Diante da crescente demanda de casos de covid-19 no Par�, o governo do Estado vai impor regras mais r�gidas, a partir da meia-noite desta ter�a-feira, 9. O toque de recolher, decretado na �ltima quarta-feira, 4, passa a ter o hor�rio estendido por mais uma hora. Agora, quem estiver nas ruas a partir das 21h pode pagar multa, caso n�o apresente justificativa profissional para estar fora de casa. Outras medidas mais severas adotadas s�o as restri��es de hor�rios de shoppings centers e do com�rcio de rua. Al�m disso, academias de gin�stica e cinemas ficam impedidos de funcionar.
As medidas valem para os pr�ximos sete dias, em todo territ�rio paraense, que segue com o bandeiramento vermelho - de alerta m�ximo � pandemia. A amplia��o das restri��es do Decreto 800 foi anunciada, em coletiva � imprensa, na noite desta ter�a, pelo governador do Par�, Helder Barbalho (MDB) e pelos prefeitos dos munic�pios da regi�o metropolitana de Bel�m. As restri��es v�m ap�s avalia��o feita pela Secretaria de Estado de Sa�de P�blica, em conjunto com os demais �rg�os que fazem parte do programa Retoma Par�, que debatem a��es respons�veis pela retomada e controle de atividades econ�micas durante a pandemia.
Com as novas restri��es, os shoppings abrem as portas de 11h �s 19h e o com�rcio de rua 10 �s 17h. "� importante ressaltar que n�o estamos restringindo, de qualquer forma, as atividades. � um momento delicado, entre a economia e a sa�de. Mas medidas s�o necess�rias, assim como a consci�ncia das pessoas tamb�m", ressaltou o prefeito de Bel�m, Edmilson Rodrigues (PSOL).
Apesar de as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital estarem passando por desconforto no atendimento, onde algumas delas, durante o final de semana fecharam as portas para atender � demanda de pacientes de covid-19, o governador afirma que a rede estadual de sa�de garante atendimento necess�rio � popula��o. "O Par� � um dos cinco Estados do Brasil que n�o t�m fila de espera. Mas isso n�o nos deixa confort�veis para afrouxar os protocolos de seguran�a e higiene. As restri��es s�o necess�rias para n�o entrarmos em colapso no sistema de sa�de", observou Barbalho.
No Par� fica autorizado, tamb�m, o funcionamento de institui��es religiosas, com ocupa��o m�xima de at� 50%, de acordo com a capacidade do ambiente, assim como servi�os delivery e "pegue e pague", sem restri��o de hor�rio, para aquisi��o de medicamentos e g�neros aliment�cios ou comida pronta, n�o inclu�da venda de bebidas alco�licas.
As escolas p�blicas v�o manter as aulas suspensas, segundo o governador. J� as escolas particulares continuam autorizadas a funcionar, se respeitarem os protocolos sanit�rios de seguran�a. Servi�os de transporte por aplicativo seguem autorizados, por serem considerados essenciais, desde que cumpram os protocolos de seguran�a estabelecidos pelo decreto, incluindo a exig�ncia de apresenta��o do documento que comprove a necessidade essencial do deslocamento pelo passageiro.
Desde que as medidas foram adotadas, em sete dias, foram registradas 62 infra��es de pessoas que desobedeceram �s regras impostas para impedir o avan�o da pandemia. "Desde o in�cio da pandemia disponibilizamos no site da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) uma autodeclara��o de exerc�cio de atividade essencial para auxiliar na comprova��o da essencialidade do deslocamento. O mesmo documento est� dispon�vel na p�gina eletr�nica e pode ser usado como documento comprobat�rio", informou o procurador-geral.
Ocupa��o de leitos de UTI
O Par� j� registra 9.084 mortes por covid e 377.51 casos confirmados. Nesta ter�a-feira, o Estado contava com a ocupa��o de 76,59% dos leitos de UTIs e de 51,4% dos cl�nicos. "Temos agido para ofertar o mais r�pido poss�vel a amplia��o de leitos. Nesta semana, j� abrimos 234. Apenas na capital, abrimos na Santa Casa de Miseric�rdia, estamos abrindo no Hospital das Cl�nicas (Gaspar Vianna), e anunciamos, agora, que, a partir de amanh� (quarta-feira, 10), o hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, volta a atender os pacientes com covid", ressaltou Barbalho. Durante 2020, o Abelardo Santos mudou o seu perfil de atendimento e passou a ser exclusivo ao novo coronav�rus.
Conforme Marcel Nascimento Botelho, reitor da Universidade Federal Rural da Amaz�nia, que coordena o acompanhamento da evolu��o da pandemia no Estado, os casos v�m aumentando. "Hoje os hospitais conseguem atender a popula��o, mas, vemos, por meio dos dados, que o fluxo vem aumentando consideravelmente, sobretudo na regi�o metropolitana, que precisa de mais leitos. N�o � momento de relaxar e descuidar das medidas restritivas", alertou.
Antes do toque de recolher, grupos religiosos est�o fazendo correntes de ora��o em frente a hospitais p�blicos e privados da capital paraense. A evang�lica Igreja Batista Angelim, no bairro do Marco, � uma das pioneiras da a��o. O objetivo � levar esperan�a aos pacientes, familiares e aos profissionais de sa�de. O grupo marca a rota, de tr�s a cinco hospitais por a��o, por meio de um grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp. No local combinado, cada um em frente a seu carro, para evitar aglomera��o, ora e leva mensagens de f�.
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