Sem vacina antecipada, delegados alegam que covid matou mais policiais que crime

A Associa��o dos Delegados de Pol�cia do Estado de S�o Paulo (ADPESP) publicou nota oficial neste domingo (21) sobre decis�o da 2� Vara de Fazenda P�blica, do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo (TJ-SP), que negou a antecipa��o da vacina��o da categoria. A entidade argumentou que os policiais civis n�o contaram com home office e que "morreram mais policiais pela Covid-19 do que em confronto com criminosos".

O grupo tamb�m deu destaque � sua atua��o durante a pandemia: "angariou e distribuiu mais de 300 kg de �lcool em gel, quatro mil m�scaras de tecido e 500 viseiras de acetato, quando nem o governo do Estado havia se organizado para tal distribui��o".

Neste s�bado, 20, a ju�za Liliane Keyko, da 2� Vara de Fazenda P�blica, n�o acolheu o pedido da associa��o pelo adiantamento da vacina��o de delegados e policiais civis. No mandado de seguran�a encaminhado � Justi�a, a entidade se queixava que a categoria ocupa a 11� posi��o na ordem de prioridade para a aplica��o do imunizante contra a covid-19 e pleiteava pelo direito de ter a mesma prefer�ncia conferida aos profissionais de sa�de. A magistrada, no entanto, considerou que n�o foram apresentadas justificativas razo�veis para aprova��o da medida.

Na decis�o, a ju�za ponderou que h� "not�ria escassez de imunizantes disponibilizado em escala mundial e, especialmente, no pa�s, onde as vacinas aptas a serem distribu�das n�o s�o suficientes para abarcar toda a popula��o eleg�vel a receb�-las". Explicou que por esse motivo o plano nacional de vacina��o foi escalonado em fases e ressaltou que a categoria est� inclu�da entre os grupos preferenciais, sendo, portanto, improcedente a solicita��o da Associa��o dos Delegados de Pol�cia de S�o Paulo.

Na nota publicada neste domingo, a ADPESP argumentou que os policiais s�o submetidos a contato di�rio com criminosos presos e a "condi��es insalubres". A entidade finalizou a nota dizendo que a antecipa��o da vacina��o da categoria � "al�m de uma quest�o humanit�ria, (�) � tamb�m garantir o funcionamento da sociedade e da seguran�a da popula��o".