O comando da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) voltou a demonstrar preocupa��o com o quadro da pandemia do coronav�rus no Brasil, cobrando medidas "s�rias" e "clareza" de autoridades e todos os envolvidos para enfrentar o problema.
"A situa��o no Brasil certamente tem piorado, com incid�ncia muito alta de casos e aumento das mortes pelo pa�s, bem como uma eleva��o muito r�pida na ocupa��o de UTIs e muitas �reas pelo pa�s vendo lotar os leitos de UTIs", afirmou o diretor executivo da entidade, Michael Ryan, durante entrevista coletiva virtual nesta sexta-feira, 12.
Ryan lembrou que em v�rias �reas do Pa�s os sistemas de sa�de est�o "bastante pressionados", notando tamb�m o aumento das porcentagens de testes positivos para a doen�a. Ele comentou o risco que isso representa, n�o apenas para as fronteiras nacionais. "O que acontece no Brasil importa, e importa globalmente". A OMS notou que, caso o quadro na emerg�ncia de sa�de continue a piorar no Pa�s, isso ter� impacto em outras na��es da regi�o.
"Certamente gostar�amos de ver o Brasil indo em dire��o diferente, mas ser� necess�rio um grande esfor�o para isso", disse Ryan, completando que v� o sistema de sa�de local "consideravelmente pressionado". Segundo ele, muitos pa�ses nas Am�ricas se movem agora "em dire��o positiva" na pandemia, mas "n�o o Brasil".
"N�o tenho d�vida de que a ci�ncia e o povo brasileiros podem contornar essa situa��o. A quest�o �: eles podem conseguir o apoio de que necessitam para fazer isso?", questionou ainda Ryan.
A epidemiologista respons�vel pela resposta da OMS � pandemia de covid-19, Maria Van Kerkhove, lembrou do fato de que uma cepa do v�rus, a P.1, localizada inicialmente em Manaus, � "fonte de preocupa��o" e circula pelo Brasil. Segundo ela, a variante parece transmitir mais e h� a sugest�o segundo algumas pesquisas de que ela pode ser "mais severa".
Kerkhove disse que uma cepa mais contagiosa tende a colocar mais press�o sobre o sistema de sa�de, mas notou que ainda assim o v�rus "pode ser controlado", com medidas de sa�de p�blica como m�scaras, distanciamento social e lavagem de m�os. Ela lembrou tamb�m que o diagn�stico do v�rus continua a funcionar diante dessas novas cepas. Kerhove disse que as variantes devem continuar a surgir, por isso a entidade tem um sistema de monitoramento com a finalidade de monitor�-las.
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