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Estado de Minas COVID-19

Guerra pela vacina no Brasil e na Europa

Butantan amea�a exportar 46 milh�es de doses se o governo brasileiro n�o cumprir contrato de compra. UE pressiona AstraZeneca para acelerar entrega


28/01/2021 04:00 - atualizado 27/01/2021 23:35

Governador João Doria voltou a criticar o governo federal por demora em adquirir vacina(foto: GOVERNO DE SP/DIVULGAÇÃO)
Governador Jo�o Doria voltou a criticar o governo federal por demora em adquirir vacina (foto: GOVERNO DE SP/DIVULGA��O)

A corrida pela imuniza��o contra a COVID-19 mundo afora gerou uma guerra pela distribui��o de vacinas. No Brasil, a disputa � acirrada entre os governos federal e paulista. O diretor do Butantan, Dimas Covas, cobrou novamente ontem uma resposta do governo federal sobre as 54 milh�es de doses adicionais da CoronaVac que foram oferecidos pelo instituto, que no Brasil � o respons�vel pela produ��o do imunizante da farmac�utica Sinovac. Ele alerta que precisa de um retorno do governo para que se posicione em rela��o a outro pa�ses da Am�rica Latina que est�o em busca de vacinas junto ao Butantan. O Brasil registrou 1.283 mortes e 63.520 casos em 24 horas, elevando o total para 220.161 �bitos e 8.996.876 de casos.

“Oficiei o Minist�rio [da Sa�de] na semana passada, aguardo at� o fim desta semana uma resposta porque na semana que vem vou fechar os contratos com os pa�ses, come�ando pela Argentina. Ent�o, vai ser importante que haja essa manifesta��o, para que l� na frente n�o possa a� alegar que n�o houve de fato essa oferta e a oferta est� sendo feita, via contrato, via of�cio, e de p�blico, que voc�s [jornalistas] est�o aqui como testemunhas".

Covas frisou que o contrato com o Minist�rio da Sa�de � de 46 milh�es de doses, com a op��o de fornecer 54 milh�es de doses adicionais, mas � preciso assinar um contrato adicional— por isso, aguarda a manifesta��o da pasta. “N�o tivemos nenhum aceno nesse sentido. Isso me preocupa um pouco, porque est� na hora de decidir. E se demorarmos, n�o vamos conseguir ampliar esse n�mero”, afirmou.

O diretor frisou que o Butantan tem compromisso com outros pa�ses, com acordos de entregas. “Se o Brasil declinar dessas 54 milh�es de doses, vamos priorizar os demais pa�ses com os quais n�s temos acordo. Nessa perspectiva, espero que haja defini��o por parte do Minist�rio da Sa�de, mesmo porque tudo indica que eles est�o �vidos por vacina e n�s estamos preparados para fornecer esse adicional de 54 milh�es de doses”, pontuou.

Covas ressaltou que “o tempo nesse momento � fundamental". “Em todos os pa�ses que o Butantan tem previs�o de fornecimento de vacina est�o cobrando os cronogramas. Precisamos dar resposta a esses pa�ses e precisamos de resposta do Minist�rio da Sa�de. Se houver resposta positiva do minist�rio, vamos fazer um planejamento para ter 54 milh�es de doses adicionais do minist�rio, mais 40 milh�es dos pa�ses vizinhos. N�o havendo manifesta��o do minist�rio, n�s vamos dirigir nossa produ��o para atender aos pa�ses, inclusive com possibilidade de aumentar a oferta de vacina, porque a demanda � grande”, afirmou.

Durante a coletiva, o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), ressaltou que o pa�s precisa de mais vacinas e aproveitou para alfinetar o governo federal. "Inacredit�vel que diante de uma pandemia um pa�s com 215 milh�es de habitantes que precisa de vacina para imunizar os brasileiros, salvar vidas, tenhamos o distanciamento entre o que o Minist�rio da Sa�de deveria agir, solicitando mais vacinas que lhe s�o oferecidas, e esta resposta n�o � dada. N�o ser� com 2 milh�es de vacinas da Astrazeneca que vamos salvar os brasileiros e imunizar os que vivem em nosso pa�s. Precisamos de mais vacinas”, afirmou.

CONTRATO 


Em resposta � amea�a do Butantan, o Minist�rio da Sa�de, disse que o contrato firmadocom o instituto estabelece que o pedido de mais doses poderia ser feito at� maio. O Butantan n�o contesta as informa��es repassadas pelo minist�rio, mas afirma que “enviou of�cio aoMinist�rio da Sa�de para que possa planejar logisticamente a sua produ��o com a devidaanteced�ncia”. Segundo nota enviada pelo instituto, “durante a urg�ncia de uma pandemia, n�o �poss�vel se limitar � frieza da burocracia enquanto as a��es de combate ao coronav�rus podem ser mais�geis”.

O contrato que o Butantan fez com o Minist�rio da Sa�de, assinado em 7 de janeiro, prev� que a institui��o, vinculada ao governo Jo�o Doria forneceria 46 milh�es de doses da vacina aoSistema �nico de Sa�de (SUS), que as repassariam a todos as unidades da federa��o. Esse repasse seriafeito de forma escalonada entre janeiro e abril (o montante de janeiro j� foi repassado). Ap�s esseper�odo, entretanto, n�o h� nenhuma garantia de novos repasses.

No in�cio do m�s, quando o Minist�rio da Sa�de anunciou o fechamento do contrato, o secret�rio-executivo da pasta, �lcio Franco, afirmou que n�o haveria or�amento para contratar as 100 milh�es de doses (46 milh�es + 54 milh�es) da vacina de uma vez s�. “N�o temos or�amento neste momento para fazer a contrata��o integral das 100 milh�es de doses. [...] Em um primeiro momento, � uma contrata��o de 46 milh�es de doses com a op��o de 30 dias ao t�rmino dessa entrega n�s fazermos um novo contrato para adquirir as outras 54 milh�es", explicou em coletiva no dia 7 de janeiro. A afirma��o contradisse o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, que anunciou que havia assinado naquele dia um contrato com o Butantan para oferta de 100 milh�es de doses: 46 milh�es at� abril e outras 54 milh�es no decorrer do ano.

Enquanto isso...

...Cl�nicas negociam compra 

Cinco milh�es de doses da vacina Covaxin, desenvolvida pelo laborat�rio indiano Bharat Biotech contra a COVID-19, ser�o destinadas �s cl�nicas privadas no Brasil ap�s a conclus�o das negocia��es entre a companhia, a Associa��o Brasileira das Cl�nicas de Vacina (ABCVAC) e da importadora Precisa Medicamentos. O imunizante, cujos testes de fase 3 ainda n�o foram conclu�dos ainda precisaria passar pelo crivo da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). As negocia��es entre a ABCVAC, que tem 200 associadas e representa 70% do setor no Brasil, e a Bharat Biotech causaram debate sobre a oferta de vacinas para o setor privado. Uma delega��o da entidade chegou a viajar � �ndia para avan�ar no di�logo com o laborat�rio. O pagamento pelas doses ser� feito pelas cl�nicas diretamente � Precisa Medicamentos. O pre�o de cada unidade ir� variar de acordo com o lote encomendado. Al�m do sinal de 10%, as cl�nicas dever�o pagar 50% do valor do contrato quando a Anvisa liberar o uso e a importa��o da Covaxin e os demais 60% no momento da entrega do produto. Cada cl�nica poder� comprar um m�nimo de 2 mil doses. De acordo com as regras da Anvisa, no entanto, a comercializa��o de imunizantes para cl�nicas privadas � vedada durante o regime de uso emergencial.
no Brasil e na Europa



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