
O levantamento foi realizado pelo Estad�o, com base em dados da Associa��o Internacional de Transportes A�reos (IATA, na sigla em ingl�s), de sites de ag�ncias de viagens e de contatos com as embaixadas dos pa�ses no Brasil. A reportagem considerou uma lista de 196 pa�ses reconhecidos pela Organiza��o das Na��es Unidas (ONU).
Como as regras de cada pa�s s�o atualizadas constantemente, � importante checar a situa��o diretamente com a representa��o estrangeira no Brasil, antes de planejar qualquer viagem. Especialistas consultados pela reportagem tamb�m recomendam que se evitem deslocamentos n�o essenciais no momento, dada a gravidade da pandemia. Apesar da grande quantidade de pa�ses, a lista de 88 na��es com entrada liberada n�o inclui os destinos mais procurados pelos brasileiros: ficam de fora lugares como Estados Unidos, Argentina, It�lia, Espanha e Portugal. Dos dez pa�ses que mais receberam brasileiros em 2019, s� dois continuam permitindo a entrada: M�xico e Paraguai. Este �ltimo tem fronteira terrestre com o Brasil. Al�m destes, outro destino popular que permite a entrada de brasileiros no momento � o Chile.
A maioria dos 88 pa�ses que permitem a entrada de brasileiros est� concentrada em tr�s regi�es: a �frica subsaariana, o Leste Europeu e o Caribe -- no �ltimo caso, v�rios dos pa�ses da regi�o t�m o turismo como uma das principais fontes de renda. Na �frica, permitem a entrada pa�ses como a �frica do Sul, o Egito, a Nig�ria e a Rep�blica da Guin�-Bissau. Outros pa�ses lus�fonos, como Mo�ambique e Angola, n�o permitem a entrada no momento. No leste da Europa, a entrada � permitida em pa�ses como a Cro�cia e Montenegro, na costa do Mar Adri�tico, al�m da Alb�nia. No Caribe, � poss�vel visitar alguns pa�ses, como Cuba, Bahamas, as Ilhas Seychelles e Dominica.
O grau de restri��o e as regras impostas pelos pa�ses variam desde aqueles que n�o fazem nenhuma exig�ncia espec�fica de testes e quarentena, como a Maced�nia do Norte, at� lugares onde a entrada est� totalmente proibida, como Tuvalu, I�men e a Coreia do Norte. Mesmo que alguns pa�ses ainda permitam a entrada de visitantes, � desaconselh�vel realizar viagens n�o essenciais neste momento, dada a gravidade da situa��o, diz o epidemiologista Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo (USP).
"� uma verdadeira cat�strofe que se permitam viagens n�o essenciais para estes pa�ses", diz ele. "N�s estamos numa situa��o muito complexa, dever�amos nos concentrar em combater a pandemia nas nossas pr�prias cidades. Fazer aglomera��o em aeroporto, pegar voo, n�o � seguro neste momento. O avi�o � uma das formas mais f�ceis que existem de transmitir o v�rus de c� pra l� e de l� pra c�", diz o especialista. Mesmo viagens nacionais n�o essenciais devem ser evitadas, diz ele.
Procurado pela reportagem, o Minist�rio das Rela��es Exteriores (MRE) informou que n�o mant�m uma lista atualizada dos pa�ses que permitem ou n�o a entrada de brasileiros. O Itamaraty destacou que as medidas de proibi��o de entrada de pessoas vindas do Brasil n�o s�o "discriminat�rias" contra brasileiros, e se devem � dissemina��o das novas variantes do coronav�rus no pa�s.
"O principal crit�rio para as medidas mais dr�sticas, como proibi��o de voos ou de entrada de passageiros, tem sido a detec��o de novas variantes do coronav�rus, o que atinge n�o apenas o Brasil, mas tamb�m pa�ses como Reino Unido, Irlanda, �frica do Sul, Dinamarca e Jap�o. Esse � o mesmo crit�rio que justifica a proibi��o, ora vigente, de ingresso no Brasil de voos oriundos do Reino Unido e da �frica do Sul, embora a fronteira a�rea esteja aberta a voos e viajantes provenientes dos demais pa�ses, desde que cumpridos certos requisitos sanit�rios", disse a pasta.
O MRE tamb�m afirmou que a maioria dos pa�ses que pro�bem a entrada de pessoas vindas do Brasil criou exce��es, "tais como voos exclusivamente de carga, tripula��o a�rea e voos extraordin�rios de natureza humanit�ria e os que visam a repatriar cidad�os e residentes permanentes retidos no exterior", declarou o MRE, em nota. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.