Leonardo Bruno de Oliveira ficou com o rosto machucado depois da briga (foto: Arquivo pessoal)
Um casal de brasilienses se hospedou no hotel Vila Gal� Mar�s, resort de luxo localizado na praia de Guarajuba, munic�pio de Cama�ari (a 50 km de Salvador), para comemorar o anivers�rio do filho de 4 anos. No entanto, na tarde de s�bado (27/1), por volta das 16h30, uma discuss�o na piscina do hotel resultou em agress�o com um grupo de quatro turistas que passava f�rias no litoral.
Segundo a vers�o de Hanna Silva, 34 anos, e do marido, Leonardo Bruno de Oliveira, 29, empres�rios e moradores do Distrito Federal, o casal estava com o filho de 4 anos na parte mais rasa da piscina quando um grupo de quatro pessoas teria se irritado com o menino e alegado que a crian�a havia jogado �gua neles.
“Est�vamos na piscina, fazia pouco tempo que t�nhamos chegado e fomos para uma �rea que havia mais crian�as, para meu filho fazer amizades. E estava tudo bem, mas a� eu estava passando com meu filho e uma das mulheres da piscina disse que n�o gostava de crian�a. Eu apenas ignorei e outra m�e tirou o filho do local. Mas quando est�vamos voltando, meu filho estava em uma boia, essa mulher voltou a reclamar e xingar, dizendo que por isso que n�o teve filho”.
Nesse momento, Hanna conta que perguntou para a mulher se ela estava se referindo ao filho dela. Segundo a brasiliense, Leonardo, se aproximou e perguntou o que estava acontecendo. A outra h�spede teria ent�o avan�ado no casal. “Ela deu um murro na boca do meu marido. Nesse momento, uma prima minha, que � madrinha do meu filho, avan�ou nela e come�ou a confus�o. Virou uma pancadaria geral”, declara.
Hanna conta que a outra h�spede disse, em depoimento na delegacia, que Leonardo a teria agredido sem raz�o e que estava embriagado. “Eles est�o alegando as piores coisas sobre n�s. Mas nem eu nem meu marido nunca nos envolvemos em nenhum tipo de briga. Eles (os outros envolvidos na briga) querem fazer parecer que somos uma fam�lia louca, desvirtuada, que chegou em um hotel e saiu batendo em todo mundo. Isso n�o foi o que aconteceu”, ressalta.
Hanna afirma que eles foram agredidos primeiro e que a a��o do marido e da prima foi apenas de tentar defender ela e o filho. “Meu marido se machucou, est� com a boca e o olho ferido. E meu filho est� assustado, a comemora��o de anivers�rio perdeu o sentido. Meu filho � s� uma crian�a de quatro anos, ele chorou a noite inteira com minha m�e, porque ficamos at� tr�s horas da madrugada na delegacia”, revela.
Os envolvidos registraram a ocorr�ncia na 33° Delegacia Territorial de Monte Gordo, munic�pio de Cama�ari. Mas depois foram encaminhados para uma delegacia de Salvador para a realiza��o dos exames de corpo delito.
(foto: Vila Gales/Divulga��o)
O outro lado
A reportagem tamb�m ouviu o outro grupo envolvido na discuss�o. A psic�loga Valentina Baldino, 30, e o namorado Augusto Amorim, 29, corretor de im�veis e moradores de Florian�polis (SC). Valentina contou que estava debaixo de uma ponte na piscina, pois era o �nico local em que havia sombra, com o casal de amigos, o banc�rio Bruno Braga Figlioli, 31, e o m�dico Renato Hideki Akiyama, 32. A psic�loga afirma que o grupo de brasilienses estava visivelmente alcoolizado.
“Eles estavam jogando bebida na piscina. A senhora, que parece ser av� do menino, tamb�m parecia embriagada. Est�vamos eu, meu namorado e dois amigos, sentados pr�ximo a beirada da �gua e o filho deles jogando bastante �gua. Quando reclamei, a av� disse que eu seria uma p�ssima m�e”, afirma.
Valentina diz que depois disso a discuss�o come�ou. “O pai do menino estava alterado. Ele veio para cima de mim e eu tive que colocar minha m�o na frente para ele n�o se aproximar. Com isso, a mulher come�ou a gritar para ele bater em nosso grupo. Nesse momento uma mulher que estava com eles me deu um soco e meu namorado tamb�m foi agredido”.
A psic�loga conta tamb�m que a ger�ncia do hotel garantiu que o grupo de brasilienses seriam expulsos, mas isso n�o aconteceu. “Eu estou com muita dor, minha cabe�a est� doendo, n�o tive atendimento adequado para fazer um exame de tomografia. Eu mal consigo enxergar com meu olho que foi atingido”, relata.
Posicionamento do hotel
Hanna contou que em momento algum o hotel chegou a prestar aux�lio para o casal e que queriam expuls�-los da Vila Gal� mesmo com o resto do com�rcio fechado na cidade. “Na manh� de domingo (28/1) o gerente veio nos convidar a se retirar do hotel. Mas eu o questionei para saber se todo mundo estava sendo expulso e ele disse que n�o, somente o nosso grupo. Expliquei que fomos agredidos primeiro e que apenas nos defendemos”, conta.
A brasiliense diz que o hotel n�o informou se h� imagens do local onde a briga aconteceu, mas que at� o momento n�o forneceu acesso �s grava��es. “Eu liguei para a pol�cia para assegurar meus direitos. Com isso chegou um sargento, que conversou com o gerente e os respons�veis pelo hotel. O sargento explicou que todos n�s est�vamos enquadrados no artigo 21, que se refere a agress�o m�tua, ou seja, uma briga em que v�rios se machucaram, e que o hotel n�o podia nos expulsar daquele jeito”.
Hanna disse que depois do posicionamento do sargento o hotel permitiu a estadia da fam�lia at� o fim do pacote adotado. No entanto, a fam�lia afirma que passa a maior parte do tempo no quarto e que evita as �reas comuns. “Estamos apenas esperando o voo de volta para regressar a Bras�lia”, explica.
Em nota, a assessoria do Vila Gal� disse que as chefias e a seguran�a foram at� o local e a pol�cia foi chamada. “Em seguida, foi disponibilizado um carro para que os envolvidos fossem levados � Unidade de Pronto Atendimento mais pr�xima. A vila Gal� repudia e n�o compactua com qualquer ato de viol�ncia. Todas as medidas cab�veis foram tomadas e informamos, ainda, que j� est�o em curso medidas adicionais de seguran�a no hotel”, garantiram.