O CEO do Hospital S�rio-Liban�s, Paulo Chap Chap, disse que a unidade cancelou cirurgias eletivas e que n�o consegue mais atender a todos os pedidos de transfer�ncia de pacientes. O hospital paulistano tem recebido um n�mero elevado de doentes infectados com a covid-19. Chap Chap defendeu medidas mais restritivas para conter o coronav�rus.
A mensagem de Chap Chap foi transmitida em um evento restrito e compartilhada nas redes sociais. Ao Estad�o, Chap Chap confirmou a declara��o. O hospital, refer�ncia em todo o Pa�s, tem 217 pessoas internadas nesta quinta-feira, 11. No pico de interna��es no ano passado, em julho, eram 135.
"H� muitos pedidos de transfer�ncia e n�o temos como atender. Cancelamos todas as cirurgias eletivas", disse Chap Chap. "Tenho 36 pacientes que pediram transfer�ncia para o S�rio e n�o estou atendendo. Hoje (quarta) de manh� n�o tinha nenhuma vaga em UTI. Estamos convertendo o maior n�mero poss�vel de leitos, mas o sistema n�o aguenta um tsunami."
Ele tamb�m v� mudan�as no perfil dos pacientes, com mais mortes de jovens. "Estamos vendo jovens morrendo, simplesmente pelo fato de que h� muito mais jovens contaminados." Com o colapso do sistema de sa�de, o m�dico destaca que casos de m�dia gravidade, que seriam trat�veis, podem resultar em mortes.
"Podemos chegar nessa situa��o, seria catastr�fico." Para conter a dissemina��o do v�rus, Chap Chap defende medidas mais restritivas, como o fechamento de templos e de escolas, diante da situa��o que ele chamou de "cr�tica". Nesta quinta-feira, o governador Jo�o Doria (PSDB) deve anunciar medidas mais restritivas para controlar a pandemia.
"N�o quero ser alarmista, mas estamos perto de um colapso. Est� na hora aprofundarmos as medidas. Tem de ter medidas fortes por 2 a 3 semanas", disse Chap Chap. Outros hospitais privados tamb�m est�o lotados, cancelam cirurgias eletivas e recusam pacientes.
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