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Estado de Minas PANDEMIA

Com mais de 90% dos leitos de UTI ocupados, PE determina toque de recolher

Come�am neste s�bado e v�o at� 10 de mar�o as restri��es de funcionamento de atividades que n�o s�o essenciais


26/02/2021 19:03 - atualizado 26/02/2021 20:13

No Recife, 77% dos leitos de UTI disponíveis estão ocupados, 100 de um total de 130(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press - 9/3/20)
No Recife, 77% dos leitos de UTI dispon�veis est�o ocupados, 100 de um total de 130 (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press - 9/3/20)
Para evitar o colapso do sistema de sa�de com a alta de casos e mortes por COVID-19, o governo de Pernambuco anunciou novas medidas restritivas, com toque de recolher, das 22h �s 5h, a partir deste s�bado (27/2). A medida, que pro�be o funcionamento de atividades n�o essenciais durante a noite e a madrugada, valer� at� 10 de mar�o. Em todo o estado, mais de 90% dos 998 leitos de UTI j� est�o ocupados.

Na quarta-feira (24), o governo estadual j� havia anunciado a��es restritivas em 63 munic�pios do interior, cujas taxas de ocupa��o de UTI j� estavam muito elevadas.

O primeiro decreto � ainda mais rigoroso nas Ger�ncias Regionais de Sa�de (Geres) II, IV e IX, com sedes nos munic�pios de Limoeiro, Caruaru e Ouricuri, onde as atividades econ�micas e sociais est�o proibidas entre 20h e 5h.

Tamb�m nessas regi�es, os dois pr�ximos finais de semana ter�o as atividades proibidas das 17h �s 5h. O governo tamb�m prorrogou a suspens�o de eventos corporativos e sociais.

No Recife, 77% dos leitos de UTI dispon�veis est�o ocupados, 100 de um total de 130. J� as enfermarias est�o 64% ocupadas, 110 das 172 em funcionamento.

Atualmente, Pernambuco tem a maior rede p�blica de sa�de dedicada � COVID-19 do Norte e Nordeste e a segunda do pa�s, atr�s de S�o Paulo, com um total de 1.935 leitos (enfermaria e UTI).

Por outro lado, manteve a permiss�o para retomada das atividades pedag�gicas presenciais do ensino fundamental e educa��o infantil nas institui��es p�blicas a partir de 15 de mar�o.

Pernambuco confirmou na quinta-feira, 25, 1.202 novos casos de COVID-19 e 15 �bitos, totalizando 295.681 infectados e 10.926 mortos desde o in�cio da pandemia.

Enxugando gelo


Segundo o m�dico S�lvio Cajueiro, que atua h� um ano na linha de frente, as equipes de sa�de est�o sobrecarregadas. "Mas a popula��o, no geral, � como se estivesse alheia. Isso angustia a gente. � uma sensa��o de que n�o vai melhorar e a gente segue a enxugar gelo", afirma.

"A gente ouve as pessoas dizendo que a situa��o est� piorando, mas j� piorou h� muito tempo e parece que essa percep��o n�o � de dom�nio comum".

Segundo ele, um dos maiores problemas � que boa parte da popula��o perdeu o medo.

"Se fizermos um comparativo com mar�o, abril e maio do ano passado, at� o per�odo do S�o Jo�o, as pessoas estavam extremamente assustadas e isso era um senso comum. T�nhamos supermercados vazios, ruas sem carros, n�o v�amos bicicletas e nem crian�as nas ruas, muito menos idosos", diz.

"O medo acabou, mas a pandemia n�o. Agora estamos lidando com a popula��o que se sente imune, sabe Deus baseada em qu�".

De acordo com Cajueiro, atualmente n�o h� mais problemas com a distribui��o de equipamentos como havia h� seis meses, mas um medo muito grande, entre os profissionais de sa�de, pela falta de leitos, seja na rede p�blica ou na privada.

"As unidades que tinham que expandir j� expandiram, a rede privada n�o tem mais espa�o f�sico para expandir. Na rede p�blica, os pacientes est�o sendo entubados nas policl�nicas, nas UPAs e hospitais municipais de m�dio porte, mas n�o tem para onde desaguar esses pacientes. Uma entuba��o, que deveria ser encaminhada para uma UTI, acaba ficando at� quatro dias na urg�ncia internado, isso quando n�o morre antes", relata.

Pacientes mais jovens


Al�m da gravidade da situa��o dos leitos, o m�dico aponta para uma poss�vel mudan�a no perfil dos pacientes.

"A gente vem internando pacientes com 30, 40, 50 anos, jovens, saud�veis, alguns do grupo risco, sim, mas muitos sem tanta morbidade quanto se esperaria para a gravidade de como est�o chegando", afirma.

"E isso angustia porque muitos pensam que ao vacinar os idosos a pandemia acabar�, mas se eu estou lotando as UTIs com pacientes que n�o s�o do grupo priorit�rio de vacina, eu ainda n�o vou secar os hospitais. � emocionalmente p�ssimo".

Em pronunciamento oficial, feito na �ltima quinta-feira, o governador Paulo C�mara disse que, al�m das novas medidas restritivas, vai atuar em outras duas frentes para evitar um comprometimento ainda maior da rede hospitalar.

A primeira, a amplia��o da equipe de log�stica para reduzir o prazo de entrega de vacinas aos munic�pios assim que a vacina chegar ao Recife; e a segunda, um aumento de 30 leitos de UTI no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa neste final de semana.

O secret�rio estadual de Sa�de, Andr� Longo, afirmou que vai abrir chamada p�blica para contrata��o de leitos de UTI e enfermaria dedicados � COVID-19 na rede privada.

O edital deve ser publicado ainda nesta semana no Di�rio Oficial e a contrata��o ser� por 90 dias, podendo ser prorrogada a depender da necessidade.

A expectativa da secretaria � contratar 300 leitos de enfermaria e 150 de UTI para adultos, al�m de 40 leitos de terapia intensiva pedi�tricos e neonatais.

O governador tamb�m informou que a pol�cia e outros �rg�os v�o fiscalizar o cumprimento do novo decreto e que, j� a partir do in�cio da pr�xima semana, as medidas restritivas podem ficar ainda mais duras:

"Vamos monitorar os dados minuto a minuto neste final de semana. Caso os �ndices permane�am piorando, novas medidas restritivas ser�o anunciadas j� no in�cio da pr�xima semana. Esse � mais um momento decisivo na nossa luta contra a COVID. J� ficou claro que cada um precisa fazer a sua parte, usando m�scara, higienizando as m�os e evitando aglomera��es".

No mesmo pronunciamento, C�mara falou da gravidade da pandemia neste momento. "H� um ano, em 25 de fevereiro de 2020, Pernambuco registrava o primeiro caso suspeito da covid-19. Naquela data, toda a estrutura que o Estado contava (...) eram 10 leitos de isolamento no Hospital Oswaldo Cruz. Doze meses depois, temos quase 2 mil leitos dedicados aos infectados pelo v�rus, sendo 998 de UTI em 16 munic�pios. Colocamos para funcionar a segunda maior rede de leitos de terapia intensiva do Pa�s. Infelizmente, o novo avan�o da doen�a pressionou o nosso sistema e a taxa de ocupa��o de UTI superou, hoje, os 90%", declarou.


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