Antecipa��o de feriado feita por Covas '� precipitada', afirma Doria

O governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), considerou precipitado o an�ncio feito na quinta-feira, 18, pelo prefeito de S�o Paulo, Bruno Covas (PSDB) de antecipar feriados na capital paulista para reduzir a circula��o de pessoas na capital, em raz�o do avan�o do novo coronav�rus.

A declara��o foi feita na manh� desta sexta-feira, 19, na sede do Butantan, durante a entrega de mais 2 milh�es de doses da CoronaVac pelo instituto ao Minist�rio da Sa�de para o Programa Nacional de Imuniza��es (PNI).

Com rela��o aos prefeitos do litoral paulista que temem superlota��o na regi�o com decreto do munic�pio paulista, o governador afirmou que alertou a Prefeitura de S�o Paulo que "uma medida como essa deveria ser discutida previamente com governo estadual e prefeitos da regi�o metropolitana e do litoral".

"Gera preocupa��o em prefeitos, principalmente da Baixada Santista, litoral norte e litoral sul em rela��o ao volume de pessoas que poderiam se dirigir a essas cidades diante de um feriado prolongado. Infelizmente, a decis�o do prefeito (Bruno Covas) foi anunciar sem esse entendimento pr�vio. Recebemos v�rias manifesta��es. O centro de conting�ncia est� avaliando agora as medidas e manifesta��es. Ainda nesta sexta-feira, vamos anunciar algumas medidas e atender solicita��es feitas por esses prefeitos para evitar a superlota��o no litoral", afirmou Doria.

800 mortes por dia

Ainda durante encontro, Jean Gorinchteyn, secret�rio estadual da Sa�de tamb�m admitiu a possibilidade de ter entre 750 e 800 mortes por dia no Estado, caso a popula��o tamb�m n�o colabore para aumentar o isolamento social. A previs�o foi antecipada na coluna da M�nica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, nesta manh�.

"Essa proje��o � poss�vel, uma vez que, por mais que estejamos aumentando o n�mero de leitos e assist�ncia a vida, se n�o houver o apoio das pessoas no sentido de evitar sua circula��o e essa fase emergencial visa exatamente diminuir a mobilidade das pessoas � �bvio que junto com as pessoas que circulam, circulam com elas o v�rus. Com isso, mais pessoas ficam doentes e acabam indo de forma at� grave para as unidades de sa�de. � importante lembrar que � uma doen�a grave e que 40% dessas pessoas, infelizmente, morrem nas unidades de terapia intensiva", disse.

"Estamos na fase mais restritiva do Plano S�o Paulo. Fomos obrigados a entrar no faseamento emergencial �s custas da progress�o da pr�pria pandemia. Eleva��o do n�mero de casos e interna��es e medidas mais restritas que visam reduzir a circula��o das pessoas. Hoje temos diariamente 17 mil novos casos sendo notificados no nosso Estado e 600 mortes por dia e mantendo a m�dia m�vel de 600 mortes por dia. Na segunda-feira, 15, anunciamos a amplia��o de 1,3 mil leitos, sendo metade para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas isso ainda � pouco. Precisamos tamb�m que a popula��o entenda que reduzir sua circula��o � fundamental e se sair de casa, fa�a com seguran�a", acrescentou o secret�rio estadual da Sa�de.

Sobre afirma��o do presidente Jair Bolsonaro feita na quinta-feira de que o governo federal entrou com uma a��o direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decretos de governadores e prefeitos, que estabelecem medidas restritivas no combate � pandemia, o governador de S�o Paulo afirma que n�o recebeu nenhuma notifica��o at� agora.

"At� o presente momento n�o recebemos nenhuma informa��o. Mas classifico como uma medida, se vier a ser praticada de fato, medida que mostra coer�ncia de um negacionista que � contra o isolamento, distanciamento, uso de m�scara, contra a vida e a prote��o das pessoas, assim como � contra a vacina", criticou Doria.

Doria acompanhou a entrega de mais 2 milh�es de doses da CoronaVac, vacina da farmac�utica Sinovac fabricada pelo instituto ao Minist�rio da Sa�de. O lote comp�e os 7,3 milh�es de unidades entregues desde a �ltima segunda-feira, 15. Com a entrega desta sexta-feira, o total de doses distribu�das ao Minist�rio da Sa�de chega a 24,6 milh�es.

"Em apenas uma semana, o Instituto Butantan e o governo do Estado de S�o Paulo est�o fornecendo, aos brasileiros de todo Pa�s, 7,3 milh�es de doses da vacina do Butantan. � o maior volume de vacinas entregues em uma semana at� o presente momento", disse Doria.

Pouco antes das 6h, Doria acompanhou a troca de turno de funcion�rios na f�brica da vacina do Instituto Butantan. "Agradeci a todos os quase 400 profissionais. O trabalho deles significa a vacina e cada vacina salva uma vida", afirmou.

At� o fim de abril, o n�mero de vacinas garantidas por S�o Paulo ao PNI somar� 46 milh�es. O Instituto Butantan trabalha para entregar outras 54 milh�es de doses ao minist�rio at� 30 de agosto, totalizando 100 milh�es de doses.

No �ltimo dia 4, uma remessa de 8,2 mil litros do chamado Insumo Farmac�utico Ativo (IFA) - parte de todo o medicamento que tem atividade -, que correspondente a cerca de 14 milh�es de doses, desembarcou em S�o Paulo para produ��o local.

Outros 11 mil litros de insumos enviados pela Sinovac chegaram ao Brasil em fevereiro. At� o fim deste m�s � esperado um novo carregamento correspondente a cerca de 6 milh�es de doses, o que permitir� o cumprimento integral do primeiro contrato firmado com o Minist�rio da Sa�de.

Com o aporte regular de mat�ria-prima, o Instituto Butantan formou uma for�a-tarefa para acelerar a produ��o de doses da vacina para todo o Pa�s.

Entregas da vacina do Instituto Butantan ao Minist�rio da Sa�de:

- 17/1 - 6 milh�es
- 22/1 - 900 mil
- 29/1 - 1,8 milh�o
- 05/2 - 1,1 milh�o
- 23/2 - 1,2 milh�o
- 24/2 - 900 mil
- 25/2 - 453 mil
- 26/2 - 600 mil
- 28/2 - 600 mil
- 03/3 - 900 mil
- 08/3 - 1,7 milh�o
- 10/3 - 1,2 milh�o
- 15/3 - 3,3 milh�es
- 17/3 - 2 milh�es
- 19/3 - 2 milh�es

A previs�o � atingir 46 milh�es (total de janeiro a abril) at� 30 de abril.