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Estado de Minas VACINAS

Quatro d�vidas que ainda restam sobre todas as vacinas contra a COVID-19

Import�ncia em vacinar a maior quantidade poss�vel de pessoas � um consenso entre os cientistas, mas ainda s�o pesquisados os impactos das novas variantes do coronav�rus sobre a vacina��o, por exemplo.


30/01/2021 14:41 - atualizado 30/01/2021 15:50

Várias questões sobre as vacinas contra a covid-19 preocupam cientistas, governos e a população em geral(foto: Getty Images)
V�rias quest�es sobre as vacinas contra a covid-19 preocupam cientistas, governos e a popula��o em geral (foto: Getty Images)

A mobiliza��o para vacinar toda a popula��o mundial contra o novo coronav�rus e recuperar a normalidade o mais r�pido poss�vel tem sido uma corrida contra o rel�gio.


At� sexta-feira (29/01), j� haviam sido aplicadas mais de 90,4 milh�es de doses de vacinas contra a covid-19, segundo dados do projeto "Our World in Data", ligado � Universidade de Oxford — conforme o mesmo levantamento, o Brasil tem 1,6 milh�o de vacinados atualmente.

Mas enquanto os pa�ses aceleram ou iniciam suas campanhas de imuniza��o, v�rias perguntas sobre as vacinas continuam preocupando cientistas, governos e a popula��o em geral.

Ainda n�o se sabe, por exemplo, por quanto tempo dura a imunidade oferecida pelas vacinas ou se as novas variantes do coronav�rus, que t�m surgido ao redor do mundo, ser�o resistentes � imuniza��o.

A BBC explica quatro d�vidas fundamentais que ainda pairam, dois meses ap�s o in�cio das primeiras campanhas de imuniza��o contra o novo coronav�rus.

1. Quanto tempo dura a imunidade oferecida pelas vacinas?

O qu�o imune uma pessoa se torna ap�s ser infectada pelo Sars-Cov-2 (nome oficial do novo coronav�rus) ou ap�s receber a vacina � uma das perguntas mais frequentes nos �ltimos meses.

Um ano depois do in�cio da pandemia, j� foram divulgados os primeiros estudos sobre a imunidade a m�dio e longo prazo.


Ainda não há respostas concretas sobre o período que a vacina deixa a pessoa imune contra o vírus(foto: Getty Images)
Ainda n�o h� respostas concretas sobre o per�odo que a vacina deixa a pessoa imune contra o v�rus (foto: Getty Images)

De acordo com o Instituto La Jolla de Imunologia, na Calif�rnia, v�rias das respostas imunol�gicas ap�s a pessoa superar a infec��o pelo coronav�rus permaneceram ativas por, pelo menos, seis meses.

� semelhante ao tempo estimado por autoridades da �rea da sa�de da Inglaterra, que creem que a maioria dos pacientes que tiveram a covid-19 est�o protegidos por pelo menos cinco meses.

Levando em considera��o que ainda n�o se passou tanto tempo assim desde as primeiras infec��es confirmadas no mundo, v�rios cientistas acreditam que a imunidade pode durar mais tempo. Alguns cogitam at� mesmo que pode permanecer por anos.

Claro, essa n�o � uma regra universal. Cada paciente pode desenvolver mais ou menos prote��o, e novas variantes rec�m-identificadas do coronav�rus tamb�m est�o aprendendo a driblar o sistema imune de algumas pessoas, permitindo que sejam reinfectadas pelo coronav�rus.

Isso tamb�m est� sendo avaliado quando se trata de vacinas.

"� dif�cil dizer por quanto tempo a imunidade pode durar (ap�s a vacina), porque acabamos de come�ar a vacina��o. Isso pode variar de acordo com cada paciente e conforme cada tipo de imunizante. Mas, talvez, possa durar de seis a 12 meses", afirma o virologista Julian Tang, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, � BBC News Mundo (servi�o em espanhol da BBC).

J� Andrew Badley, professor de medicina molecular da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, � mais otimista. "Estou confiante de que os efeitos da vacina��o e da imunidade podem durar v�rios anos", afirma.

"Tamb�m ser� importante analisar detalhadamente os casos dos infectados com as novas variantes, que n�o eram conhecidas anteriormente, e observar como os pacientes respondem ap�s a vacina", acrescenta Badley.


A imunidade obtida com a vacina depende da resposta imunológica de cada paciente(foto: Getty Images)
A imunidade obtida com a vacina depende da resposta imunol�gica de cada paciente (foto: Getty Images)

2. At� que ponto a vacina impede a transmiss�o do coronav�rus?

� poss�vel ser infectado pelo coronav�rus ap�s ser vacinado. E isso acontece por v�rios motivos.

O primeiro deles � que a prote��o oferecida pela maioria das vacinas n�o � ativada antes de duas ou tr�s semanas ap�s receber a primeira dose.

"Se voc� se exp�e ao v�rus um dia ou uma semana depois de ser imunizado, continua sendo vulner�vel � infec��o e tamb�m pode transmitir o v�rus a outras pessoas", explica Tang � BBC Mundo.

Mas mesmo se algu�m for exposto ao v�rus muitas semanas ap�s receber as doses necess�rias, ainda assim � poss�vel ser infectado novamente.

"Os dados dispon�veis sugerem que alguns indiv�duos podem continuar sendo infectados, embora peguem menos quantidade do v�rus e, consequentemente, adoe�am menos que aqueles que nunca foram infectados ou n�o foram vacinados. De todo modo, penso que ser� mais dif�cil que uma pessoa vacinada transmita o v�rus", afirma Badley.

Portanto, h� certo consenso de que as vacinas parecem proteger de forma muito eficaz um n�mero consider�vel de indiv�duos. Por�m, ainda � uma inc�gnita at� que ponto ela impede uma infec��o ou at� mesmo a transmiss�o do coronav�rus.

"� um v�rus muito heterog�neo e produz sintomas muito diferentes, dependendo do paciente. O mesmo acontecer� com as vacinas. Alguns ter�o uma rea��o imunol�gica muito potente, que impedir� que o coronav�rus se reproduza. Por�m, em outros n�o haver� uma resposta t�o completa e poder� haver um pouco da reprodu��o e transmiss�o do v�rus", diz Jos� Manuel Bautista, professor do Departamento de Bioqu�mica e Biologia Molecular da Universidade Complutense de Madrid, na Espanha.


Incertezas após vacinação geram questionamentos sobre a volta ao
Incertezas ap�s vacina��o geram questionamentos sobre a volta ao "antigo normal" (foto: Getty Images)

3. As vacinas proteger�o contra as novas muta��es e variantes do coronav�rus?

Esta �, talvez, a maior preocupa��o no momento.

Os v�rus sofrem muta��es constantes e, �s vezes, se tornam mais resistentes � vacina��o. Por isso, pode ser necess�rio modific�-las.

Esse temor existe com as diversas variantes do novo coronav�rus que foram identificadas recentemente, como na �frica do Sul e no Reino Unido, que posteriormente foram encontradas em outros pa�ses e at� se tornaram dominantes em alguns locais por sua maior infectividade.

Recentemente, tamb�m foi descoberta uma variante em Manaus (AM), que estudiosos apontam que tamb�m parece ser mais infecciosa que as linhagens conhecidas no in�cio da pandemia.

Ainda � muito cedo para dizer com certeza se essas novas variantes s�o mais resistentes �s vacinas.

Nesta semana, o Global Times, ve�culo de comunica��o do governo chin�s, afirmou que as vacinas criadas com v�rus inativado no pa�s, como a CoronaVac (da chinesa Sinovac Biotech), podem ser atualizadas daqui a cerca de dois meses para conter as novas variantes.

J� a Moderna anunciou, h� alguns dias, que a sua vacina continua sendo efetiva contra as novas variantes do Reino Unido e da �frica do Sul — a de Manaus n�o chegou, ao menos por ora, a ser analisada. Apesar disso, segundo a empresa, dever�o ser feitos novos testes para refor�ar a prote��o no caso da variante encontrada na �frica do Sul.

A Pfizer e a BioNTech tamb�m asseguram que a sua vacina neutraliza as novas variantes.

"� importante levar em considera��o que embora as vacinas aprovadas sejam muito eficazes, elas n�o s�o 100% eficazes contra nenhuma variante do v�rus, nem mesmo a original", afirma Badley, da Mayo Clinic.

"A prote��o de uma vacina depender� do qu�o diferentes s�o as novas variantes em compara��o �s antigas", explica Tang.

Em resumo, n�o se sabe ainda se as novas variantes ser�o resistentes �s vacinas. Por�m, � clara a necessidade de governos e departamentos de sa�de monitorarem e identificarem as variantes emergentes para avaliar se os imunizantes dispon�veis podem neutraliz�-las.

Ao mesmo tempo, j� se sabe que, o quanto mais r�pido os pa�ses conseguirem vacinar suas popula��es, menor ser� a chance de que o coronav�rus desenvolva novas muta��es mais potentes - mais um motivo para imunizar o m�ximo poss�vel de pessoas em todo o mundo.


O surgimento de novas variantes do coronavírus provocou mudanças nos estudos sobre as vacinas e também causou novas restrições de voos em muitos países(foto: Getty Images)
O surgimento de novas variantes do coronav�rus provocou mudan�as nos estudos sobre as vacinas e tamb�m causou novas restri��es de voos em muitos pa�ses (foto: Getty Images)

4. Qual o limite de tempo para tomar a segunda dose das vacinas?

Vacinas como a CoronaVac, a da Pfizer, da Moderna e a da Oxford/AstraZeneca, por exemplo, s�o administradas em duas doses.

No caso da Coronavac (que no Brasil � produzida em parceria com o Instituto Butantan), da Pfizer e da Moderna, a recomenda��o � de que a segunda dose seja aplicada por volta de 21 dias ap�s a primeira.

Mas no fim de 2020, o Reino Unido anunciou que priorizaria vacinar o maior n�mero poss�vel de pessoas com a primeira dose do imunizante da Pfizer e que at� tr�s meses depois aplicaria a segunda dose. No Brasil, autoridades cogitaram a possibilidade de tamb�m estender o per�odo da segunda dose das vacinas.

Logo que o Reino Unido anunciou a decis�o de adiar a segunda dose, o caso gerou debate internacional sobre qual seria a forma mais recomendada de vacina��o. Em meio � pol�mica, a Pfizer e a maioria da comunidade cient�fica mundial preferiram manter as recomenda��es com base no que foi comprovado em testes cl�nicos: uma dose hoje e a segunda em 21 dias.

A Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) se manifestou a respeito do tema e tamb�m recomendou que a segunda dose seja aplicada 21 ou 28 dias ap�s a primeira. Apesar disso, a entidade admitiu que o intervalo entre as duas poderia ser estendido at�, no m�ximo, seis semanas em casos excepcionais.


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