
Segundo a Prefeitura, n�o h� pacientes com COVID aguardando leito na rede p�blica. A ocupa��o de UTI no munic�pio, tanto na rede p�blica como na rede privada, est� em 93%. A Santa Casa est� com os 10 leitos de UTI covid ocupados. No Hospital de Campanha, 18 dos 20 leitos de UTI estavam ocupados na manh� de ter�a - 181 pacientes est�o internados no munic�pio.
"Nosso sistema est� estrangulado ainda. O n�mero de internados ainda � extremamente alto para a capacidade do sistema", afirma Walter Figueiredo, diretor do Servi�o Especial de Sa�de (Sesa) de Araraquara, vinculado � Faculdade de Sa�de P�blica. "Se n�o houver modifica��o no cen�rio estadual, a gente ainda vai ter problema".
Para Figueiredo, a mudan�a na curva de transmiss�es do novo coronav�rus na cidade pode estar associada a um conjunto de a��es. Ele pontua o "lockdown", o alto n�mero de testagem, a busca por fazer bloqueio em torno de infectados e o monitoramento dos pacientes: "Araraquara, desde o in�cio da pandemia, teve taxa de isolamento muito baixa".
Ele refor�a que o isolamento social permanece fundamental e que � importante que os munic�pios da regi�o adotem estrat�gias em conjunto. "Se a tend�ncia permanecer, apesar de ter sido um curto per�odo, significa que pode ter provocado impacto", afirma Figueiredo. "Nas estrat�gias adotadas por v�rios pa�ses, tem lockdown de muito tempo, tem que ter no m�nimo duas semanas".
O munic�pio, que terminou 2020 com 8.327 casos, chegou nesta ter�a-feira a 15.640 confirma��es de covid-19 e 258 �bitos pelo novo coronav�rus, 64% deles neste ano. Ontem, foram confirmados seis mortes: quatro na rede p�blica, uma na rede privada e uma em casa.
A prefeitura colocou Araraquara em regime de restri��o quase total em 15 de fevereiro ap�s confirma��o de casos da cepa P.1, inicialmente identificada em Manaus, aumento da procura por oxig�nio, alta na ocupa��o de UTI e no n�mero de mortes.
Sem atingir a redu��o esperada no n�vel de isolamento e com o sistema de sa�de colapsado - a ocupa��o em UTI permaneceu em 100% por 15 dias - o prefeito Edinho Silva (PT) decretou "lockdown total" no dia 21 de fevereiro. Por uma semana, at� supermercados ficaram fechados para atendimento presencial e postos de gasolina atendiam apenas ve�culos de servi�os p�blicos. As ruas ficaram desertas.
O munic�pio passa agora por um plano de retomada lento e gradual, em que as medidas mais r�gidas adotadas pela Prefeitura v�o sendo retiradas passo a passo at� se igualarem �s determinadas pelo governo estadual no Plano S�o Paulo.
O diretor cl�nico do hospital da Unimed, Antonio Durante, confirma que � percept�vel a diminui��o na procura por atendimento e novas interna��es. "O lockdown no momento certo, junto com outras medidas que adotamos, foi importante", afirma. Ele considera que o maior controle adotado sobre os pacientes e a vacina��o de profissionais de sa�de tamb�m contribuiu para a melhora nos �ndices. Mas alerta: "nossa UTI continua com ocupa��o muito alta, o paciente entra em um leito e fica tr�s semanas".
A Prefeitura acompanha por telefone ou por visitas em domic�lio os pacientes que est�o em quarentena, buscando avaliar a necessidade de interna��o caso o quadro do paciente apresente agravo. O munic�pio tamb�m passou a vacinar ontem os idosos com 79 anos ou mais, em drive thru no Sesc e em quatro unidades de sa�de em diferentes pontos da cidade.
