinas para a COVID-19 de forma a garantir uma campanha nacional de imuniza��o para toda a popula��o ainda depende da chegada de insumos cuja data exata de entrada no Brasil ainda n�o est� definida. Caso esse material n�o chegue at� o fim deste m�s, o cronograma de vacina��o poder� ser adiado, segundo disse nesta segunda-feira, 18, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

"Preocupa sim a chegada da mat�ria-prima. Essa mat�ria-prima precisa chegar para n�o parar o processo de produ��o. E esperamos que isso aconte�a muito rapidamente. Porque, se chegar neste m�s, n�s manteremos o cronograma de entrega de vacinas", afirmou Covas, durante entrevista coletiva no Pal�cio dos Bandeirantes, nesta segunda-feira, 18, convocada pelo governador Jo�o Doria (PSDB).

S�o Paulo fez um ato simb�lico neste domingo, 17, vacinado profissionais do Instituto de Infectologia Em�lio Ribas e do Hospital das Cl�nicas, ap�s a Coronavac receber autoriza��o federal para uso emergencial. Nesta segunda, enviou doses do imunizante para profissionais de sa�de do interior do Estado. O cronograma originado de vacina��es do governo paulista prev� que idosos acima de 75 anos comecem a ser imunizados a partir de 8 de fevereiro.

O contrato do Butantan com a fabricante chinesa Sinovac previu que o instituto fizesse a terceira fase do estudo cl�nico da vacina, adquirisse 46 milh�es de doses da Coronavac e recebesse a tecnologia para a produ��o do imunizante. Essas doses, entretanto, devem chegar ao longo do primeiro semestre.

O Butantan tem capacidade para a produ��o de 1 milh�o de doses da vacina por dia, segundo afirma Covas. Mas, para executar essa fabrica��o, o instituto depende de insumos feitos pela Sinovac e que precisam ser importados. "A capacidade de produ��o foi atingida, mas precisamos dessa mat�ria-prima", afirmou Covas.

Covas n�o foi claro ao detalhar quantas doses poder�o ser feitas com a mat�ria-prima que aguarda importa��o. "Mil litros (da mat�ria-prima) d�o origem a um milh�o de doses", disse.

Ele afirmou, entretanto, que a quest�o ao redor da libera��o desses insumos � de ordem burocr�tica. "Temos um carregamento de mat�ria-prima pronto l� na China para ser despachado e estamos aguardando autoriza��o do governo chin�s para a� sim iniciar a segunda etapa de produ��o", afirmou.

O Butantan j� iniciou a produ��o de 4,8 milh�es de doses da Coronavac com um lote de mat�rias-primas que j� haviam sido importados por S�o Paulo. Para que esses imunizantes cheguem at� o bra�o da popula��o, entretanto, � preciso que a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) emita uma nova autoriza��o para uso emergencial, da mesma forma que o �rg�o concedeu uma autoriza��o para o uso de 6 milh�es de doses prontas que haviam sido importadas ao longo do ano passado e foram liberadas no domingo.

Covas disse ainda acreditar que a autoriza��o para essas primeiras 4,8 milh�es de doses podem contribuir para acelerar a libera��o da importa��o dos novos lotes de mat�ria-prima. "As dificuldades do ponto de vista da autoriza��o, neste momento, s�o da autoriza��o do governo chin�s, que precisa autorizar a exporta��o da Sinovac desta mat�ria-prima. A mat�ria-prima j� est� produzida, j� est� dispon�vel na Sinovac desde meados deste m�s e aguardamos agora essa autoriza��o que, na minha percep��o, ap�s a autoriza��o da Anvisa, facilitar� essa decis�o do governo (chin�s)", disse.

Compromisso

O contrato do Butantan com o Minist�rio da Sa�de prev� o envio de 46 milh�es de doses da Coronavac para o Sistema �nico de Sa�de (SUS) at� o dia 30 de abril, a um custo de R$ 2,6 bilh�es. A primeira parcela teria 6 milh�es de doses importadas e 2,7 milh�es de doses nacionais. A segunda autoriza��o para uso emergencial, cujo pedido � Anvisa foi anunciado por S�o Paulo nesta segunda-feira, se refere j� �s doses nacionais.

O acordo prev� que, at� o fim de fevereiro, mais 9,3 milh�es de doses, a� todas de produ��o nacional, sejam enviadas ao minist�rio. Em mar�o, ser�o 18 milh�es. No m�s de abril, o Butantan se comprometeu em enviar as 9,9 milh�es de doses restantes.

A Coronavac precisa de duas doses para atingir a efici�ncia observada nos estudos cl�nicos. O tempo de intervalo entre as doses no estudo conduzido no Brasil, que apontou uma efici�ncia global de 50,4% (mas que evitou 100% dos casos graves e �bitos), foi de 21 dias entre a primeira e a segunda aplica��o. Dimas Covas afirmou que os estudos cl�nicos realizados em outros pa�ses, que tiveram intervalo de 28 dias, apontaram uma taxa de efic�cia maior.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)