
Em meio ao aumento do n�mero de mortes e da ocupa��o dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o estado de S�o Paulo volta � fase vermelha. A medida entra em vigor na primeira hora deste s�bado (6/3), devendo se estender at� 19 de mar�o. As novas determina��es atendem �s recomenda��es do Centro de Conting�ncia do Coronav�rus que, entre outras atribui��es, busca monitorar em tempo real a evolu��o e a repercuss�o dos efeitos da COVID-19.
Uma proje��o do pr�prio governo estadual apontou que o sistema de sa�de deve entrar em colapso em 15 de mar�o se um novo fator n�o alterar o rumo da pandemia.
Apesar de a restri��o atingir uma s�rie de atividades, a fase vermelha n�o impacta os servi�os essenciais. A medida ocorreu ap�s o estado bater, na primeira semana de mar�o, recorde de mortes em 24 horas e de ocupa��o de leitos espec�ficos para pacientes infectados pelo novo coronav�rus.
Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, o secret�rio estadual da Sa�de de S�o Paulo, Jean Gorinchteyn, alertou sobre a situa��o cr�tica da pandemia no estado.
De acordo com o secret�rio, a cada dois minutos, tr�s pessoas com COVID-19 s�o internadas em enfermarias e nas UTIs em S�o Paulo.
Assim, Jean Gorinchteyn aproveitou a oportunidade para anunciar uma “opera��o de guerra”, que inclui a convoca��o de profissionais de sa�de volunt�rios para acolher pacientes com o novo coronav�rus no estado.
“Estamos em guerra. Diferente das guerras que costumamos ver nos filmes, que nossas gera��es n�o viveram, que temos mortos nas ruas, temos isso nos hospitais. Essa realidade � vista por quem est� na linha de frente, esperando para saber o que fazer na sua escolha de quem vai viver ou morrer, naqueles parentes do lado de fora, que choram aguardando not�cias. Muitos t�m a triste not�cia da perda de familiares”, afirmou.
Ele declarou ser necess�rio que as pessoas tomem consci�ncia da situa��o.
O secret�rio tamb�m pediu ajuda a conselhos regionais de profissionais de sa�de para o recrutamento desses volunt�rios e admitiu que pacientes podem ser atendidos nos corredores de hospitais, desde que n�o fiquem desassistidos.
Hospital de campanha
Na ocasi�o, o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), disse que “na pr�xima segunda-feira (8), vamos anunciar um novo hospital de campanha aqui em S�o Paulo.
Com a situa��o cada vez mais grave, pedi que fossem liberados recursos para a implanta��o o mais r�pido poss�vel de um novo hospital de campanha na capital de S�o Paulo. N�o depende da prefeitura, mas sei que a prefeitura est� preocupada”.
Ao contr�rio do que foi realizado nas estruturas montadas no in�cio da pandemia, voltadas ao atendimento prim�rio e menos grave, desta vez ser�o priorizados e viabilizados os leitos da UTI, explicou o governador.
“N�o imaginem que vamos montar tendas, seja onde for. Esse procedimento n�o vamos adotar. Sem criticar o que foi feito, porque foi feito o que precisava ser feito. Mas n�s estaremos dentro de uma unidade hospitalar, ser� um hospital”, garantiu.
Outros locais
A cidade do Rio de Janeiro tamb�m imp�s novas restri��es. Agora, est�o proibido ambulantes nas praias, quiosques, boates e feiras de artesanato.
Al�m disso, entre 23h e 5h, est� proibido permanecer em vias, espa�os p�blicos e pra�as. As medidas impostas pela Prefeitura da cidade passam a valer a partir desta sexta-feira e seguem at� o dia 11 de mar�o.
“Todas as medidas que anunciamos t�m um objetivo principal de evitar que se repita em 2021 o genoc�dio de 2020 na cidade do Rio de Janeiro”, afirmou o prefeito Eduardo Paes (Democratas), durante coletiva na quinta-feira (5).
O estado do Par�, por sua vez, decretou toque de recolher em todo territ�rio paraense.
A partir das 22h at� as 5h, apenas ser� permitido o deslocamento para servi�os essenciais.
O governo estadual informou que montou um esquema de seguran�a p�blica para dar cumprimento ao novo decreto.
Al�m disso, oito regi�es do estado entraram para a classifica��o vermelha.
O decreto entrou em vigor na noite de quarta-feira (3) e tem previs�o de seguir por sete dias.
*Estagi�rias sob a supervis�o de Andreia Castro