BH vai reabrir com�rcio ap�s 3 semanas de quarentena mais r�gida

Apesar de a capital mineira registrar �ndices elevados de ocupa��o de leitos de unidade de terapia intensiva e enfermaria para tratamento da covid-19, o prefeito do Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou hoje a reabertura parcial da cidade. Bares e restaurantes voltam a funcionar para vendas no local, mas com hor�rio restrito para com�rcio de bebidas alco�licas. A medida vale a partir de segunda-feira, 1�.

Desde 11 de janeiro, somente servi�os essenciais, como supermercados, a�ougues e postos de gasolina, mantinham as portas abertas na cidade. O fechamento e reabertura em BH � feito com a observa��o de tr�s �ndices. A circula��o do v�rus e a ocupa��o dos leitos de UTI e de enfermagem nos hospitais p�blicos e privados da capital. O �ndice que mede a possibilidade de transmiss�o � o �nico na faixa verde atualmente na capital mineira, em 0,95. Quanto mais baixo, menor fica a possibilidade de contamina��o. Acima de 1, o �ndice entra na zona amarela de alerta.

O dado que mostra a ocupa��o de leitos de unidade de terapia intensiva � o mais preocupante: 74,6% dos leitos de UTI para covid-19 est�o ocupados, o que coloca a cidade na faixa vermelha de alerta, iniciada quando o uso dos leitos de tratamento intensivo para a doen�a atinge 70%. A ocupa��o de leitos de enfermaria para covid-19 est� em 56,8%, na faixa amarela de alerta.

Al�m do funcionamento parcial dos bares, tamb�m voltam clubes, lojas de rua, shoppings e academias, que poder�o funcionar todos os dias da semana, exceto domingos. A prefeitura admitiu a possibilidade de as aulas presenciais na rede p�blica municipal serem retomadas em mar�o. Na segunda-feira, 1�, est� prevista a volta do ano letivo, com classes remotas.

Durante o an�ncio da medida, na tarde de hoje, Kalil justificou a decis�o pela reabertura parcial. "Os �ndices baixaram, inclusive as UTIs", pontuou. Os tr�s dados registraram recuos consecutivos ao longo da semana, apesar de ainda n�o terem sa�do da faixa vermelha, no caso da ocupa��o de UTI, e da amarela, no caso do uso dos leitos de enfermaria. O �ndice de transmiss�o tamb�m vem caindo.

O secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado, disse que outros fatores relacionados � ocupa��o dos hospitais para tratamento da covid-19 influenciaram a decis�o. "A demanda da central de interna��o tem ca�do, assim como tem ca�do o n�mero de transportes de pacientes com a doen�a no Samu", argumentou. "Isso permitiu trazer ao comit� essa discuss�o para que a cidade fosse reaberta e o prefeito concordou com ela", acrescentou.

Kalil vem sendo pressionado em rela��o �s medidas de restri��o, sobretudo por representantes do setor de bares e restaurantes. A nova decis�o do prefeito permite o funcionamento normal dos bares e restaurantes de 11h �s 22h, mas com a venda de bebidas alco�licas s� at� �s 15h. A medida desagradou Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG).

"O com�rcio de bebidas alco�licas representa 60% do faturamento dos estabelecimentos que funcionam � noite", afirma o presidente da associa��o, Matheus Daniel, que defende ainda o funcionamento dos estabelecimentos at� as 23h. O dirigente disse ainda que vai esperar a publica��o de decreto com as medidas para an�lise. "O ideal � sempre negociar", declarou.