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Estado de Minas GERAL

Bolsonaro diz apoiar compra de vacinas por empresas com repasse parcial ao SUS


26/01/2021 12:08

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta ter�a-feira, 26, a possibilidade de empresas comprarem vacinas contra covid-19 para vacinarem seus funcion�rios e repassarem uma parte ao sistema p�blico de sa�de.

Como mostrou o Estad�o nesta segunda-feira, 25, a compra do imunizante pela iniciativa privada esbarrou na discord�ncia entre empresas sobre o modelo a ser adotado para distribui��o. Segundo uma carta que circulou entre l�deres de associa��es de diferentes setores, existiria um lote de 33 milh�es de vacinas da Oxford/AstraZeneca dispon�vel para compra, da Inglaterra, com a obriga��o de aquisi��o de pelo menos 11 milh�es de doses de uma s� vez.

"O governo � favor�vel a esse grupo de empres�rios trazer vacina a custo zero pro governo", afirmou Bolsonaro ao participar nesta ter�a-feira, 26, de evento virtual organizado pelo banco Credit Suisse.

A declara��o do presidente significa uma mudan�a de postura do governo em rela��o ao tema. Em reuni�o realizada h� menos de duas semanas com os minist�rios da Sa�de, da Casa Civil e das Comunica��es, empresas foram informadas de que o governo realizaria toda a imuniza��o e de que n�o haveria necessidade de ajuda de empres�rios. � �poca, o governo disse que teria doses suficientes para vacinar a popula��o e que a compra por empresas seria proibida.

Tamb�m participante do encontro com investidores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, refor�ou a necessidade de contrapartida. "Para cada funcion�rio que vacinar, tem que entregar uma para o Sistema �nico de Sa�de (SUS)", disse Guedes. "S�o mais 33 milh�es de vacinas do setor privado. Evidente que isso � muito bom."

A compra das vacinas pela iniciativa privada, e n�o pelo governo, levantou questionamentos entre parte do empresariado se a medida n�o representaria "furar a fila" de vacina��o no Pa�s. Por enquanto, apenas grupos priorit�rios, como idosos e profissionais da sa�de receberam doses do imunizante.

H� tamb�m dificuldade de governos ao redor do mundo em conseguir comprar mais doses das vacinas j� aprovadas por autoridades de sa�de. No Brasil, o Minist�rio da Sa�de ainda aguarda a chegada de insumos da China para iniciar a produ��o da Coronavac, pelo Instituto Butantan, e da vacina de Oxford, pela Funda��o Oswaldo Cruz.

'Tratamento precoce'

Ap�s meses defendendo tratamentos sem efic�cia comprovada contra covid-19, Bolsonaro tamb�m admitiu n�o haver qualquer medicamento atestado para combater a doen�a. "O m�dico e o paciente t�m que ser respeitados, e quem decide o tratamento precoce de uma pessoa infectada, j� que n�o temos medicamento ainda comprovado cientificamente. O m�dico pode, na ponta da linha, decidir, em comum acordo com paciente, o que vai receitar", afirmou aos investidores.

Ele ainda elogiou a posi��o do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a independ�ncia dos m�dicos para prescrever rem�dios ao paciente. A entidade � alvo de cr�ticas de especialistas por n�o proibir que os profissionais receitem medicamentos sem efic�cia comprovada.

Recentemente, o Minist�rio P�blico Federal cobrou explica��es do Minist�rio da Sa�de e do CFM sobre o aplicativo TrateCOV, lan�ado pelo governo federal para orientar o enfrentamento da covid-19. Como mostrou o Estad�o, o aplicativo recomendava o uso de antibi�ticos e cloroquina, ivermectina e outros f�rmacos para n�usea e diarreia ou para sintomas de uma ressaca, como fadiga e dor de cabe�a. A prescri��o era feita at� mesmo para beb�s. Ap�s questionamentos, o aplicativo foi retirado do ar.


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