
A curva cada vez maior na m�dia de mortes relacionadas ao coronav�rus j� faz com que a COVID-19 seja a maior respons�vel pelos �bitos no Brasil, superando inclusive as mortes em decorr�ncia de complica��es cardiovasculares, que h� mais de 40 anos eram a principal causa de mortes no pa�s.
O Sistema de Informa��es sobre Mortalidade (SIM), do Minist�rio da Sa�de, agrega essas informa��es. Os levantamentos mais recentes s�o de 2018. Segundo o sistema, as doen�as cerebrovasculares (disfun��es ligadas a vasos sangu�neos que irrigam o c�rebro, como o Acidente Vascular Cerebral - AVC), responderam naquele ano por 99 mil registros de morte, m�dia de 273 a cada dia.
Esses problemas t�m historicamente os maiores �ndices nesse sentido. Mas, com mais de 226 mil mortes em um per�odo pouco maior que um ano, a COVID-19 j� � de longe a nova campe�. Outros transtornos, como infarto, pneumonia, diabetes, hipertens�o e c�ncer tamb�m j� ficaram para tr�s, incluindo ainda mortes por acidentes ou viol�ncia (considerando suic�dios e homic�dios).
Outra constata��o � sobre a notifica��o das mortes relacionadas ao coronav�rus, que n�o � t�o exata assim. V�m sendo observados registros de morte por causas gen�ricas como a S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG), pneumonia ou insufici�ncia respirat�ria, sem levar em conta a influ�ncia do coronav�rus.
As mortes por causas infecciosas estavam em redu��o no pa�s nos �ltimos anos, mas esse gr�fico tamb�m mudou com a chegada do v�rus. Doen�as cr�nicas n�o transmiss�veis, que vinham largando na frente nos registros de falecimento, no paralelo com doen�as infecciosas, agora j� s�o superadas pelos casos de COVID-19.
No Brasil, um por�m � o baixo �ndice de testagem, o que dificulta chegar a uma dimens�o concreta sobre a pandemia. As estat�sticas n�o est�o dando conta do cen�rio real do problema. Al�m de sistemas de sa�de sucateados, � beira de um colapso, o pa�s enfrenta ainda quest�es com a vacina��o, que segue em ritmo lento.