As investiga��es da Opera��o Quarta Parcela, que mira fraudes nos benef�cios assistenciais pagos pelo governo federal durante a pandemia do novo coronav�rus, foram abertas a partir de comunica��es das v�timas dos golpes.
Durante o 'pente-fino' nas den�ncias, os investigadores em S�o Paulo encontraram ind�cios de pelo menos 127 n�cleos criminosos atuando em fraudes sistem�ticas ao aux�lio emergencial e aos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS), liberado excepcionalmente na pandemia, s� no Estado.
Ao todo, foram registradas 10,8 mil comunica��es de fraudes. Pelas contas das autoridades, o n�mero correspondente a apenas 10 a 20% do total de golpes. Isso porque muitas pessoas sequer ficam sabendo que seus dados foram usados indevidamente para receber os benef�cios.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 9, o delegado Gilberto Jos� Pinheiro J�nior explicou que os fraudadores usam tr�s estrat�gias principais para aplicar os golpes: cadastros falsos no aplicativo da Caixa, saque nos caixas eletr�nicos com cart�es clonados e transfer�ncias banc�rias a contas interpostas abertas com documentos falsos.
Na opera��o aberta mais cedo, foram mobilizados 97 policiais federais para buscas em 28 endere�os no Amazonas, Bahia, Goi�s, Mato Grosso, Paran�, Rond�nia, Maranh�o e S�o Paulo. "As buscas s�o apenas mais uma das ferramentas investigativas. Mas as investiga��es n�o se resumem a isso", explicou o delegado.
A Justi�a tamb�m autorizou o sequestro de mais de R$ 170 mil em bens dos investigados. Al�m do bloqueio do dinheiro, telefones e computadores v�m sendo rastreados pelo n�cleo de intelig�ncia da Pol�cia Federal. Na outra ponta, empresas gerenciadoras de pagamentos e operadoras de telefonia t�m colaborado com as investiga��es, segundo a PF. "A gente termina chegando a alguns ou a todos os benefici�rios dessas fraudes", garantiu Pinheiro J�nior.
Os investigadores apuram agora se as quadrilhas operam em conjunto e se h� participa��o de servidores de bancos ou funcion�rios de empresas privadas nos crimes. "No primeiro momento n�o temos informa��es consistentes disso, mas n�o descartamos", informou o delegado Marcelo Carvalho.
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