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Estado de Minas GERAL

Press�o de atendimento j� afeta os que est�o na linha de frente


04/03/2021 08:16

O quadro de atendimento da covid-19 se agravou e j� come�a a pressionar a rotina de quem est� na linha de frente, como observa Raquel Caserta, coordenadora de fisioterapia do departamento de pacientes graves do Hospital Albert Einstein. "H� uma press�o enorme", disse a fisioterapeuta, que lidera um time de trabalho com tarefas delicadas como a de intuba��o e extuba��o, exerc�cios respirat�rios e uso de cateteres em pacientes de alta gravidade.

Segundo Raquel, os pacientes da covid costumam ficar at� tr�s vezes mais tempo na interna��o, em rela��o a doentes com outros diagn�sticos, o que demanda uma dedica��o profissional adicional no tratamento. "Hoje vemos tamb�m um aumento no n�mero de pacientes mais jovens, diferentemente do quadro do in�cio da pandemia, que tinha mais idosos."

Para Patr�cia Guimar�es, diretora do hospital municipal da Brasil�ndia Adib Jatene, que � 100% dedicado ao tratamento da covid-19, a situa��o na linha de frente � "bastante preocupante". Ela contou estar com 96% de ocupa��o dos 406 leitos. "Agora, n�o tenho vagas", explicou por volta de 17 horas.

Como outros m�dicos diretamente ligados �s salas de atendimento, ela n�o quis comentar eventuais causas do agravamento da crise, mas considerou que a popula��o deveria ajuda, seguindo regras de distanciamento social e higieniza��o das m�os, mais o uso das m�scaras. "Falam muito dos her�is da sa�de, mas essa � a hora das pessoas em geral serem her�is, respeitando os limites, sustentando o estresse de ficar em casa."

J� o presidente do Sindicato dos M�dicos de S�o Paulo (Simesp), Victor Vilella Dourado, considera que o Pa�s vive uma crise que se origina do afrouxamento das regras de controle, principalmente a partir do in�cio da vacina��o. "Essa discuss�o sobre a vacina��o serviu para desestimular as pessoas, para afrouxar o controle do cont�gio. As ruas est�o cheias, o metr� est� lotado. Isso � loucura, estamos no pior momento da pandemia. Temos de ter vacina��o e lockdown juntos."

Para ele, o quadro atual re�ne hospitais cheios, UTIs lotadas e profissionais de sa�de sobrecarregados. "H� filas para interna��es em UTIs. A situa��o � dram�tica", afirmou o anestesista. "Eu mesmo j� fui contaminado, em abril do ano passado."

Para Dourado, a situa��o em S�o Paulo vem se agravando desde o fim do ano passado, quando foram feitos alertas sobre o risco. Houve ainda avisos durante o carnaval e no fim de fevereiro. "A situa��o desta semana confirma as previs�es dos profissionais da linha de frente desde o ano passado."

Ele ainda cobra medidas mais restritivas do que os toques de recolher. "� um absurdo tomar medidas restritivas de circula��o de madrugada, com tudo funcionando normal durante o dia, n�o faz sentido."

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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