
“Eles deixaram testes estragar. V�o doar testes para o Haiti e ficar livres, pois � improbidade. N�o est�o fazendo testagem. N�o sabem. Estamos em um voo cego. O painel do nosso avi�o est� escuro, voando sem destino”, disse, nesta quinta-feira (18/02).
A muta��o surgida em solo amazonense tem se espalhado pelo pa�s, muito por conta da transfer�ncia de pacientes internados naquele estado. A crise de sa�de que se abateu sobre Manaus por conta da falta de oxig�nio fez com que doentes fossem levados a hospitais de outras localidades.
Araraquara, no interior de S�o Paulo, sofre com a explos�o de casos. A nova cepa infectou cinco pacientes de Manaus que morreram em Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro.
“O Brasil n�o est� fazendo o mapeamento gen�tico para saber a velocidade de transmiss�o dessa nova cepa. Dever�amos estar fazendo para saber o que est� acontecendo em outras cidades e onde o v�rus est� se aclimatando melhor com a nova cepa. A gente est� testando pouco e, mesmo testando pouco, estamos achando (a nova cepa), no Rio, em S�o Paulo. Araraquara fez uma testagem maior e achou tend�ncia de predom�nio da nova cepa. Araraquara j� comprovou grande n�mero de circula��o da cepa”, criticou Mandetta.
‘Megaepidemia’
Em janeiro, ao programa Manhattan Connection, da TV Cultura, Luiz Henrique Mandetta apontou os riscos da nova cepa da COVID-19. � �poca, ele afirmou que, sem o mapeamento correto da variante, o pa�s poderia enfrentar uma ‘megaepidemia’.
Ao EM, o ex-ministro evitou cravar quando o pa�s pode sentir, em propor��es ainda maiores, a nova variante, mas lembrou que o monitoramento � essencial para barrar a muta��o.
“Se ela transmite em velocidade maior, vai acabar se impondo sobre a cepa anterior. Vai haver uma mudan�a de predomin�ncia. Agora, quanto tempo vai levar, a gente vai ver”, sentenciou.
Hist�rico
Segundo o mais recente boletim da doen�a, divulgado nessa quarta (17) pelo Minist�rio da Sa�de, o pa�s soma 9.978.747 infec��es, com 242.090 baixas. Ministro da Sa�de entre janeiro de 2019 e abril do ano passado, Mandetta deixou o Pal�cio do Planalto ap�s entrar em rota de colis�o com Jair Bolsonaro (sem partido). Enquanto o ent�o chefe da sa�de federal defendia a ado��o de medidas restritivas, o presidente se mostrava c�tico em rela��o a a��es do tipo.
Ele foi substitu�do pelo oncologista Nelson Teich, que durou menos de um m�s no posto. O cargo foi ocupado pelo general Eduardo Pazuello, tido como especialista em log�stica. O militar assumiu interinamente e, tempos depois, acabou efetivado.