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Estado de Minas GERAL

Sem consenso entre Estado e prefeitura, Rio deve ter feriad�o de 10 dias


21/03/2021 17:53

Uma tensa reuni�o para tratar de medidas contra a pandemia no Rio de Janeiro acabou com o governador interino, Claudio Castro (PSC), separado dos prefeitos da capital, Eduardo Paes (DEM), e de Niter�i, Axel Grael, no combate � covid-19. No encontro no Pal�cio Laranjeiras, que durou cerca de uma hora na manh� deste domingo, 21, o demista demonstrou estar muito irritado com o mandat�rio estadual.

Na v�spera, Castro fechara com empres�rios proposta de feriad�o de dez dias, entre 26 de mar�o e 4 de abril, que inclu�a com�rcio, shopping centers e bares abertos. Adeptos de a��es mais dr�sticas para estancar a contamina��o, os prefeitos se sentiram "emparedados" pela a��o do Pal�cio Guanabara.

"Sinuca de bico" foi a express�o usada por Paes, na conversa com o governador, para a situa��o em que considerava se encontrar, com Axel, pela mobiliza��o do mandat�rio junto com o empresariado. Sentindo-se tra�do - j� que havia conversado com Castro sobre o assunto alguns dias antes -, o costumeiramente informal prefeito do Rio chamou o governador de "excel�ncia". Esse � um sinal de irrita��o de Paes. O clima foi de constrangimento. Ap�s o encontro, foi anunciado que �s 14h desta segunda, 22, os dois prefeitos, em Niter�i, anunciar�o medidas conjuntas.

Castro assumiu o cargo ap�s o afastamento do titular, Wilson Witzel (PSC), acusado de corrup��o e respondendo a processo por impeachment. Discreto e com apoio na Assembleia Legislativa, onde foi assessor e � querido, recebeu apoio dos Bolsonaros, principalmente do senador Fl�vio Bolsonaro (PSC).

O parlamentar foi deputado estadual de 2003 a 2018 e tem influ�ncia na Casa. Ele tamb�m tem procurado manter boa rela��o com o presidente da Rep�blica, que � contr�rio a medidas de fechamento da economia. Oficialmente, seu discurso � de concilia��o e respeito � ci�ncia. Na pr�tica, no s�bado, o governador fechou com o empresariado, alinhado ao bolsonarismo.

Medidas duras

Ap�s a reuni�o, Paes e Axel sa�ram sem dar entrevistas e s� convocaram para esta segunda-feira, 22, a coletiva conjunta. A entrevista acontecer� ap�s reuni�o dos dois prefeitos com seus respectivos comit�s cient�ficos. A expectativa � que anunciem um decreto conjunto com medidas mais duras de restri��o de circula��o, � revelia do governo estadual.

Castro, Paes e Axel j� haviam se reunido na sexta-feira, sem consenso. O governador deve confirmar nesta segunda-feira a cria��o do feriad�o. O per�odo emendar� a Semana Santa, antecipar� os feriados de abril - Tiradentes (21) e S�o Jorge (23) - e criar� tr�s dias de folga.

Durante esses dez dias ser� mantido toque de recolher das 23h �s 5h. Mas bares e restaurantes poder�o ficar abertos, embora s� at� as 21h e com redu��o de 50% no n�mero de clientes. Shoppings e centros comerciais poder�o funcionar das 12h �s 20h, tamb�m com redu��o no acesso. As escolas p�blicas e estaduais ficar�o fechadas, bem como as praias e as �reas de lazer da orla. Ser� mantida a oferta de transporte p�blico. O objetivo � para evitar aglomera��es.

Especialistas costumam ser reticentes com medidas desse tipo. Alertam que, para estancar a transmiss�o, � essencial fechar o com�rcio e parar as atividades, para que as pessoas n�o circulem. S� assim � poss�vel reduzir a contamina��o e dar tempo �s UTIs, para que possar dar lugar a novos contaminados.

Paes e Axel concordam com a cria��o do feriad�o, mas acham que essas medidas n�o s�o suficientes para deter a pandemia na Regi�o Metropolitana do Rio. Na manh� deste domingo, 21, antes de chegar ao Pal�cio Laranjeiras para a reuni�o, Axel escreveu numa rede social: "A caminho do Pal�cio Laranjeiras para reuni�o com o governador Claudio Castro. � muito grave a situa��o da pandemia. Precisamos unir a regi�o metropolitana para salvar vidas e minimizar o impacto na economia".

Na sexta-feira, Paes afirmou em uma rede social que espera, na segunda-feira,22, "anunciar novas medidas em conson�ncia com o governo do Estado". E completou: "Na cidade do Rio, elas vir�o."

A nova atitude do prefeito foi uma mudan�a de discurso, em rela��o aos primeiros dias de administra��o. Inicialmente, Paes resistia ao fechamento da economia, por entender que os mais pobres precisam ir �s ruas para ganhar a vida. Nas �ltimas semanas, por�m, a r�pida ocupa��o das UTIs por pacientes por covid-19 na capital indicou que a doen�a se alastrava no munic�pio com velocidade maior do que antes. Com isso, o demista resolveu tomar medidas mais duras.

Na noite deste s�bado, segundo a secretaria municipal de Sa�de, 640 (94,25%) dos 679 leitos de UTI para pacientes de covid-19 na rede p�blica da capital estavam ocupados. Nas enfermarias, 558 (84,67%) das 659 vagas estavam preenchidas.


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