
O Conselho Federal de Medicina (CFM) recebe uma den�ncia a cada 150 minutos sobre problemas enfrentados pelos m�dicos que est�o na linha de frente da COVID-19. Ao todo, 2.608 queixas j� foram recebidas por profissionais de diversas unidades de sa�de do pa�s com apontamentos de 25 mil diverg�ncias na infraestrutura de trabalho, tanto na rede p�blica quanto na privada.
O levantamento divulgado nesta ter�a-feira (9/2) mostra que a maioria das den�ncias se refere � falta de m�scaras N95, de kits exames, de material para higieniza��o, como �lcool em gel 70%, papel toalha e sabonete l�quido.
Segundo o primeiro secret�rio do CFM, Hideraldo Cabe�a, os profissionais necessitam dos materiais e infraestrutura adequada para continuarem exercendo as fun��es no combate � pandemia.
“Estamos diante de uma das maiores amea�as j� vivenciadas pelos sistemas de sa�de do mundo, com risco real de sequelas e mortes na popula��o. Nesse processo, as equipes m�dicas s�o essenciais. Por isso, os conselhos de medicina est�o ao lado da popula��o, dos m�dicos e das equipes que atuam na linha de frente. Os gestores devem estar comprometidos com a prote��o desses profissionais”, disse.
Os dados revelam que a Regi�o Sudeste teve o maior n�mero de den�ncias de m�dicos, com 1.091 (41,8%). Em seguida, o Nordeste do pa�s soma 29,9%.
A reclama��o mais frequente, em 32% dos casos, � a respeito da falta de equipamentos de prote��o individual (EPIs), de uso obrigat�rio pelos m�dicos. Mesmo diante das orienta��es do Minist�rio da Sa�de e da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), cerca de 1.845 informes denunciaram a falta de m�scaras.
Tamb�m houve notifica��es sobre a aus�ncia de aventais (1.657), �culos e/ou protetor facial (1.359), m�scara cir�rgica (1.207), gorro (790) e luvas (569).
Tamb�m houve notifica��es sobre a aus�ncia de aventais (1.657), �culos e/ou protetor facial (1.359), m�scara cir�rgica (1.207), gorro (790) e luvas (569).
Por outro lado, 1.360 m�dicos expuseram a falta de �lcool 70% (l�quido ou em gel).
Al�m disso, outros produtos b�sicos de higieniza��o est�o escassos nas unidades de sa�de, como papel toalha (523), sabonete l�quido (462) e desinfetantes (286).
Em 3.466 casos, os profissionais n�o pontuaram quais itens de higiene estavam em falta.
Al�m disso, outros produtos b�sicos de higieniza��o est�o escassos nas unidades de sa�de, como papel toalha (523), sabonete l�quido (462) e desinfetantes (286).
Em 3.466 casos, os profissionais n�o pontuaram quais itens de higiene estavam em falta.

H� ainda a car�ncia de medicamentos (868), material educativo de preven��o contra a COVID-19 (708), acesso a exames de imagem (547), itens de uso exclusivo nas UTIs (379) e materiais para curativos (230).
Outra den�ncia que se tornou comum, principalmente com o avan�o da COVID-19, � o n�mero pequeno de equipes de enfermagem. Foram 746 reclama��es sobre falta de m�dicos e 387 sobre aus�ncia de fisioterapeutas, entre outros profissionais.
Grande parte dos m�dicos relatou problemas nos hospitais (1.092), servi�os de Aten��o Prim�ria (911) ou pronto atendimento (500).
De acordo com os m�dicos que fizeram as den�ncias, mais de 85% das unidades em que trabalhavam s�o ligadas ao Sistema �nico de Sa�de (SUS).
Os que atuavam na rede privada somam 10%, 3% eram filantr�picos e em 2% n�o foi identificada a natureza do servi�o prestado.
Como denunciar
Para denunciar, o profissional deve preencher um formul�rio com dados b�sicos pessoais (n�mero do CRM, CPF e estado onde mora), na plataforma on-line exclusiva aos m�dicos.
Ele ent�o ter� acesso a um question�rio onde poder� apontar, de forma objetiva, as dificuldades que v�m enfrentando na linha de frente de combate � doen�a causada pelo novo coronav�rus, seja em casos confirmados ou suspeitos.
Ele ent�o ter� acesso a um question�rio onde poder� apontar, de forma objetiva, as dificuldades que v�m enfrentando na linha de frente de combate � doen�a causada pelo novo coronav�rus, seja em casos confirmados ou suspeitos.
Entre abril, m�s da cria��o da plataforma, at� dezembro do ano passado, 1.879 profissionais acessaram o sistema.
*Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina
*Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina
