Secret�rios pedem constru��o de hospital de campanha para pacientes de Manaus

Representantes de secret�rios de Estados e munic�pios pediram ao Minist�rio da Sa�de nesta quinta-feira, 28, a constru��o de um grande hospital de campanha para receber pacientes da covid-19 transferidos de Manaus e de outras cidades.

O presidente do Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass) e chefe da pasta no Maranh�o, Carlos Lula, sugeriu que a estrutura seja levantada em Bras�lia ou S�o Paulo, com 300 a 400 leitos. O pedido foi feito durante reuni�o de gest�o do SUS nesta quinta-feira, 28, que re�ne representantes de Estados, munic�pios e do Minist�rio da Sa�de.

O secret�rio-executivo do Minist�rio da Sa�de, Elcio Franco, afirmou que ir� estudar a proposta. O ministro Eduardo Pazuello disse na ter�a-feira, 26, que 1,5 mil pacientes poderiam ser removidos do Amazonas, de onde j� sa�ram 321 pacientes para serem tratados em 12 outros Estados.

O n�mero de transfer�ncias estimadas por Pazuello preocupa os secret�rios. Al�m dos pacientes do Amazonas, 22 pessoas foram removidas de Rond�nia nesta semana para hospitais de outros dois Estados. "Vai chegar um momento em que a gente n�o vai conseguir mais", disse Lula, que tamb�m citou S�o Paulo como um local poss�vel para a constru��o do hospital.

O Minist�rio da Sa�de da Sa�de afirma que "equalizou" a entrega de oxig�nio ao Amazonas, mas o governo local diz que a pandemia est� se espalhando ao interior, o que pode exigir mais insumos. O Estado segue com fila de leitos para cerca de 580 pacientes, sendo 100 de UTI. Estes pacientes est�o sendo tratados em quartos n�o apropriados enquanto esperam as vagas.

Sa�de nega omiss�o

Pazuello � investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por poss�vel omiss�o na ajuda ao Amazonas. Escalado pelo ministro da Sa�de para acompanhar a situa��o no Estado, o general da reserva Ridauto Fernandes seguiu o discurso do chefe e disse que n�o h� culpado pela crise. Na reuni�o com secret�rios locais, ele disse que o governo federal n�o poderia prever o tamanho da crise apenas pelo aviso feito pela White Martins no �ltimo dia 8 sobre falta de oxig�nio. Segundo o militar da reserva, o of�cio da empresa foi "suave".

"Quem est� vendo gente morrendo pra cima e pra baixo em Manaus, vai ler o of�cio (da White Martins) e dizer: 'Poxa, nem parece que ele t� dizendo que t� faltando, com a gravidade que t� faltando'. Foi responsabilidade da empresa? N�o. Senhores, n�o tem culpado. O culpado se chama coronav�rus", disse Fernandes.

Mais cedo, em reuni�o com deputados federais, o general da reserva disse que no fim de dezembro j� havia "ind�cios" de aumento de contamina��o em Manaus, mas que n�o era poss�vel saber se "aquela ligeira eleva��o" ia ou n�o se manter. "N�o temos bola de cristal", disse.