(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GERAL

Covid: OMS recomenda uso da vacina de Oxford mesmo em pa�ses com novas variantes


10/02/2021 13:51

A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) divulgou nesta quarta-feira, 10, uma an�lise interina da vacina contra a covid-19 produzida pela Oxford com a AstraZeneca e recomendou seu uso mesmo para pa�ses que tenham a presen�a de novas variantes do coronav�rus Sars-CoV-2 - sugerindo, por�m, que cada na��o fa�a sua pr�pria an�lise de risco/benef�cio. A OMS tamb�m recomendou o uso do imunizante para todos os adultos, inclusive pessoas acima de 65 anos.

A organizou divulgou um guia interino de recomenda��es ap�s an�lise feita pelo Grupo Consultivo Estrat�gico de Especialistas em Imuniza��o da ONU (Sage), que se reuniu para revisar as evid�ncias sobre a vacina de Oxford - incluindo seu desempenho contra as variantes virais - e para considerar o impacto do produto e avaliar a rela��o risco/benef�cio de uso em casos com dados limitados, como nos idosos com mais de 65 anos, crian�as e gr�vidas, entre outros grupos.

O Sage levou em conta a decis�o tomada pela �frica do Sul no �ltimo domingo, 7, de suspender a uso do imunizante ap�s constatar que ele teve uma efic�cia muito baixa em proteger contra casos leves e moderados da doen�a em pessoas contaminadas com a nova variante que surgiu no pa�s.

A medida foi tomada ap�s um estudo com poucos participantes avaliar que a efic�cia era de apenas 22% no pa�s. Mas, justamente por se tratar de um teste com uma amostra pequena, ele n�o mediu a efic�cia em proteger contra casos mais graves, que possam levar a hospitaliza��o ou morte. A OMS cita tamb�m que estudo anterior, desta vez com a nova variante que surgiu no Reino Unido, que conclui que a mesma vacina continua efetiva contra o mutante local.

"O estudo (da �frica do Sul) foi desenhado para avaliar a efic�cia contra doen�as de qualquer gravidade, mas o pequeno tamanho da amostra n�o permitiu uma avalia��o espec�fica da efic�cia da vacina contra casos graves da doen�a. A evid�ncia indireta � compat�vel com a prote��o contra covid-19 grave; no entanto, isso ainda precisa ser demonstrado em ensaios cl�nicos em curso e avalia��es p�s-implementa��o", aponta o guia divulgado pela OMS.

Diante disso, a organiza��o disse que recomenda o uso da vacina "mesmo que as variantes estejam presentes em um pa�s", mas disse que eles "devem realizar uma avalia��o de risco-benef�cio de acordo com a situa��o epidemiol�gica local incluindo a extens�o das variantes de v�rus circulantes".

Esse ponto j� havia sido destacado pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa na segunda-feira, 8. "Considerando o tamanho limitado da amostra e o perfil jovem e saud�vel dos participantes, � importante determinar se a vacina se mant�m efetiva (como j� � hoje) em prevenir casos mais severos", destacou.

O guia refor�a a import�ncia de se investir na vigil�ncia de novas variantes. "Estas descobertas preliminares destacam a necessidade urgente de uma abordagem coordenada para vigil�ncia e avalia��o de variantes e seu impacto potencial na efic�cia da vacina. A OMS continuar� monitorando a situa��o; conforme novos dados se tornam dispon�veis, as recomenda��es ser�o atualizadas de acordo", informou a organiza��o.

A recomenda��o para que cada pa�s fa�a sua pr�pria avalia��o leva em conta com as possibilidades de cada um. A �frica do Sul p�de tomar a decis�o de suspender temporariamente a vacina de Oxford n�o por achar que ficar sem o imunizante era melhor do que us�-la, mas porque o pa�s j� tinha � disposi��o outros imunizantes que se mostraram menos impactados pela muta��o que surgiu no local, como a vacina da Pfizer.

Com v�rias op��es, � poss�vel definir uma estrat�gia de uso das diversas vacinas. Assim, a de Oxford pode vir a ser usada, por exemplo, em �reas em que � menor a circula��o da nova variante do v�rus. E outros imunizantes que mantiveram a efic�cia alta podem ser concentrados nas �reas com maior circula��o da cepa.

Essa discuss�o lan�a um alerta tamb�m para o Brasil. A variante descoberta em Manaus (AM) ainda n�o foi confrontada com as vacinas dispon�veis no Pa�s e a vigil�ncia da nova cepa ainda est� lenta, com uma redu��o dos exames para sequenciar o coronav�rus.

Todos os adultos

A OMS recomendou o uso da vacina de Oxford para pessoas com mais de 65 anos, apesar de esse grupo et�rio ter tido uma presen�a pequena nos testes cl�nicos, o que n�o permitiu aferir ainda com precis�o a efic�cia para essa faixa. Mesmo assim a organiza��o defende que os perigos de pegar a doen�a para essa popula��o mais velha s�o ainda maiores, com o risco de morte aumentando acentuadamente com a idade. A organiza��o tamb�m recomendou o uso para pessoas com comorbidades.

"Estimativas de efic�cia mais precisas para essa faixa et�ria s�o esperadas em breve, tanto dos estudos cl�nicos ainda em andamento quanto dos estudos de efetividade dos pa�ses que j� est�o usando essa vacina", pontua a OMS. A organiza��o ressalta que nos testes j� feitos, as respostas imunol�gicas induzidas pela vacina em pessoas idosas est�o bem documentadas e foram semelhantes � observada em outras faixas et�rias. "Isso sugere que � prov�vel que a vacina seja eficaz em pessoas idosas", diz, lembrando que ela tamb�m � segura.

Menos de 18 anos e gr�vidas

A OMS n�o recomendou a vacina para menores de 18 anos (faixa para a qual n�o h� nenhuma evid�ncia), nem para mulheres gr�vidas. Mesmo lembrando que as gr�vidas correm maior risco se contra�rem covid-19 do que mulheres n�o gr�vidas em idade f�rtil, a organiza��o ressaltou que os dados s�o insuficientes para avaliar a efic�cia da vacina ou os riscos associados � vacina na gravidez.

O guia recomenda que as gr�vidas tomem a vacina de Oxford somente se "o benef�cio da vacina��o para a mulher gr�vida superar os riscos potenciais da vacina". Seria o caso, por exemplo, de profissionais de sa�de com alto risco de exposi��o ou com comorbidades que as coloquem em um grupo de alto risco para covid-19.

J� para as lactantes, a OMS recomendou que elas sejam vacinadas se estiverem dentro do grupo recomendado para ser vacinado, como trabalhadores de sa�de. A OMS n�o recomenda que seja suspensa a amamenta��o ap�s a vacina��o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)