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Estado de Minas GERAL

HC de SP retoma vacina��o e deve chegar a at� 1 mil imunizados por hora


18/01/2021 20:44

Um sal�o do centro de conven��es do Hospital de Cl�nicas da Faculdade de Medicina da USP se tornou o primeiro posto de imuniza��o contra a covid-19 no Pa�s. Entre selfies e coment�rios animados, profissionais da linha de frente vacinam e s�o vacinados em ritmo que deve alcan�ar at� mil doses por hora, com a meta de atender os cerca de 28 mil trabalhadores da sa�de do local at� quinta-feira, 21, segundo Leila Letaif, m�dica da diretoria cl�nica do complexo hospitalar. Nesta segunda-feira, 18, foram aplicadas 750 doses.

A enfermeira residente La�s Martins, de 32 anos, chegou ao local no in�cio da tarde desta segunda. Foi vacinada e, na sequ�ncia, j� vestiu o jaleco para trocar de turno com colegas que participavam da campanha desde as 7 horas. "Vim para c� no mesmo trajeto que fiz a pandemia inteira, mas agora pensando que talvez daqui a um tempo a gente comece a n�o usar mais m�scara, que as coisas v�o ficar mais diferentes."

Atuando no setor de psiquiatria, ela teve de exercer a enfermagem de outro jeito na pandemia, com mais distanciamento e menos toque. O contato com o paciente mudou muito, enquanto o coronav�rus se tornou o assunto onipresente de todos os dias, com a preocupa��o constante de se proteger e proteger os pacientes. A palavra que define esse momento � esperan�a", resume.

Entre a equipe que vacinou La�s, estava a auxiliar de enfermagem Claudia Oliveira, de 53 anos, que emendou o plant�o noturno com o voluntariado na campanha. Animada, com as unhas compridas e pintadas de rosa, pediu a uma colega para ser fotografada segurando o frasco da Coronavac. "Eu j� me aposentei. Estou deixando um legado hist�rico, uma satisfa��o muito grande", comenta.

Ela critica aqueles que n�o est�o convencidos da necessidade da imuniza��o ou da gravidade da pandemia. "Se ficassem um dia no meu lugar, iriam valorizar, n�o iriam mais sair de casa", diz. "A gente n�o parou. N�o teve o privil�gio de fazer home office. A gente anda de m�scara na rua e parece que � a gente que est� errado. Onde moro, parece que n�o tem covid, tem uma festa atr�s da outra, churrasco...", lamenta.

Claudia n�o entra na casa da m�e, Maria Aparecida, de 72 anos, desde o in�cio da pandemia, embora ambas morem no mesmo terreno. Ela se descreve como o "orgulho da fam�lia" pelo of�cio que exerce e, com o avan�o da imuniza��o, sonha com poder voltar a ficar pertinho da genitora e participar de eventos esportivos. "Tamb�m vou correr a S�o Silvestre pela quinta vez em 2021, se Deus quiser."

Outra profissional que atua na campanha � a enfermeira Cibele Gomes, de 35 anos, profissional do setor de educa��o continuada do complexo hospitalar. H� 12 anos no of�cio, ela somente havia participa��o de imuniza��es quando estava na faculdade. Agora, se dividia com outras duas colegas entre aspirar as dose e aplicar a inje��o. "� emocionante."

Campanha envolve diferentes trabalhadores da linha de frente

Entre os vacinados, h� trabalhadores de diferentes setores da linha de frente, como a administradora Angelita Maximino, de 53 anos, que trabalha no Instituto de Psiquiatria. Volunt�ria na campanha de vacina��o, veio com toda a equipe ser imunizada. "� uma coisa que vai ficar marcada." J� a oficial administrativa Maria Gorete Costa, de 47 anos, pediu para a equipe de enfermagem fotografasse o exato momento em que recebeu a primeira dose. "Quero mandar para a fam�lia. Quis me vacinar porque � uma forma de me proteger", comenta ela, que tamb�m � volunt�ria na campanha de vacina��o.

O m�dico infectologista Marcello Magri, de 47 anos, disse tamb�m ter ficado emocionado com a experi�ncia. "Vai dar mais seguran�a. A gente estava muito preocupado em pegar ou passar para algu�m e, agora, tem a possibilidade de se imunizar, de se proteger e proteger os pacientes", descreve.

Sensa��o semelhante � descrita pelas enfermeiras Monica Rodrigues, de 28 anos, e Bruna Gonzales, de 32 anos, que come�aram a trabalhar no hospital no mesmo dia, h� tr�s anos, e hoje tamb�m dividiram a experi�ncia da imuniza��o. "A vacina � um sopro de esperan�a para a gente, que viu tanta coisa pesada", comenta Monica.

Ambas trabalham na obstetr�cia, em um setor que era mais habituado a boas not�cias antes da pandemia e que teve que se adaptar para receber gestantes com covid-19. At� o momento da m�e pegar o rec�m-nascido no colo precisou mudar. "No in�cio, principalmente, foi muito dif�cil, porque a gente n�o sabia o quanto afetava as gestantes", recorda Bruna.

Ao todo, a expectativa � vacinar cerca de 400 pessoas nesta segunda-feira, 18, como um piloto da megaopera��o de ter�a-feira. No domingo, 112 profissionais de sa�de receberam a Coronavac no complexo hospitalar, dos quais alguns tiveram a experi�ncia como uma surpresa bem-vinda. "Era uma coisa que eu nem esperava. Eu vim ajudar a organizar", comenta Solange Fusco, enfermeira da gest�o assistencial da diretoria cl�nica do HC. "Mas estava t�o segura da import�ncia, que nem senti nada (da inje��o)."

Tamb�m nesta segunda-feira, 18, est� previsto o in�cio da aplica��o em cinco hospitais-escola de Campinas, Botucatu, Ribeir�o Preto, Mar�lia e S�o Jos� do Rio Preto, no interior paulista. Essa etapa de vacina��o no Estado de S�o Paulo � focada inicialmente em profissionais de sa�de, ind�genas e quilombolas. O cronograma original de vacina��es do governo paulista previa que idosos acima de 75 anos comecem a ser imunizados a partir de 8 de fevereiro, mas o governo j� admitiu que pode haver mudan�as.


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