
"J� queria ter me vacinado. Acho �timo. Sou candidato � vacina��o. Quero me vacinar", disse o ministro da Economia em entrevista concedida � CNN.
Em dezembro de 2020, em entrevista a jornalistas, Guedes se furtou de responder diretamente sobre se tomaria ou n�o a vacina. "Eu, como cidad�o, tenho direito � privacidade sobre se vou tomar e qual vacina tomarei", disse. Na ocasi�o, o ministro chegou a comparar a escolha de vacinar ao sigilo do voto, garantido pela Constitui��o.
O contexto da declara��o de Guedes em dezembro era outro: o Brasil ainda n�o havia iniciado a imuniza��o, enquanto outros pa�ses davam passos iniciais nessa dire��o. Al�m disso, o governo federal ainda mantinha postura refrat�ria �s negocia��es para compra de doses de laborat�rios como Pfizer, Janssen e Moderna.
De l� para c�, por�m, houve uma explos�o no n�mero de casos e �bitos. Primeiro em Manaus, onde a falta de oxig�nio para dar suporte a pacientes com covid-19 exp�s o colapso e rendeu ao ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, uma investiga��o por suspeita de omiss�o. Depois, em diversas cidades do Pa�s, com UTIs operando acima de suas capacidades, �bitos acima de 2 mil por dia e governadores decretando medidas duras de isolamento. Outra mudan�a � no pr�prio Minist�rio da Sa�de, cujo comando passar� das m�os de Pazuello para o m�dico Marcelo Queiroga.
Embora tenha pedido reserva em dezembro sobre sua escolha pessoal em rela��o � vacina��o, Guedes sempre adotou discurso favor�vel � vacina��o. Mesmo com o presidente Jair Bolsonaro desencorajando a popula��o a se imunizar contra COVID-19, Guedes destacou j� em dezembro que a imuniza��o � o que sustentar� o f�lego da recupera��o econ�mica. Na mesma ocasi�o, defendeu uma esp�cie de "passaporte" para os imunizados, assegurando-lhes acesso a locais p�blicos como cinemas, shoppings, entre outros. Seria um incentivo � vacina��o, sem torn�-la obrigat�ria.
Nas �ltimas semanas, o ministro da Economia intensificou esse discurso juntamente com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na semana passada, ambos participaram ao lado de Bolsonaro da reuni�o que selou o acordo do governo federal para a aquisi��o de doses da vacina da Pfizer, inclusive com antecipa��o no cronograma para atender de forma mais urgente � demanda do Brasil.