Planalto chama de 'ato midi�tico' cobran�a de SP sobre lote extra da Coronavac

Em mais um cap�tulo da disputa pol�tica entre o governo de Jair Bolsonaro e o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), o Pal�cio do Planalto reagiu �s declara��es do Butantan de que, se a Uni�o n�o sinalizar at� o fim desta semana que vai adquirir um lote de 54 milh�es de doses da vacina Coronavac, o instituto vai exportar os imunizantes.

Em nota assinada pela Secretaria Especial de Comunica��o Social (Secom) e o Minist�rio da Sa�de, o governo federal diz que "o ato midi�tico" do Governo de S�o Paulo "promove a desinforma��o, a divis�o e a politiza��o da sa�de p�blica do povo brasileiro". O documento destaca ainda que as afirma��es do governo Doria e do Butantan "s�o improcedentes, incoerentes, desconectadas da realidade e desprovidas de qualquer amparo legal". A nota foi distribu�da � imprensa no final da noite desta quarta-feira.

O presidente do Butantan, Dimas Covas, vem cobrando publicamente a equipe do ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, por uma resposta sobre esse lote adicional da vacina. O contrato do Butantan com o minist�rio prev� que a institui��o paulista forneceria 46 milh�es de doses da vacina ao Sistema �nico de Sa�de (SUS), que as repassaria a todos as unidades da Federa��o. Esse repasse ocorreria de forma escalonada entre janeiro e abril. Ap�s esse per�odo, n�o h� garantia de novos repasses. Essas 54 milh�es de doses, portanto, seriam de um segundo lote de produ��o da vacina pelo Butantan, fabricadas a partir de insumos importados da China.

Covas insiste que precisa da resposta do minist�rio porque j� h� negocia��es com os pa�ses vizinhos, e citou a Argentina como poss�vel destinat�ria dos imunizantes. O governador Jo�o Doria disse que era "inacredit�vel que, diante de uma pandemia em um Pa�s que precisa de vacinas para salvar vidas, tenhamos o distanciamento (...) e esta resposta n�o � dada. Precisamos de mais vacinas."

O minist�rio alega que est� dentro do prazo contratual para se manifestar sobre a compra do lote extra e diz que o contrato estabelece que o pedido de mais doses poderia ser feito at� o m�s de maio. O Butantan n�o contesta as informa��es, mas afirma que "enviou of�cio (ao Minist�rio) para que possa planejar logisticamente a sua produ��o com a devida anteced�ncia".

A pasta de Pazuello confirma na nota que recebeu o of�cio, que tem, segundo o minist�rio, somente a solicita��o para que a Uni�o avalie a possibilidade de antecipar sua manifesta��o sobre a op��o de compra das doses adicionais. "O contratante Minist�rio da Sa�de informa que ir� analisar essa solicita��o encaminhada pela Contratada Funda��o Butantan, o que ainda est� dentro do prazo legal previsto no contrato", cita a nota.

Por fim, o documento do Planalto di que "o governo federal est� empenhado, junto com os demais governadores, em combater a covid-19, garantindo a vacina��o a todo brasileiro".